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A bebida mais consumida no mundo, depois da água, não é a Coca-Cola: e sim uma infusão milenar que bilhões de pessoas tomam todos os dias

Surpreenda-se: depois da água, o chá é a bebida mais consumida no mundo, superando refrigerantes como Coca-Cola e até mesmo o café. Conheça a história, cultura e os benefícios desta infusão milenar.

Quando pensamos na bebida mais consumida no mundo depois da água, muitos podem imaginar refrigerantes ou café. No entanto, dados globais revelam que o chá ocupa firmemente a segunda posição, apreciado diariamente por mais de dois bilhões de pessoas em todo o planeta. Esta infusão milenar possui uma história rica e um impacto cultural profundo.

O chá é, de fato, a bebida mais consumida no mundo após a água. Estima-se que metade da população mundial pratique o ritual diário de beber chá, superando em volume o café (aproximadamente 10 milhões de toneladas anuais) e a categoria de refrigerantes. O consumo mundial de chá atingiu 6,5 milhões de toneladas em 2022, segundo a FAO, e continua crescendo, reforçando sua proeminência global.

As origens e a disseminação global do chá, a infusão que conquistou o planeta

A planta do chá, Camellia sinensis, é nativa do Leste Asiático, com provável origem na região fronteiriça da China e Mianmar. Lendas chinesas atribuem sua descoberta ao Imperador Shen Nong por volta de 2737 a.C., inicialmente como uma decocção medicinal. O consumo da bebida mais consumida no mundo se popularizou na China durante a dinastia Tang (618-907 d.C.), e a obra “Cha Jing” de Lu Yu (c. 760 d.C.) solidificou sua importância cultural.

Monges budistas levaram o chá para o Japão e Coreia. Comerciantes portugueses e holandeses introduziram o chá na Europa no século XVII, onde se tornou a bebida nacional britânica por volta de 1750. Na Índia, a produção comercial em larga escala foi impulsionada pelos britânicos no século XIX. O comércio de chá também teve um papel em conflitos históricos, como as Guerras do Ópio.

O universo em uma xícara

A bebida mais consumida no mundo, depois da água, não é a Coca-Cola e sim uma infusão milenar que bilhões de pessoas tomam todos os dias

Todos os “chás verdadeiros” vêm da planta Camellia sinensis. As diferenças entre Chá Branco, Chá Verde, Chá Oolong, Chá Preto e Chá Pu-erh surgem do nível de oxidação das folhas durante o processamento. O Chá Verde, por exemplo, não é oxidado (ou minimamente), enquanto o Chá Preto é totalmente oxidado.

É importante distinguir esses chás das infusões herbais (tisanas), como camomila, hortelã-pimenta e gengibre, que são preparadas a partir de outras plantas e geralmente não contêm cafeína, sendo apreciadas por seus sabores e benefícios à saúde percebidos.

Mais que uma bebida

A bebida mais consumida no mundo está profundamente entrelaçado na cultura de muitas sociedades. Na China, a cerimônia Gongfu Cha reflete filosofias confucionista, taoísta e budista. No Japão, a cerimônia Chanoyu (Chado), com matcha, é um ritual espiritual e estético. A Grã-Bretanha é famosa pelo seu chá da tarde (Afternoon Tea), enquanto na Índia, o chai (chá com leite e especiarias) é onipresente.

O çay turco e o chá de menta marroquino são centrais para a hospitalidade nessas culturas. Universalmente, oferecer chá é um gesto de boas-vindas e respeito, fomentando a comunidade e a conexão social.

Os benefícios do chá para a saúde (Camellia sinensis) e as considerações importantes para o consumo

Os chás de Camellia sinensis contêm compostos bioativos como polifenóis (especialmente EGCG no chá verde, um potente antioxidante), L-teanina (promove relaxamento) e cafeína. Estudos científicos sugerem benefícios para a saúde cardiovascular, potencial na prevenção do câncer, melhoria da função cognitiva e redução do estresse. O consumo moderado, geralmente 2-3 xícaras por dia, é associado a esses efeitos.

No entanto, há considerações: a cafeína pode causar insônia ou ansiedade em alguns. Os taninos do chá podem reduzir a absorção de ferro de origem vegetal e irritar o sistema digestivo se consumido de estômago vazio. Interações com medicamentos também são possíveis.

A economia global do chá

O chá é vital para o desenvolvimento rural e a segurança alimentar em muitos países, sustentando mais de 13 milhões de pessoas, incluindo 9 milhões de pequenos agricultores. O comércio global é avaliado em US$9,5 bilhões anuais. O mercado está em expansão, impulsionado pela busca por saúde e bem-estar, premiumização, chás prontos para beber (RTD) e foco em sustentabilidade.

Contudo, a indústria enfrenta desafios como impactos das mudanças climáticas (redução de rendimentos), preocupações ambientais (desmatamento, agroquímicos) e questões socioeconômicas para agricultores (preços baixos, condições de trabalho). Práticas sustentáveis, variedades resilientes ao clima e preços mais justos são essenciais para um futuro resiliente.

O chá como a verdadeira segunda bebida mais consumida no mundo, um legado milenar que enfrenta um futuro desafiador

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A análise confirma: depois da água, o chá é, de fato, a bebida mais consumida no mundo, um legado de história, cultura e prazer que une bilhões de pessoas diariamente. Sua popularidade duradoura e os benefícios percebidos à saúde continuam a impulsionar seu consumo.

No entanto, para que esta infusão milenar continue a prosperar e a sustentar comunidades, é crucial que a indústria global do chá enfrente proativamente os desafios das mudanças climáticas, da sustentabilidade ambiental e da equidade social.

FONTE: CLICK PETRÓLEO E GÁS

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