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A engenharia política de Mateus Simões para unificar a direita em torno de seu nome para o Governo de Minas


Eleito Vereador em Belo Horizonte nas eleições de 2016, Mateus Simões renunciou ao cargo para ocupar a Secretaria Geral do Estado entre 2019 e 2022, ano que se desincompatibilizou do cargo para compor a chapa da reeleição de Romeu Zema, sendo considerado seu sucessor natural em 2026.

Naquela mesma eleição estadual, os resultados expressivos do então Deputado Estadual Cleitinho para o Senado e do então Vereador de Belo Horizonte, Nikolas Ferreira para a Câmara dos Deputados, como o mais votado no país, os colocaram na linha sucessória de Romeu Zema, dividindo o campo da direita.

Como é o único que não pode concorrer a outro cargo que não seja Governador, com a eventual renúncia de Romeu Zema, Mateus Simões busca acomodar em sua chapa Republicanos e PL, além da Federação União Progressista Brasileira formada por União Brasil e Progressistas, que tem como pré candidato ao Senado, o atual Secretário de Governo, Marcelo Aro, que em 2022 concorreu ao mesmo cargo na chapa encabeçada por Romeu Zema.

Mas essa não será uma tarefa fácil, pois PL e Republicanos estão mais próximos de um acerto devido a proximidade de Cleitinho e Nikolas que já anunciaram que não disputam o mesmo cargo. Além de serem os preferidos de Bolsonaro, que tem como principal meta na próxima eleição, além da Presidência da República, eleger o máximo de Senadores possíveis. Como Nikolas é visto como um puxador de votos para Deputado Federal para o PL, Cleitinho seria o candidato de uma eventual aliança Republicanos e PL, com o Deputado Federal Euclydes Petersen concorrendo ao Senado pelo Republicanos e pelo lado do PL, as para o Senado e vice ficariam entre os Deputados Federais Domingos Sávio, Eros Biondini ou Zé Vitor, o Deputado Estadual Cristiano Caporezzo ou o Vereador de BH, Ville. Uma eventual candidatura de Cleitinho ao Governo do Estado, assim como sua eleição abriria espaço no Senado para o empresário Alex Diniz, que além de seu suplente, foi um grande apoiador de sua candidatura ao Senado em 2022, além de impulsionar a pré candidatura ao Senado de Euclydes Pettersen, outro grande apoiador de Cleitinho em 2022, que na época Presidente do PSC, lhe ofereceu a legenda e a garantia da candidatura ao Senado naquela eleição.

Quanto ao União Progressista, pode haver outro empecilho para a participação da Federação na chapa governista, é que o principal concorrente ao Governo, Senador Rodrigo Pacheco, atualmente no PSD, estuda convites do União Brasil, MDB e PSB para concorrer ao Palácio da Liberdade. Caso Pacheco deixe o PSD, Mateus Simões já anunciou que pretende conversar com o PSD, que é da base do Governo para compor a chapa governista, não descartando sua ida para o partido.

Por outro lado, a presença de Bolsonaro em Minas Gerais, onde o ex Presidente e o atual Vice Governador se reuniram por duas vezes, deixou Mateus Simões confiante na sua pretensão de unificar a direita em torno de seu nome. Neste caso, o PL ficaria com uma das vagas do Senado e a outra com Marcelo Aro, cabendo ao Republicanos indicar o vice que pode vir a ser o empresário Alex Diniz, não descartando a hipótese de Marcelo Aro concorrer como Vice Governador e Euclydes Petersen ao Senado.

Os próximos dois semestres serão de muito diálogo e articulação onde a união da direita pode ocorrer tanto no primeiro quanto num eventual segundo turno. Enquanto a direita possui excesso de nomes a esquerda se encontra em escassez, tanto que a mesma estuda a possibilidade de apoiar a candidatura do Senador Rodrigo Pacheco, que não é um nome da esquerda, mas próximo do Presidente Lula, que o quer como seu candidato ao Governo de Minas.

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