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Violência contra pescadores: Deputados Leleco Pimentel e Padre João acompanham denúncias de violência e despecho injusto

Na madrugada de 3 de setembro de 2025, por volta das 5h, cerca de 30 núcleos familiares de pescadores da comunidade do Paraíso (Felixlândia–MG – a 180 km de Belo Horizonte) foram surpreendidos por uma ação violenta e arbitrária. O despejo, conduzido pelo Ministério Público Federal com apoio da Polícia Militar, destruiu ranchos e bens acumulados ao longo de gerações — sem aviso prévio e sem que houvesse ordem judicial apresentada — impedindo a retirada de pertences como geladeiras, colchões e roupas, espalhados entre os escombros, enquanto estradas foram bloqueadas por agentes da PM.

Atuação dos deputados

Os deputados Leleco Pimentel e Padre João, do projeto Juntos Para Servir entraram em contato com as lideranças locais e com o movimento social que está acompanhando o caso. Ele também levou o tema às instâncias políticas da Assembleia Legislativa, denunciando a violência desmedida e a ausência de diálogo por parte das autoridades responsáveis. “Não aceitaremos que mais um crime contra o povo se torne rotina“, declarou Leleco, expressando indignação e solidariedade às famílias atingidas.

Ações previstas

 Solicitará à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa a realização de uma audiência pública emergencial.
 Exigirá do Ministério Público Federal e da Polícia Militar esclarecimentos sobre os procedimentos adotados, especialmente a ausência de ordem judicial formal.
 Promoverá articulação com entidades como o MAB e movimentos de defesa dos povos afetados para garantir apoio jurídico, social e emergencial às famílias.
 Fará gestões para assegurar alternativas habitacionais temporárias às famílias que tiveram suas moradias destruídasAbuso na Comunidade Paraíso, Felixlândia

Contexto dos fatos

A comunidade de Paraíso, situada em Área de Preservação Permanente, mas reconhecida em processos de reparação ligados ao crime socioambiental de Brumadinho, está no local há cerca de 15 anos e depende da pesca na represa para sobreviver. A demolição ocorreu antes que as famílias pudessem retirar seus pertences, sem ordem judicial, apesar de terem recebido apenas uma notificação do Ministério Público Federal assinada pelo procurador Frederico Pellucci.

Entre os depoimentos marcantes está o de Silvana Gomes da Rocha:

“Hoje, em vez de tirar meu peixe, acordei tentando salvar o que restou do meu rancho. Estou me sentindo como se a justiça tivesse nos jogado no lixo…
Como carregar nossas coisas no escuro se aqui não temos luz?”

E o de Eliana Marques:

“A gente não é bandido, é pescador… Lutamos muito para construir nossos ranchos com sacrifício e trabalho honesto… parecia que todo dia combinam de acabar com o pescador.”

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