Se no plano nacional, Republicanos e MDB tentam formar um Federação, em Minas Gerais as conversas são para uma coligação, caso os partidos não formalizem a Federação para 2026.
Pelo lado do Republicanos, o Senador Cleitinho seria lançado ao Governo e o Deputado Federal Euclydes Petersen ao Senado. Já pelo lado do MDB, são vistos como potenciais candidatos a compor a chapa de republicana, o atual Presidente da ALMG, Deputado Tadeuzinho, o Presidente Estadual do MDB, Deputado Federal Newton Cardoso Jr. e o ex Vereador e terceiro colocado na eleição para a Prefeitura de Belo Horizonte em 2024, Gabriel Azevedo.
Embora os dois primeiro tenham o projeto de reeleição e o terceiro de concorrer novamente a PBH em 2028, as conversas entre os dois partidos foram além dos Presidentes Estaduais dos partidos que reuniram com seus respectivos Presidentes nacionais, ambos Deputados Federais por São Paulo, Marco Pereira (Republicanos) e Baleia Rossi (MDB).
Como o espaço para ser o nome da direita em 2026, está bem disputado, o Senador Cleitinho, que reafirma concorrer ao Governo do Estado com ou sem o apoio de Bolsonaro, busca avançar para partidos de centro, assim como o vice governador Mateus Simões que vem se aproximando do PSD e disputa com o Republicano o apoio do PL além de tentar fazer com que o mesmo permaneça no Senado, tentando atrair para sua chapa o empresário Alex Diniz, suplente de Cleitinho, que herdaria a vaga de Senador com uma eventual eleição dele para o Senado.
Já pelo PL, que tem como pré candidato ao Governo, o Deputado Federal Nikolas Ferreira, tem como prioridade nas eleições estaduais, eleger pelo menos um Senador por Unidade Federativa, com o objetivo de formar a maior bancada do Senado a partir de 2027. Como este plano também visa manter e ampliar a maior bancada da Câmara, a reeleição de Nikolas é essencial para o partido alcançar esse objetivo.
Neste avanço dos candidatos da direita em direção ao centro, somada a prioridade do PL na maioria do Congresso Nacional a partir de 2027, reduz as opções partidárias do Senador Rodrigo Pacheco em 2026. Embora de centro, mas próximo do Presidente Lula, o mesmo tinha como opções: PSD, seu atual partido; o União Brasil, federado com o Progressistas, que tem como pré candidato ao Senado, o atual Secretário Estadual de Governo, Marcelo Aro; o MDB, partido pelo qual foi eleito Deputado Federal em 2014 e disputou a eleição para Prefeito de Belo Horizonte em 2016, quando terminou em terceiro lugar e o PSB. Este último vem se tornando a opção mais viável, devido as movimentações dos outros três rumo as outras chapas, por ser o partido do Vice Presidente Geraldo Alckimin e por ser o único que poderia lhe oferecer o controle da legenda no Estado.
Voltando ao Senador Cleitinho, o Senador possui uma vantagem em relação aos demais candidatos que é conseguir alcançar o eleitorado das classes mais baixas, com maior tendência em votar em candidatos de esquerda, o que outros candidatos apoiados pelo PT em eleições anteriores como Hélio Costa em 2010 e Alexandre Kalil em 2022 não conseguiram.