Cidades como Belo Vale, Ouro Branco e Catas Altas da Noruega são alvos de atuação ambiental da polícia com contra crimes
Uma megaoperação ambiental varreu, nesta semana, municípios estratégicos de Minas Gerais e escancarou a face oculta da destruição ambiental causada por garimpos ilegais, desmatamento e exploração predatória de recursos naturais. A ofensiva, liderada pela Polícia Militar de Meio Ambiente, com apoio de órgãos federais como o Ibama, resultou em prisões, apreensões e flagrantes chocantes de crimes ambientais em áreas de preservação permanente.
🔥 Catas Altas da Noruega: devastação à beira da nascente
Em Catas Altas da Noruega, militares flagraram uma retroescavadeira atuando ilegalmente a menos de 30 metros de um curso d’água e uma nascente difusa — uma violação direta da legislação ambiental. No local, foi confirmada a supressão de 0,73 hectare de vegetação nativa em estágio avançado da Mata Atlântica, além da extração clandestina de pedra-sabão e danos severos aos recursos hídricos.
Drones revelaram ainda a abertura de vias clandestinas, corte raso de floresta e indícios da instalação de estrutura para produção ilegal de carvão vegetal. Cerca de 161 m³ de madeira nativa foram encontrados abandonados ou inutilizados. O responsável foi preso em flagrante e levado para a Delegacia de Ouro Branco.
⚠️ Belo Vale: balsas ilegais no Rio Paraopeba
Em Belo Vale, o alvo foi o garimpo ilegal de ouro no leito do Rio Paraopeba, um dos principais cursos d’água da região. Em operação conjunta com o Ibama, as equipes encontraram duas balsas em pleno funcionamento fora da área autorizada. Cinco garimpeiros foram presos, incluindo o responsável técnico, que apresentou documentação fora dos limites do polígono licenciado.
Foram apreendidos dois flutuantes, quatro celulares e diversos equipamentos utilizados na atividade criminosa. Os envolvidos foram encaminhados à Polícia Federal, em Belo Horizonte, e autuados.
🚫 Ouro Branco: equipamentos abandonados indicam garimpo escondido
Em Ouro Branco, uma denúncia levou as equipes até uma área florestal de difícil acesso, onde foram localizados motores, mangotes e motobomba — materiais usados em garimpo subterrâneo. Embora não houvesse suspeitos no momento da ação, os equipamentos foram deixados sob vigilância e serão removidos nos próximos dias.
⚠️ Crimes que deixam rastros
As operações evidenciam o avanço desenfreado de crimes ambientais em Minas Gerais, especialmente em áreas protegidas por lei. O desrespeito ao meio ambiente, à legislação e à população local tem provocado danos irreversíveis a nascentes, florestas e à biodiversidade, além de colocar em risco o abastecimento hídrico e o equilíbrio dos ecossistemas.
As autoridades reforçam que o combate ao crime ambiental não será tolerante e novas ações devem ocorrer nos próximos dias em outros pontos críticos do estado.