Filha ajoelhou no peito da mãe e tentou matá-la enforcada. A ação foi impedida pelo outro filho da vítima, que segurou a autora até a chegada dos militares
Uma mulher de 50 anos foi presa em flagrante depois de invadir a casa da mãe idosa, de 76 anos, agredi-la com socos e chutes e tentar matá-la por esganadura. O caso aconteceu no domingo (3/8) em Caratinga (MG), no Vale do Rio Doce, Minas Gerais.
De acordo com o boletim de ocorrência, os militares foram acionados pelo 190 e encontraram a idosa na calçada de um prédio, com escoriações e hematomas visíveis. Por perto, estava a filha dela, segurada pelo outro filho da idosa, em “visível estado de surto psicótico”.
Conforme a Polícia Militar, a mulher apresentava comportamento agressivo e foi necessário uso de algemas para contê-la até a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Aos militares, a idosa e a testemunha relataram que a mulher invadiu a casa, agrediu a idosa com socos e tapas, bateu a cabeça dela no chão e, ajoelhada sob a vítima, tentou esganá-la com as mãos. A ação foi impedida pelo irmão da autora, que segurou a mulher até a chegada da polícia.
A ocasião não foi a primeira vez que a mulher agrediu a mãe. De acordo com o advogado da vítima, André Gustavo, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (6), em 28 de maio deste ano, a filha fingiu que a mãe teve um mal súbito para convencer vizinhos a ajudarem-na a abrir o portão e, assim que entrou, ameaçou a idosa de colocá-la em um asilo onde “morreria sozinha” e mataria os irmãos.
Os outros filhos da idosa fizeram um boletim de ocorrência e solicitaram um pedido de medida protetiva contra a filha, mas, até o momento, não foi implementada.
A idosa e a filha foram encaminhadas ao Pronto Atendimento Municipal. Segundo os registros, a filha foi medicada e mantida presa sob escolta até a liberação da psiquiatria. A prisão dela foi convertida em preventiva, a pedido do Ministério Público.
Ainda conforme André, não há clareza sobre o que motivou a tentativa, uma vez que a mulher é agressiva e ameaça não somente a mãe, mas também com outros familiares. “Ela morava em outra cidade, teve problemas com ex-companheiro e com um filho menor, perdeu a guarda e passou a morar em Caratinga. Também há relatos do uso de álcool e entorpecentes”, contou.
“A família está muito temerária. Fui contratado como advogado da vítima e manifestamos no processo quanto a esse risco, o medo que a genitora tenha caso a filha seja solta e, em liberdade, possa voltar e concluir o que iniciou”, afirmou o advogado.
Morte com esganadura
Em 18 de julho, a professora de História Soraya Tatiana Bonfim França, de 56 anos, foi morta por esganadura pelo filho Matteos França Campos, de 32 anos. Ele confessou o crime e disse que o fez em um surto após discussão por dívida de jogo.
O corpo de Soraya estava coberto com um lençol, seminu, apenas com a parte de cima da roupa, e foi encontrado sob um viaduto de Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na manhã de domingo (20).
Após o enterro de Soraya, Matteos prestou homenagens e chegou a chorar, afirmando que a mãe era uma pessoa amorosa e não tinha desavenças com ninguém. Ele chegou a afirmar que a família procurava apenas por “resposta” para que ela pudesse “descansar em paz”. “Não consigo expressar o que estamos sentido de outro jeito que não seja perdidos e devastados”, disse o filho à reportagem.
FONTE: ESTADO DE MINAS