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XI Mostra de Artesanato e Cultura de Resende Costa promete agitar o feriadão com shows, oficinas e muita tradição mineira! Tem show de Zé Geraldo

Durante o feriado prolongado de Corpus Christi, entre os dias 19 e 22 de junho, a cidade de Resende Costa, no Campo das Vertentes, se transforma no epicentro da cultura e do artesanato mineiro com a aguardada XI Mostra de Artesanato e Cultura. Considerado o evento mais tradicional da região, o festival reúne uma programação intensa e diversificada, que promete movimentar a economia local e atrair visitantes de toda Minas Gerais.

A programação tem início na quinta-feira (19), com a inauguração do “Espaço do Artesão” e a abertura da feirinha de pequenos produtores e artesãos locais. O destaque da noite foi o show de abertura com a cantora Tiê, seguido por apresentações acústicas e a banda Aruanã, que animaram o público até a madrugada.

Na sexta-feira (20), além do tradicional “Café com Artesão”, o público vai conferir o lançamento do livro “Caminhos de São Tiago” e shows de nomes como Zé Geraldo e Jéssica Apolinário, encerrando a noite com a apresentação do Duo Aduar.

O sábado (21) traz ainda mais energia para o evento, com oficina de pintura, atividades para crianças e uma sequência de shows que culminou com a apresentação de O Teatro Mágico, um dos pontos altos do evento. A noite segue animada com o Classic Duo e o Lurex Queen Tribute, banda que emocionou os fãs do clássico rock britânico.

O encerramento acontece no domingo (22), com a 3ª Antigueata – tradicional desfile de carros antigos –, atrações infantis, feira de artesanato e gastronomia, além dos shows de Clarice e Carlos Resende, Batuque Delas e a banda Loop Rock.

Com entrada gratuita e estrutura preparada para receber turistas de todas as idades, a Mostra se consolida como uma verdadeira vitrine da cultura popular, da arte têxtil e da hospitalidade do povo mineiro. Um mergulho no que Minas tem de mais autêntico.

As origens do artesanato em Resende Costa

O artesanato em Resende Costa nasceu da necessidade. Nas primeiras décadas de ocupação do território, as famílias viviam do cultivo de subsistência e precisavam produzir seus próprios utensílios domésticos, roupas e objetos do dia a dia. Sem acesso fácil a tecidos industrializados ou produtos prontos, as mulheres começaram a tecer suas próprias peças em teares manuais rudimentares, utilizando algodão fiado em casa.

Com o tempo, o saber fazer foi sendo passado de geração em geração. As técnicas foram aprimoradas e os teares se tornaram mais sofisticados. Ainda hoje, o tear de pedal é um dos símbolos do artesanato local.


🪡 Do uso doméstico à atividade econômica

Foi ao longo do século XX, especialmente a partir da década de 1960, que o artesanato deixou de ser apenas uma atividade doméstica para se tornar fonte de renda e identidade cultural. As mulheres, principalmente, começaram a comercializar as peças, que iam desde colchas e toalhas até redes e trilhos de mesa.

As famílias artesãs se organizaram em torno das lojas, muitas delas localizadas nas garagens das próprias casas, transformando as ruas da cidade em um grande centro comercial artesanal.


🧶 A identidade artesanal de Resende Costa

Hoje, o município é conhecido como uma das principais referências do artesanato têxtil artesanal do Brasil. A cidade mantém a tradição dos teares manuais, da fiação e da confecção de peças com forte identidade cultural, aliando tradição e inovação em suas criações.

A Mostra de Artesanato e Cultura, que acontece anualmente, é um reflexo vivo dessa herança: não apenas preserva a memória do ofício, mas também abre espaço para novas gerações e linguagens artísticas, tornando Resende Costa um destino cultural e turístico.

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