A Volkswagen encerra a produção do Touareg após mais de duas décadas, enquanto reorganiza sua estratégia global para priorizar SUVs de maior volume e eficiência, ampliando o foco em modelos como T-Cross, Tiguan, Taos e Tayron. A Volkswagen confirmou que vai encerrar a produção do Touareg em 2026, encerrando um ciclo de aproximadamente 24 anos.
De acordo com a empresa, essa decisão redireciona a estratégia global para SUVs de maior volume e preço competitivo, como T-Cross, Tiguan, Taos e o Tayron.
Esses modelos disputam espaço com rivais como Toyota Corolla Cross e Hyundai Creta nos principais mercados. A mudança começou a ser noticiada após publicação da revista britânica Autocar, em agosto de 2025.
Desde então, a marca anunciou a série Final Edition e confirmou que o Touareg será produzido apenas até 2026, marcando o fim da versão a combustão. Fim da produção do Touareg e impacto no portfólio da Volkswagen
Com produção final prevista para 2026, o Touareg encerra uma trajetória iniciada em 2002.

O SUV foi o modelo de maior porte da Volkswagen em diversos mercados e superou 1,2 milhão de unidades produzidas globalmente, segundo dados recentes do grupo.
A Volkswagen não confirmou planos para um sucessor direto. De acordo com executivos e documentos públicos, os recursos serão concentrados em modelos de maior demanda comercial.
Nesse cenário, T-Cross, Tiguan, Taos e Tayron passam a ocupar posições estratégicas dentro da linha global. Eles atuam em segmentos onde há concorrência direta com produtos de volume como Corolla Cross e Creta.
Tayron assume espaço deixado pelo Touareg em mercados globais
Com o encerramento da produção do Touareg, o Tayron passa a ser o maior SUV da Volkswagen em mercados como o Reino Unido, conforme reportado por publicações especializadas.
Lançado na Europa em 2024, o modelo oferece opções de cinco e sete lugares. Inclui versões híbridas plug-in com autonomia elétrica superior a 100 km no ciclo europeu.
Também oferece opções 2.0 TSI com tração integral e capacidade de reboque de até 2,5 toneladas. Por ter preços abaixo do Touareg, o Tayron mira consumidores de SUVs médios que buscam espaço interno.

Especialistas avaliam que esse posicionamento favorece a disputa com concorrentes de grande volume no mercado global.
Estratégia global prioriza volume e eletrificação
Segundo análises de mercado, a decisão de retirar o Touareg do catálogo está alinhada ao reposicionamento da Volkswagen.
A marca prioriza modelos com maior potencial de escala e plataformas voltadas à eletrificação.
Relatórios recentes da montadora indicam que os investimentos serão concentrados em arquiteturas híbridas e elétricas.
Essas tecnologias são consideradas essenciais para cumprir metas regulatórias e de eficiência energética.
Esse direcionamento reduz a viabilidade de manter um SUV de luxo de nicho dentro da marca Volkswagen. O grupo já possui Audi e Porsche para atuar no segmento premium.
Origem e legado do projeto desenvolvido em parceria
O Touareg foi desenvolvido em parceria com Audi e Porsche. Esse projeto também originou o Audi Q7 e o Porsche Cayenne.
A intenção era permitir que a Volkswagen avançasse para categorias superiores com um SUV de porte grande. As marcas compartilharam soluções técnicas e plataformas.

Nessa trajetória, o modelo contou com motores V10 TDI, V8 e versões híbridas em diferentes fases.
O utilitário tornou-se uma vitrine tecnológica para sistemas de tração, suspensão e assistência à condução.
Esses recursos foram posteriormente incorporados a outros modelos do grupo.
Situação do Touareg no mercado brasileiro
No Brasil, o Touareg deixou de ser vendido no início de 2019. A decisão foi atribuída a fatores como demanda reduzida por SUVs de luxo de marcas generalistas e alta cambial.
Os preços também ficavam próximos aos de modelos premium do próprio grupo, como Audi Q7 e Porsche Cayenne.
Dados de mercado apontam que, em 2018, o SUV registrou apenas seis unidades licenciadas no país.
Por essa razão, a aposentadoria global não altera o portfólio brasileiro. O catálogo nacional segue centrado em Taos, T-Cross e na nova fase do Tiguan.
Segundo analistas do setor automotivo, o segmento premium permanece concentrado nas marcas de luxo do grupo.
Enquanto isso, a Volkswagen direciona seus volumes para SUVs compactos e médios, categorias de maior procura no mercado nacional.

Mercado dos Estados Unidos já operava sem o Touareg
Nos Estados Unidos, o Touareg saiu de linha após o ano-modelo 2017. Desde então, o Atlas assumiu o papel de SUV de três fileiras da marca.
O modelo atende ao perfil local de consumidores que priorizam espaço e preço competitivo. A retirada global do Touareg consolida uma transição que já ocorria em mercados-chave.
Segundo especialistas consultados por veículos internacionais, o modelo exerceu papel relevante ao demonstrar capacidade técnica do grupo no segmento de SUVs.
A aposentadoria acompanha o movimento de priorizar volume, eficiência energética e desenvolvimento de modelos eletrificados.
Com essa mudança, consumidores tendem a encontrar alternativas de cinco e sete lugares em faixas intermediárias.
Nesse espaço, T-Cross, Taos, Tiguan e Tayron disputam mercado com concorrentes como Corolla Cross e Creta.
FONTE: CLICK PETRÓLEO E GÁS



