Uma operação de combate ao tráfico de animais silvestres identificou cativeiros irregulares e resultou na apreensão de 220 aves nas cidades de Montes Claros, Grão Mogol, São João da Ponte, Ubaí, Capitão Enéas e São Romão, todas no Norte de Minas Gerais, informou o governo em comunicado nesse sábado (31/8). A data das apreensões, no entanto, não foi informada.
Foram fiscalizados 48 alvos selecionados pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e a Polícia Militar (PMMG) de Meio Ambiente. Além dos animais apreendidos, os agentes também recolheram 53 equipamentos utilizados nas ações irregulares. O total de multas aplicadas, até o momento, já ultrapassa o valor de R$ 1 milhão.
Entres as principais infrações estão “impedir a procriação da fauna silvestre sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida” e “adulterar ou falsificar anilhas, marcas e/ou sistemas de identificação de animais controlados”, informou o governo de Minas em comunicado.
Estiveram envolvidos na ação 37 servidores do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), 14 militares, dois servidores do Ibama e oito policiais civis, divididos em 6 equipes operacionais de campo, uma equipe operacional do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Montes Claros e outra equipe de coordenação técnica e operacional.
“Os animais apreendidos foram encaminhados ao Cetas de Montes Claros e avaliados por médicos veterinários. Aqueles que tinham condição de serem soltos foram devolvidos à natureza em localidades próximas aos municípios alvos da operação”, explicou o chefe regional de fiscalização ambiental do Leste de Minas, Daniel Sampaio Colen.
“Minas Gerais é um do estados detentores da biodiversidade mais vasta do país, mas grande parte dessa riqueza encontra-se ameaçada devido à degradação e à perda de habitat, ao tráfico de animais silvestres, à caça, e a outros crimes contra a fauna”, completou a diretora de Estratégia em Fiscalização da Semad, Larissa Madureira.