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IBGE confirma: Brasil é o país do gado, com 238,2 milhões de cabeças, superando a população humana (213,4 milhões) em 11,6%

O fato de que o Brasil é o país do gado se consolida com 238,2 milhões de bovinos, mas IBGE também aponta recordes em ovos e leite, conforme dados analisados pela CNN.

Brasil é o país do gado, e isso agora é uma confirmação estatística oficial. Dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2024, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e repercutidos pela CNN, revelam que o efetivo bovino atingiu 238,2 milhões de cabeças. Este número supera a população humana do país, estimada em 213,4 milhões de habitantes, em impressionantes 11,6%.

Embora a imagem do boi seja central na economia nacional, o levantamento do IBGE mostra que a força da agropecuária vai muito além. O setor de produção animal registrou um valor total de R$ 121,1 bilhões em 2024, uma alta de 8,2% em relação ao ano anterior. Os recordes históricos não se limitaram aos bovinos, estendendo-se à produção de ovos, leite e mel, consolidando o Brasil como uma potência global na geração de proteína.

A dimensão do rebanho bovino

A PPM 2024, analisada pela CNN, detalha que a diferença absoluta é de 24,8 milhões de animais a mais que pessoas. Embora o número de 238,2 milhões de cabeças represente uma ligeira queda de 0,2% em relação ao ano anterior, 2024 ainda marcou o segundo maior efetivo da série histórica, ficando atrás apenas do recorde estabelecido em 2023.

Essa manutenção de um patamar elevado demonstra a resiliência e a magnitude da pecuária de corte e leiteira no país. O fato de que o Brasil é o país do gado não é apenas uma força de expressão, mas um pilar econômico que movimenta bilhões e define o uso da terra em vastas regiões do território nacional, influenciando diretamente a balança comercial e o PIB.

O domínio das aves: produção em máxima histórica

Se o rebanho bovino é maior que a população, o de galináceos é exponencialmente superior. O IBGE registrou 1,6 bilhão de galináceos totais, dos quais 277,5 milhões são galinhas poedeiras — número que também ultrapassa o de habitantes. A produção de ovos, conforme destacado pela CNN, foi o grande destaque do ano, batendo um recorde absoluto desde o início da série histórica em 1999.

Foram produzidas 5,4 bilhões de dúzias, ou 64,8 bilhões de unidades, representando um aumento de 8,6% sobre 2023. Em termos práticos, isso equivale a uma média de mais de 300 ovos por habitante no ano, evidenciando um consumo e uma capacidade produtiva que se superam continuamente. O município de Santa Maria de Jetibá (ES) foi apontado pelo IBGE como o líder nacional nesse segmento.

O paradoxo do leite: mais produto, menos vacas

A produção de leite também atingiu seu maior volume histórico em 2024, alcançando 35,7 bilhões de litros. Esse volume gerou uma movimentação financeira de R$ 87,5 bilhões, outro número recorde para o setor. O dado mais surpreendente, no entanto, é o paradoxo revelado pelo IBGE: esse recorde foi alcançado com o menor número de vacas ordenhadas desde 1979.

Essa estatística, conforme análise da CNN sobre os dados, aponta diretamente para um salto significativo em produtividade e tecnologia no setor. O manejo genético, a melhoria na nutrição animal e a eficiência na gestão das propriedades permitiram que o setor produzisse mais com menos animais, otimizando recursos e aumentando a rentabilidade da cadeia leiteira nacional.

O avanço da aquicultura e do mel

A força da produção animal brasileira não se restringe à terra firme. A piscicultura (criação de peixes) cresceu 10,3% em 2024, somando 724,9 mil toneladas. A tilápia continua sendo a estrela do setor, respondendo por quase 70% desse total. Paralelamente, a produção de camarão em cativeiro atingiu 146,8 mil toneladas, segundo o IBGE.

Até mesmo a apicultura registrou números inéditos. A produção de mel bateu recorde com 67,3 milhões de quilos, com forte protagonismo da região Nordeste (39,4% do total). Estados como Paraná e Piauí se destacaram como os maiores produtores nacionais, mostrando a diversificação de uma indústria que comprova, ano após ano, por que o Brasil é o país do gado e de tantas outras proteínas essenciais.

Diante de tantos recordes e da confirmação de que há mais gado do que pessoas no país, o impacto na economia é inegável, mas as discussões sobre o uso da terra e a eficiência produtiva também se intensificam.

Você concorda com essa mudança? Acha que isso impacta o mercado onde você vive? Deixe sua opinião nos comentários, queremos ouvir quem vive isso na prática.

FONTE: CLICK PETRÓLEO E GÁS

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