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Estes são os 6 carros automáticos que mais dão defeito no Brasil em 2025, segundo oficinas e Procon, com reparos que podem custar até R$ 18 mil aos motoristas

Câmbios CVT, DSG e Powershift lideram as reclamações no Brasil em 2025. Veja os 6 carros automáticos que mais dão defeito, segundo Procon e oficinas, com reparos que chegam a R$ 18 mil.

Nos últimos dez anos, o câmbio automático deixou de ser luxo e se tornou cada vez mais comum no Brasil. De acordo com dados da Fenabrave, em 2025 mais de 65% dos carros novos vendidos no país já saem de fábrica sem o pedal da embreagem. Esse movimento trouxe conforto, mas também abriu espaço para um problema que vem preocupando motoristas: o aumento das falhas e quebras em sistemas automáticos, que podem custar muito caro para reparar.

O peso no bolso do motorista

Se em um carro manual um reparo de embreagem pode custar de R$ 1.500 a R$ 3.000, no câmbio automático os valores são bem mais salgados.
Oficinas especializadas relatam que consertos podem variar de R$ 8 mil até R$ 18 mil, dependendo da marca e do tipo de transmissão.

Segundo o Procon-SP, boa parte das reclamações registradas em 2025 envolve câmbios CVT e automáticos de dupla embreagem (DSG/DCT), conhecidos por apresentarem desgaste precoce.

Estes são os 6 carros automáticos que mais dão defeito no Brasil em 2025

1. Nissan Kicks CVT

O SUV compacto da Nissan é líder de vendas, mas também campeão de queixas em oficinas.

  • Problema comum: superaquecimento do câmbio CVT, especialmente em uso urbano intenso.
  • Consequência: trancos nas trocas e perda de potência.
  • Custo médio do reparo: R$ 10 mil a R$ 15 mil.

2. Honda Civic (CVT de gerações anteriores)

Apesar da boa fama da marca, modelos Civic fabricados entre 2016 e 2020 acumulam reclamações.

  • Problema comum: desgaste prematuro da correia do CVT.
  • Consequência: câmbio “patinando” e risco de travamento.
  • Custo médio do reparo: R$ 12 mil a R$ 18 mil.

3. Volkswagen Golf e Jetta (DSG)

Os câmbios de dupla embreagem (DSG) da Volkswagen sempre foram elogiados pela rapidez, mas também são alvo de críticas.

  • Problema comum: superaquecimento do módulo mecatrônico.
  • Consequência: trancos e falha total do câmbio.
  • Custo médio do reparo: R$ 15 mil a R$ 18 mil.

4. Ford Focus Powershift

O câmbio Powershift da Ford se tornou um dos casos mais polêmicos no Brasil, com ações judiciais e processos no Procon.

  • Problema comum: falhas nas embreagens e no módulo eletrônico.
  • Consequência: perda de aceleração e risco de pane repentina.
  • Custo médio do reparo: até R$ 14 mil.

5. Chevrolet Onix Plus (primeiras unidades com câmbio automático de 6 marchas)

O sedã mais vendido do Brasil também aparece nas oficinas.

  • Problema comum: falhas na bomba de óleo da transmissão.
  • Consequência: superaquecimento e desgaste acelerado.
  • Custo médio do reparo: R$ 8 mil a R$ 12 mil.

6. Renault Captur CVT

O SUV da Renault entrou na lista por causa de recorrentes queixas registradas no Procon.

  • Problema comum: superaquecimento em viagens longas e perda de pressão no câmbio.
  • Consequência: risco de fundir a transmissão.
  • Custo médio do reparo: R$ 9 mil a R$ 13 mil.

Por que os câmbios automáticos dão tantos problemas?

Mecânicos especializados em transmissões automáticas apontam três razões principais:

  • Falta de manutenção preventiva – Muitos motoristas acreditam que o câmbio automático não precisa de troca de óleo, mas especialistas recomendam substituição a cada 40 mil km.
  • Superaquecimento – O uso intenso no trânsito pesado das cidades brasileiras acelera o desgaste.
  • Projetos sensíveis – Câmbios CVT e de dupla embreagem foram criados para eficiência, mas são mais delicados e exigem cuidados extras.

O impacto no mercado de usados

Esses problemas também afetam diretamente o mercado de seminovos. Modelos como Focus Powershift e Golf DSG perderam valor de revenda, já que compradores têm receio de herdar um câmbio problemático.

Em alguns casos, a desvalorização chega a 20% abaixo da média de mercado, justamente pela fama negativa do câmbio.

Como o motorista pode se proteger?

  • Troque o óleo da transmissão no prazo recomendado (mesmo que a montadora diga que é “vitalício”).
  • Fique atento a trancos e ruídos incomuns.
  • Peça laudo de câmbio em carros usados antes da compra.
  • Procure oficinas especializadas em transmissões para diagnóstico precoce.

O que dizem as montadoras?

As montadoras geralmente afirmam que os problemas atingem uma “minoria dos veículos” e que parte das falhas decorre de manutenção incorreta.

Entretanto, entidades de defesa do consumidor alertam que em alguns casos houve defeitos de projeto, que geraram até recalls internacionais.

Os carros automáticos conquistaram o Brasil, mas também abriram espaço para uma nova dor de cabeça: câmbios frágeis e reparos caríssimos. Segundo dados de oficinas e registros no Procon, modelos de Nissan, Honda, Volkswagen, Ford, Chevrolet e Renault estão entre os que mais apresentaram defeitos em 2025.

Para o motorista, a lição é clara: manutenção preventiva é a única saída para evitar gastos que podem chegar a R$ 18 mil.

FONTE: CLICK PETRÓLEO E GÁS

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