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POLÊMICA: fiscalização em rodeios não comprova maus tratos e irregularidades

Na sexta-feira (2), por volta das 20:00 horas, durante festa no Distrito de Joselândia, em Santana dos Montes, após denúncias que chegaram ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), sobre possíveis maus tratos a animais, a Polícia Militar Ambiental esteve no local para investigação momentos antes do início do rodeio. Em vistoria ao local das festividades, evento de responsabilidade da prefeitura, foi investigada a situação do bem estar animal e a regulamentação junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), quando foram apresentados diversos documentos como o atestado de exame de brucelose e/ou tuberculose, referente 18 bois pertencentes a companhia, como também o acompanhamento do médico veterinário e demais documentos.

Após verificação, foi realizado o ato de vistoria nos animais e na infraestrutura, bem como contato com o proprietário pela empresa promotora do evento, verificadas as condições bem estar do animal quanto as regulamentações do IMA e ao perfeito score corporal estando os animais bem sadios e sem ferimentos. Nos bretes e na arena de competições havia piso de areia trazendo maior conforto e evitando lesões na queda. Ainda no local de espera, os animais eram alimentados em coxos com capim e possui água para desedentação. Foi verificado na lateral dos bretes um tecido evitando contato nos espectadores com os bovinos. Foram analisadas as montarias quanto a uso de instrumentos e equipamentos proibidos e até mesmo escondidos, não sendo localizado nada de irregular. Foram verificados no ato de vistoria o uso de esporas, sedéns/cordas e choques ao dono da companhia de rodeios, as cintas e barrigueiras em material de lã.

Os militares advertiram ao proprietário da companhia e ao médico veterinário sobre equipamentos proibidos e desrespeito às normas reguladoras e ao crime de maus tratos. No momento da vistoria não ocorreu provas de laçadas ou derrubadas de animais junto a arena. Antes da fiscalização, o Promotor Glauco Peregrino, Curador do Meio Ambiente, já havia recomendado ao Município, sobre as leis definem como crime os maus tratos aos animais, considerando além das lesões físicas sob pena de multas e ouras infrações.

Sem rodeios

No mesmo dia, acontecia a Festa do Cavalo em Senhora de Oliveira, porém após recomendação do MPMG, a prefeitura recuou e não realizou o rodeio. Em caso de descumprimento da recomendação e realização do rodeio, a promotoria informou que seria designado perito oficial, vinculado à Coordenadoria Estadual de Defesa dos Animais do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (CEDA-MPMG), para o acompanhamento técnico do evento, com a finalidade de elaboração de laudo circunstanciado quanto à ocorrência ou não de maus-tratos e à observância das normas legais e técnicas aplicáveis.

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