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Avançou! Aprovado projeto do ‘Super MEI’ com teto de R$ 140 mil anuais

Senado dá passo importante para aumentar o limite de faturamento do MEI, visando potencializar o crescimento dos pequenos negócios no Brasil.

O Microempreendedor Individual (MEI) pode estar prestes a conquistar um importante avanço. O Senado aprovou nesta quarta-feira (22) o projeto conhecido como “Super MEI”, que propõe elevar o limite de faturamento anual de R$ 81 mil para R$ 140 mil, quase o dobro do valor atual.

A medida promete transformar o cenário do empreendedorismo no Brasil, incentivando o crescimento dos pequenos negócios e fortalecendo a formalização.

O que é o ‘Super MEI’ e o que muda na prática?

Atualmente, o MEI (Microempreendedor Individual) pode faturar até R$ 81 mil por ano e paga uma contribuição mensal fixa de 5% do salário mínimo, que garante benefícios como aposentadoria, auxílio-doença e licença-maternidade.

Com o novo projeto, surge uma faixa intermediária para empreendedores que faturam entre R$ 81 mil e R$ 140 mil anuais, com contribuição de 8% sobre o salário mínimo.

A proposta busca permitir que microempreendedores cresçam sem precisar mudar de categoria jurídica, evitando a perda de benefícios previdenciários e mantendo-se dentro da formalidade.

A ideia central é incentivar o crescimento sustentável dos pequenos negócios, dando fôlego aos autônomos e profissionais liberais que desejam expandir suas atividades sem enfrentar a burocracia de migrar para o regime de Microempresa (ME).

Novo projeto no Senado pode dobrar seu limite de faturamento de quem atua como MEI no Brasil (Foto: Shutterstock)

O que foi alterado no texto do projeto?

Antes de ser aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), o projeto passou por ajustes importantes. Duas propostas do texto original foram retiradas:

  • A correção automática do teto de faturamento pela inflação;
  • A autorização para contratação de dois funcionários (mantendo o limite atual de um empregado por CNPJ).

Segundo o relator Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), essas mudanças foram feitas para evitar impactos fiscais imediatos.

Ele reforçou, no entanto, que o reajuste do limite é urgente:

“O valor atual está congelado há quase uma década. Atualizar o teto pode estimular a formalização e, no médio prazo, aumentar a arrecadação pública.”

Próximos passos no Senado

Com a aprovação na CAS, o projeto segue agora para análise da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Caso receba parecer favorável, será votado no plenário do Senado e, posteriormente, encaminhado à Câmara dos Deputados.

A autora da proposta, senadora Ivete da Silveira (MDB-SC), destacou que o Super MEI tem potencial para estimular a regularização de milhões de trabalhadores autônomos, além de ampliar o acesso a crédito e benefícios previdenciários.

“Ser MEI é sinônimo de segurança jurídica e estabilidade. Essa atualização permitirá que o empreendedor cresça de forma saudável, sem medo de perder seus direitos”, afirmou.

Impacto econômico e social do ‘Super MEI’

Se aprovado em definitivo, o Super MEI poderá representar um divisor de águas para o empreendedorismo brasileiro. Estima-se que milhões de trabalhadores informais possam migrar para a formalidade, contribuindo para o aumento da arrecadação tributária, do acesso ao crédito e da geração de empregos.

Além disso, o projeto reflete um movimento mais amplo de modernização do regime do MEI, ajustando seus parâmetros à realidade econômica atual e reconhecendo o papel fundamental dos pequenos empreendedores na economia nacional.

Em um país onde mais de 11 milhões de brasileiros atuam como microempreendedores individuais, a aprovação do Super MEI pode representar um novo capítulo para o trabalho autônomo, impulsionando tanto a inclusão produtiva quanto o crescimento sustentável dos pequenos negócios.

FONTE: CAPITALIST

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