O secretário de Saúde de Congonhas, Gilmar Seabra, esteve na Câmara de Vereadores para prestar esclarecimentos sobre o decreto de emergência em saúde pública a convite do presidente do Legislativo, vereador Averaldo Pereira (PL). Em seis meses, esta é a segunda vez que ele piso no solo da Câmara. Segundo Seabra, o decreto de 11 de junho foi uma medida preventiva diante do aumento dos casos de síndromes respiratórias agudas graves, que sobrecarregaram a UPA e o Hospital Bom Jesus (HBJ). Ele também destacou que, antes da decretação, a Secretaria já havia intensificado as campanhas de vacinação.
O secretário apontou a defasagem de leitos como um dos maiores desafios para atender toda a demanda. O município, referência para uma população regional de cerca de 130 mil pessoas, conta com apenas seis leitos de UTI financiados pelo SUS. Obras emergenciais estão em curso no hospital para corrigir infiltrações no setor de terapia intensiva, o que provocou uma redução no número de leitos.

Seabra pontuou ainda que, ao longo dos anos a cidade não se preparou para o aumento da demanda regional e que há limitações na atual estrutura, mas que retroceder na condição de microrregião é difícil, por se tratar de compromisso firmado com o Estado. O secretário confirmou, ainda, a intenção da atual gestão em construir um novo hospital que – para atender toda a demanda – precisaria ter no mínimo 250 leitos.
A situação da frota de veículos também foi discutida. De acordo com Dr. Gilmar, 35 veículos estavam sem condições de uso no início da gestão e 18 seguem em manutenção, impactando o transporte de pacientes. A gestão afirmou estar atuando para resolver o problema.
A escassez de especialistas — como neuropediatras, reumatologistas e fonoaudiólogos — foi outro ponto levantado. A Secretaria busca ampliar os atendimentos com a retomada de consórcios e a implantação da telemedicina.
Os parlamentares cobraram mais transparência na gestão do HBJ e eficiência no uso dos recursos. Apesar das críticas a falhas de gestões passadas, os vereadores também reconheceram o empenho dos servidores e defenderam união entre Legislativo e Executivo para corrigir os problemas e oferecer melhorias concretas na Saúde para a população.