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Projeto Metamorfose: Mães de anjos clamam por acolhimento e ação em Ouro Branco; confira desabafo de uma mãe

A dor de perder um filho é um luto silencioso, solitário. Um luto que se esconde nos corredores das maternidades, nos lares que guardam quartos vazios, nos braços que anseiam pelo colo de um bebê que não volta mais. Em Ouro Branco, essa dor tem nome, rosto e voz: Ana Lúcia Félix. Ela perdeu dois filhos, Nicole e Lucas e carrega consigo não apenas a saudade, mas também a coragem de transformar sua dor em luta.

Em 2022, após intensa mobilização, foi aprovado o Projeto Metamorfose, uma lei que prometia amparo às mães de anjos e tentantes: apoio psicológico gratuito, investigação das causas das perdas, acolhimento nas futuras gestações, capacitação de profissionais de saúde, o direito de nomear o bebê que partiu… Era uma promessa de cuidado, de escuta, de empatia. Mas dois anos se passaram. E o que era para ser uma luz de esperança permanece como papel assinado, sem sair do papel, sem transformar vidas, sem cumprir o que prometeu.

Ana Lúcia não se calou. Em um vídeo publicado nas redes sociais, ela aparece emocionada, olhando firme para a câmera, pedindo a prefeitos, vereadores e lideranças locais que honrem o compromisso feito com as mães que choram seus filhos. Sua voz ecoa a dor de tantas outras mulheres que, como ela, voltaram para casa de mãos vazias e sem apoio algum. “A dor é real, mas o direito também precisa ser. Chega de silêncio. Chega de abandono”, desabafa Ana.

O Projeto Metamorfose não é apenas uma política pública: é uma reparação necessária, um compromisso com vidas interrompidas e corações partidos. Ele prevê encontros mensais de apoio, palestras, acolhimento psicológico, suporte médico, orientação para o luto gestacional e neonatal. Ele dá nome, rosto e dignidade às perdas invisíveis.

Enquanto o projeto segue parado, mães como Ana seguem gritando, porque a dor de enterrar um filho não tem prazo para passar. Porque cada dia sem acolhimento é mais um dia de sofrimento. Porque o luto precisa ser abraçado, e não ignorado.

A dor dessas mães é a dor de todos nós.
É preciso lembrar: cada vida importa, mesmo que tenha sido breve. Cada mãe merece ser ouvida, acolhida, respeitada.

📢 Para conhecer mais sobre essa causa, acesse o vídeo de Ana Lúcia Félix no Instagram: instagram.com/annalucia_felix.
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📣 Vamos transformar essa dor em ação. O Projeto Metamorfose precisa sair do papel. Precisa ser vida.

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