Com o Ginásio Nova Congonhas, na região Norte de Congonhas, a CSN, a segunda maior exportadora de minério de ferro do Brasil, apresentou na noite de ontem (23) o mega projeto de impacto social e econômico em Minas. A audiência pública para apresentação e discussão do empreendimento e suas respectivas licenças de instalação e operação, mobilizou um contingente de populares, ambientalistas, lideranças populares e políticas para suscitar o debate em torno da lavra do Esmeril e da pilha de estéril do Batateiro, nas divisas com Jeceaba e Belo Vale, no quadrilátero ferrífero, necessárias continuidade das atividades.
A audiência foi solicitada pelo ativista ambiental Sandoval Souza, a Prefeitura de Congonhas e o Ministério Público de Minas Gerais. Após as considerações iniciais pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, a segunda etapa da audiência discutiu os impactos do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA).



O Diretor de Investimentos da CSN, Otto Levy, detalhou que a empresa emprega quase 11 mil trabalhadores e gera mais de 4,5 bi de impostos em suas atividades. Ele explicou que a pilha de estéril, em sua 4ª fase, será destinada ampliação da lavra de do Esmeril, sem construção de barragem e uso de novas tecnologias. O representante da empresa Biocev, empresa de Consultoria e gestão ambiental, licenciamento ambiental, explanou sobre os estudos da fauna, flora, citando que 44% da área onde serão implantados os empreendimentos já é antropizada e mais de 90% deste território já é explorado pela atividade minerária. Sobre patrimônio arqueológico e patrimonial, o empreendedor aguarda parecer do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mas cavernas serão suprimidas porém medidas compensatórias.
Na segunda parte do evento, os proponentes da audiências explanaram sobre os impactos, como também a CSN garantiu um pleno diálogo com a comunidade e poder público, em um novo ciclo da empresa. A matéria vai ao ar em breve.