A situação do Hospital Bom Jesus voltou a dominar o debate público em Congonhas e tem gerado forte reação dentro da Câmara Municipal. Durante a sessão nesta manhã (2), vereadores elevaram o tom contra a gestão da instituição, especialmente em relação às recentes mudanças nos contratos com médicos e à perda de profissionais. O vereador Gilmar Seabra, ex-secretário de Saúde e médico do hospital, afirmou que o cenário atual tem prejudicado tanto os servidores quanto os usuários da rede. “Nós precisamos de tranquilidade para trabalhar”, pontuou.
O vereador Eduardo Matosinhos também criticou a condução da gestão e sugeriu medidas mais rígidas caso a situação não avance. “Chegou a hora de dar uma resposta à comunidade. Onde eu vou sou cobrado pela situação que se arrasta há mais de uma década. Vamos continuar amassando barro? Quem sabe uma CPI”, afirmou.
Outro vereador, Igor Souza, comemorou o movimento da Câmara em pressionar por mudanças. “Que dia de alegria em ver os vereadores cobrando uma solução para o hospital”, disse. Já Robertinho, também integrante do Legislativo, defendeu que o município precisa encontrar um caminho definitivo para impedir a perda de médicos e estabelecer estabilidade na instituição.
Reunião
Ainda nesta segunda-feira (1º), vereadores vão participar nesta tarde de uma reunião com o prefeito Anderson Cabido para tratar diretamente da crise. Além disso, foi marcada para o dia 15 de dezembro uma reunião da Comissão de Saúde, que contará com a presença da secretária de Saúde, Hilda de Oliveira, e do diretor do corpo clínico do hospital.
O Hospital Bom Jesus, referência em média complexidade na região, tem sido alvo de críticas constantes. Moradores relatam demora no atendimento, falta de profissionais em determinados plantões e dificuldade para realizar exames. As reclamações ganharam força nas redes sociais e nos discursos de representantes da comunidade.
A administração municipal afirma estar adotando medidas para melhorar a estrutura e reforçar a assistência, com investimentos em equipamentos, contratações e reorganização dos fluxos internos. No entanto, parte da população e dos parlamentares considera as ações insuficientes e defende maior transparência na gestão e no uso dos recursos.
A expectativa é que os próximos encontros entre Executivo, Legislativo e direção da instituição resultem em encaminhamentos concretos para estancar a crise e restabelecer a qualidade dos atendimentos prestados à população.
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