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Multiartista inaugura primeira exposição de arte urbana no Museu de Congonhas com forte sentimento de pertencimento

Mostra “Se Essa Rua Fosse Minha” marca início das comemorações do ano histórico para a cidade, que celebra 220 anos dos Profetas de Aleijadinho, 40 anos como Patrimônio da Humanidade e 10 anos do Museu de Congonhas.

Nessa quarta-feira, 9 de abril, o Museu de Congonhas abriu suas portas para um evento inédito e cheio de simbolismo: a inauguração da exposição “Se Essa Rua Fosse Minha”, do multiartista Pedro Esteves em junção com a arte expográfica de Matheus Uhsaga e Gabi Grotti. Pela primeira vez, um artista urbano ocupa uma das galerias do museu, fortalecendo o movimento de abertura e democratização do espaço cultural e dando início às celebrações de um ano histórico para Congonhas.

2025 marca os 220 anos dos Profetas de Aleijadinho, 40 anos do reconhecimento de Congonhas como Patrimônio Cultural da Humanidade, e o 10º aniversário do Museu de Congonhas. “É o nosso primeiro grande evento do ano, e estamos muito felizes em recebê-lo. O Pedro é artista plástico, músico, poeta, um congonhense que representa a força da arte urbana. Isso é muito significativo para nós”, destacou Agnaldo Tadeu, diretor do museu.

A exposição, que segue em cartaz até junho, e será gratuita enquanto estiver em cartaz, é uma realização do Museu de Congonhas em parceria com a Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo (FUMCULT), Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Cultura, IFMG – Polo Congonhas e o Centro de Apoio ao Menor de Congonhas (CEAMEC). A mostra propõe uma profunda reflexão sobre o papel da arte na ressignificação dos territórios urbanos e traz à tona temas como sustentabilidade, identidade e consciência social. As obras foram produzidas com materiais reaproveitados e madeira de reflorestamento.

Durante a abertura, o ator Hudson Haony emocionou o público ao declamar uma poesia intitulada como o som do silêncio em homenagem ao artista. Já Douglas Pinto, representante do CEAMEC, recebeu de Pedro um quadro simbólico que será instalado na instituição. “Ele representa a justiça para as nossas crianças. Mexe muito com a gente”, afirmou.
O multiartista compartilhou com emoção o processo da exposição: “Quando o Igor, o Pablo, a Nayara e eu começamos a sonhar com isso, eu disse para o Pablo: ‘A gente não vai decepcionar’. Isso aqui vai abrir portas pra muita gente. Sempre foi nosso, mas agora a gente tá ocupando. Não falo só de arte de rua, falo de visibilidade, de vida. Chega uma hora que a arte deixa de ser hobby ou lazer, ela vira um motivo pra viver. Uma chama que salva.”

O título da mostra, Se Essa Rua Fosse Minha, é também uma referência ao desejo antigo do artista e de seus colegas de ocuparem o museu com arte verdadeira, nascida das ruas. “A gente sempre olhava o museu do lado de fora e pensava: ‘Se um dia a gente entrar lá, vamos fazer algo daora.’ E hoje, a rua é nossa”, disse.

Pedro Cordeiro, presidente da FUMCULT, também destacou a importância da exposição como parte do trabalho da Fundação, que gerencia não apenas o museu, mas também a Rádio Educativa 97.5 FM, o Museu da Imagem, o Cine Teatro Leon, o Teatro Dom Silvério, a Praça de Eventos, e, em breve, o Parque Natural da Romaria. “Queremos que a comunidade abrace todos esses espaços. Eles são dela. Se a gente não contar a nossa história, ninguém vai contar.”

A exposição também é marcada por relatos emocionantes dos envolvidos. Matheus Uhsaga, artista expográfico, resumiu: “É um sonho de anos que venho aprimorando. Dentro da simplicidade tem uma complexidade enorme. E assim é nossa exposição.”

Por Secretaria de Comunicação/Prefeitura de Congonhas

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