Agente da Guarda Municipal de Congonhas fez um desabafo nas redes sociais. Segundo ele, a FUMCULT e Comando resolveram retirar a Guarda Civil Municipal da Basílica durante a noite e reduzir o efetivo durante o dia.
Desde a criação em 2008, a Guarda Civil atua no Conjunto Arquitetônico e Histórico da Basílica do Bom Jesus, que fazem Congonhas ser reconhecida mundialmente como Patrimônio Cultural da Humanidade .
As ações desenvolvidas evoluíram e não restringem-se somente a prevenir danos às obras de arte. Com extensão da carga horária a 24hs por dia, a Guarda inibe e atua repressivamente ao uso, comércio e até mesmo tráfico de entorpecentes nas imediações; atua na fiscalização de tráfego de veículos de grande porte proibidos no local; são acionados pela população local para atuar em furtos, roubos, vias de fato, atendimento a vítimas de agressão domiciliar e nas imediações; atua na segurança patrimonial nas lojas de artesanato tradicionais do beco dos Canudos e Praça da Basílica; proíbe som automotivo durante as celebrações religiosas e na Alameda Cidade Matozinhos de Portugal em prol do sossego e respeito neste que é um Centro Histórico e Religioso, acima de tudo; além de inibir manobras perigosas de veículos automotores, estacionamentos irregulares em prol da fluidez no trânsito e intervenção imediata em acidentes de trânsito: de forma a trazer Segurança para a população e turistas que frequentam o local.
Ademais, mesmo sem iluminação adequada na Área das Capelas dos Passos (pois grande parte dos lampiões coloniais encontram-se queimados e/ ou faltosos) e contando com delimitações por correntes penduradas em postes improvisados e tortuosos, trazendo aparência de desleixo pelo Poder público, referente à conservação do local: estes Guardas revezam-se pelas madrugadas frias e sem equipamentos hábeis ao estrito cumprimento do dever legal e impedem invasões no Adro e Área das Capelas.
Sete anos foram necessários para que se conseguisse manter a ordem pública no local, principalmente durante as madrugadas e no último domingo, sem maiores informações e por conversas informais de terceiros e entre colegas, foram informados de que o serviço durante as noites e a escala 24hs será extinta.
O Comando não se reporta ao subordinados esclarecendo os fatos e pelo visto, nem propiciará aos mesmos _ que durante anos foram obrigados a se adaptar a uma escala ininterrupta e exaustiva de 24hs _ tempo hábil de se programar e/ ou se adaptarem ao novo regime, que ainda não está definido, nem a logística estratégica de readequação funcional exigível à questão. Afinal, grande parte destes servidores que são efetivos, sequer residem no município.
Contudo, atitudes precipitadas e inconsequentes já são observadas na gestão do Comando da Guarda Municipal, deixando a desejar em quesitos inerentes à publicidade, legalidade, impessoalidade, eficiência e moralidade dos atos praticados perante os subordinados.
Infelizmente, estes princípios da Administração Pública à que os Guardas na rua devem seguir à risca e que tanto são cobrados pela Sociedade, pelo Comando e pela ética profissional e pessoal de cada um; são tratados com descaso por parte de seus Superiores hierárquicos.