Cédula foi criada em 2020.
A nota de R$ 200, lançada em 2020, continua sendo alvo de curiosidade e polêmica no Brasil.
Apesar de ter gerado memes e expectativas em relação à movimentação da economia, a cédula ainda é considerada escassa no país, com uma circulação menor que a nota de R$ 1.
Com apenas 125 milhões de notas em circulação, a cédula de R$ 200 perdeu 19,6% de seu poder de compra devido à inflação, valendo atualmente apenas R$ 161, em relação ao ano de criação.
Nota de R$ 200: efeitos da circulação
Uma das razões para a escassez dessa cédula é a relutância dos comerciantes em aceitar notas de alto valor, devido à dificuldade de oferecer troco.
Isso levou as instituições financeiras a não solicitarem mais a cédula ao Banco Central, resultando em um acúmulo de notas nos cofres do governo.
Além do mais, a prática de ‘entesouramento’, em que as pessoas armazenam grandes quantidades de dinheiro em espécie em suas residências, também contribui para a falta de circulação da cédula.
Apesar da baixa utilização e do acúmulo de notas nos cofres, o Banco Central afirmou que não tem planos de extinguir a movimentação da cédula de R$ 200 no mercado.
A introdução gradual da nota ocorre de acordo com a demanda da sociedade e continuará nos próximos anos.
Nota chega ao fim por não contemplar pessoas cegas
Entretanto, a cédula de R$ 200 pode acabar devido a um processo judicial movido pela Organização Nacional de Cegos do Brasil.
A entidade alega que a cédula não segue o padrão de acessibilidade da família do Real, pois tem o mesmo tamanho que a nota de R$ 20, dificultando a identificação por pessoas com deficiência visual.
O Banco Central argumenta que as notas possuem marcas táteis em alto-relevo que permitem a diferenciação, mas a Defensoria Pública afirma que tais marcas tendem a se desgastar com o tempo, tornando as cédulas indistinguíveis para aqueles com deficiência visual severa.
O processo em andamento visa o recolhimento das cédulas de R$ 200 e a fabricação de novas que respeitem o padrão de acessibilidade.
A luta pela garantia da acessibilidade para uma parcela importante da população com deficiência visual continua, e o desfecho desse processo pode determinar o futuro da nota de R$ 200 no Brasil.
FONTE CAPITALIST