16 de julho de 2024 02:28

OBRA QUE NUNCA TERMINA: vereadores criticam atraso em obra e duvidam de conclusão até final de junho; “será que podemos confiar?”, desafiou

“Será que podemos confiar?”. Este foi o questionamento do Vereador Eustáquio Silva (PV) sobre a promessa do Prefeito Mário Marcus ao anunciar para 30 de junho a conclusão de galeria de águas pluviais para por fim às enchentes na parte baixa de Conselheiro Lafaiete (MG).

A obra iniciada em outubro do ano passado é alvo de intensas críticas de moradores das Ruas Dr. Moreira e Marechal Floriano diante do atraso obra. A previsão era de 180 dias, mas ela se arrasta e deve ser concluída em 8 meses. Os moradores foram tomados de susto e surpresa com tapumes em frente suas casas sem qualquer aviso sobre o início das obras. “Moradores não tiveram como retirar seus carros da garagem”, pontuou o Vereador Oswaldo Barbosa (PP).

A sessão da Câmara nesta terça-feira (11) foi tomada pela repercussão e análise sobre a manifestação dos moradores que durou mais de 7 horas bloqueando o viaduto Duartina Nogueira, principal corredor de acesso a Conselheiro Lafaiete (MG). O ato terminou por volta das 15:00 horas após acordo entre os manifestantes e PM. Ainda a tarde o prefeito se reuniu com um comissão de moradores quando confirmou para o final de junho o término da galeria.

“Muitos moradores e comerciantes relataram que estão passando por falta de alimentação e pediram abatimento no IPTU. Disseram que não pode isentar. Mas porque pode para os donos de terrenos no distrito industrial?”, questionou Pedro Américo (PT).

“Infelizmente foi uma obra que começou da noite para o dia e até mesmo ficamos surpresos. O pessoal fechando a garagem dos moradores. Estamos todos sofrendo na parte baixa da cidade A obra foi mal iniciada. Tem gente com casas rachadas”, citou o Líder do Prefeito, o Vereador João Paulo Pé Quente (PSD).

Vado Silva (DC) criticou falta de planejamento da obra da galeria e pediu que a administração interceda junto aos moradores e comerciantes para minimizar os impactos econômicos. “Tem gente que perdeu toda a clientela. Foi falha nossa na fiscalização”.

Vaidade e culpado

“Desculpe-me vereador. Quem tem responsabilidade na obra é o prefeito e não nós vereadores. Pura vaidade em querer terminar para inaugurar uma obra dentro de sua gestão. Ela começou em uma época errada, de chuvas. Então o principal culpado é o prefeito”, contrapôs o Vereador André Menezes (PSDB).

“Infelizmente em Lafaiete toda obra é assim mesmo. Começa e não tem prazo de término. O prefeito é autoritário e não ouve esta Casa. É uma obra porca como tantas outras desse governo”, protestou o Vereador Giuseppe Laporte (Podemos).

Sandro José (PP) questionou se no contrato teria o seguro caução, instrumento para ressarcir/indenizar os prejuízos causados pela obra a moradores e comerciantes. “A obra não teve planejamento e sequer conhecimento. A licitação foi pífia. Quem pagará pelos prejuízos que a obra gerou?”, citou.

“Duvido que esta obra termine no dia 30”, encerrou o Vereador Renato Pelé (Podemos).

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