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Quando o trem da memória volta a passar: Engenheiro Corrêa celebra renascimento da estação ferroviária e marca um novo ciclo cultural

Reinaugurada no dia 14 de dezembro, a estação voltou a receber o público como espaço de encontro, memória e cultura no distrito de Engenheiro Corrêa

A reinauguração da Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa, distrito de Ouro Preto, no último domingo, dia 14, marcou a retomada de um dos mais importantes símbolos da história local e reuniu moradores antigos, visitantes de cidades vizinhas, autoridades políticas e patrocinadores em uma celebração que combinou memória, cultura e futuro. Restaurado, o espaço passa a integrar um complexo ferroviário voltado à valorização do patrimônio, à convivência comunitária e à realização de atividades culturais. Essa foi a primeira edição do Domingo na Estação, iniciativa que faz parte do projeto da restauração, e que terá novas edições em 2026.

O entorno da estação ganhou vida com a exposição do Clube Itabirito de Carros Antigos, que atraiu grande público e ajudou a transformar a área externa em espaço de circulação e encontro. Vieram visitantes de Itabirito, Santo Antônio do Leite e Miguel Burnier, além de grupos de ciclistas que chegaram pedalando até o distrito, reforçando o caráter regional e afetivo do evento.

A programação cultural teve início com a Sociedade Musical Senhor Bom Jesus de Matosinhos, a tradicional Banda do Rosário, cuja apresentação abriu oficialmente as atividades e emocionou o público. No interior do prédio, o cuidado com a ambientação chamou atenção: quatro pessoas caracterizadas com roupas de época, pertencentes ao acervo do Palácio das Artes, recepcionavam os visitantes, criando uma experiência imersiva e reforçando a conexão com a história ferroviária do local.

Ao longo da tarde, o espaço foi ocupado por uma programação diversa, com food trucks, chopp artesanal, espetinhos, sorvetes e espaço kids, além de apresentações musicais do Grupo de Choro Deitando o Cabelo e do Grupo de Forró Manguacêra. A presença do Papai Noel garantiu a alegria das crianças, enquanto a participação da poeta Simone Neves trouxe um momento de sensibilidade e reflexão, unindo palavra e memória.
A reabertura da estação simboliza mais do que a recuperação de um edifício histórico: representa a reintegração do patrimônio ferroviário à vida cotidiana do distrito, como espaço de cultura, lazer e encontro. Entre festa e reverência, Engenheiro Corrêa viveu uma tarde marcada pela ocupação cultural, pelo reencontro de gerações e pela reafirmação da estação como referência viva da identidade local.

A reinauguração é resultado de um trabalho de restauração viabilizado pelo patrocínio master do Grupo Herculano e pelo patrocínio do Grupo J. Mendes, via Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), com gestão da Holofote Cultural, apoio da Prefeitura de Ouro Preto e realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal. O projeto devolve ao distrito um conjunto arquitetônico restaurado, com novos espaços voltados a atividades culturais, socioeducativas e turísticas, representando uma conquista que fortalece a identidade e o desenvolvimento local

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