Uma grande festa popular e religioso promete movimentar a cidade de Ouro Branco. Fechada desde maio de 2021, a comunidade reabre em grande estilo a Matriz de Santo Antõnio, exemplar do século XVIII.
O evento acontece na segunda-feira (7), a partir das 18:00 horas, e será promovido pela Arquidiocese de Mariana, por meio da Paróquia de Santo Antônio. Participarão do evento diversas autoridades representantes dos órgãos responsáveis pela obra, bem como a comunidade de Ouro Branco.
As obras contemplaram o restauro de elementos artísticos, telhado, parte elétrica, novo piso e revitalização do adro. Os recursos na ordem de R$ 3,5 milhões vieram do Ministério da Justiça, Ministério Público de Minas Geais, através da plataforma Sementes, e do fundo municipal de cultura.
A história
Edificação de preciosa representatividade do patrimônio colonial Barroco, a Matriz foi erguida numa fase de riqueza do pequeno povoado de Santo Antônio do Ouro Branco, ao redor da quais pequenas casa foram surgindo. A Matriz é uma das maiores riquezas do município, cuja importância do conjunto de suas imaginárias e do acervo de seus bens tombados é preciosidade da nossa cultura e história da religiosidade de nosso povo. Segundo o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) “a Matriz de Santo Antônio estava edificada no final do século XVIII. Em 1745, o altar de São Miguel e Almas teve seu douramento pelo mestre pintor Antônio de Caldas, supondo- se que o de Nossa Senhora do Rosário teria sido executado ao mesmo tempo. Consta ainda, em 1754, uma petição dos habitantes da paróquia e autorização do Ouvidor Geral para o douramento da tribuna, e conforme indica a documentação, em 1755 realizou-se o douramento do altar-mor.
Em 1771 e 1777 foram arrematadas as obras do frontispício pelo pedreiro Domingos Coelho. A data de 1779, inscrita no frontispício da igreja, provavelmente refere-se à conclusão da edificação”. Guardiã do tempo e da história de Ouro Branco, a Matriz de Santo Antônio conta com técnica de construção que tem por base a pedra, material utilizado inclusive nas colunas, cunhais, cimalha, portada e nas sacadas do frontispício. No interior, a nave, o arco-cruzeiro e a capela-mor constituem um dos conjuntos de talha barroca mais bonitos de Minas.