Com a nova Amarok sendo baseada em uma picape chinesa, a Volkswagen promete mudar o mercado de picapes na América Latina, apostando em dimensões maiores, mais tecnologia embarcada e novas motorizações, inclusive com versões híbridas de alta eficiência.
A nova geração da Volkswagen Amarok já tem seu destino traçado: será baseada em uma picape chinesa e não mais na Ford Ranger, como aconteceu anteriormente.
A fabricante alemã confirmou um investimento bilionário na Argentina para produzir a segunda geração da Amarok a partir de 2027, e, surpreendentemente, escolheu como plataforma a caminhonete Maxus Terralord, da SAIC Motor, sua parceira na China.
A mudança marca uma virada estratégica para a Amarok, que promete conquistar o mercado sul-americano com uma identidade renovada, robustez e tecnologias de ponta.

A informação foi divulgada por fontes da indústria automotiva e confirmada pela própria Volkswagen, segundo o site Autoesporte, que acompanhou de perto a novidade durante o Salão de Xangai, a maior feira automotiva do mundo.
Um novo visual: mudanças profundas no design
O primeiro impacto ao conhecer a Maxus Terralord é o seu visual imponente e robusto.
Apesar da unidade exibida em Xangai estar fortemente customizada para o evento, o estilo agressivo e exagerado chamou atenção e dividiu opiniões.
Ciente disso, a Volkswagen já confirmou que o design da nova Amarok será bastante modificado em relação ao modelo chinês.
O trabalho de reestilização ficará sob responsabilidade do brasileiro José Carlos Pavone, atual chefe de design da Volkswagen para a América Latina, conhecido por projetos como o VW Tarok e o VW Tera.
Em teasers divulgados recentemente pela montadora, é possível observar algumas das mudanças que virão.
Os faróis verticais, inspirados na Ford F-150, darão lugar a unidades mais horizontais, conectadas por uma barra de LED iluminada.
A grade dianteira, que hoje apresenta uma trama diamantada, será substituída por filetes horizontais mais discretos e modernos.
Além disso, o capô e o para-choque dianteiro também serão completamente redesenhados para conferir mais identidade ao modelo da Volkswagen.
Dimensões generosas e porte impressionante
Em termos de tamanho, a Maxus Terralord impressiona.
Com 5,50 metros de comprimento, 2 metros de largura, 1,86 metro de altura e 3,30 metros de entre-eixos, ela supera em dimensões rivais como Ford Ranger, Toyota Hilux e Chevrolet S10.
Esses números colocam a nova Amarok em um patamar acima das picapes médias atualmente vendidas no Brasil, aproximando-a de modelos full-size em porte e presença de estrada.
Essa aposta em um porte mais robusto visa atender tanto ao público tradicional de picapes médias quanto a novos consumidores que buscam mais espaço e sofisticação.
Segundo informações de bastidores, as dimensões serão mantidas ou ligeiramente adaptadas para o mercado sul-americano, respeitando exigências locais de regulamentação e gosto do consumidor.

Interior mais moderno e tecnológico
Por dentro, a transformação será ainda mais visível.
O interior da Maxus Terralord já apresenta um salto de qualidade se comparado à atual Amarok brasileira, cujo visual permanece praticamente inalterado há mais de dez anos.
Entre as novidades, destacam-se:
- Console central elevado, que remete a SUVs de luxo.
- Freio de estacionamento eletrônico, em vez da tradicional alavanca manual.
- Painel com duas grandes telas, sendo uma para o quadro de instrumentos digital e outra para o sistema multimídia.
- Materiais de acabamento de melhor qualidade, embora ainda haja a presença de plásticos duros nas áreas inferiores.
Apesar do bom padrão observado na Terralord chinesa, fontes próximas ao projeto indicam que a Volkswagen fará ajustes no acabamento interno para atender às expectativas do consumidor brasileiro, que valoriza um visual mais sóbrio e materiais de toque macio.
A combinação de cores chamativas e acabamentos brilhantes vistos na unidade de Xangai não devem ser replicados no modelo final para o Brasil.
Mecânica: adeus ao V6, olá à eletrificação
Uma das mudanças mais impactantes na nova Amarok será sob o capô.
O tradicional motor 3.0 V6 a diesel, que conquistou muitos fãs por seu desempenho robusto, será aposentado.
No lugar dele, a Volkswagen prepara novas motorizações mais eficientes e alinhadas às tendências globais de eletrificação.
Fontes ligadas à produção indicam que haverá ao menos duas opções:
- Um motor diesel moderno, ainda não revelado oficialmente, mas que promete manter o desempenho elevado aliado a menores emissões de poluentes.
- Uma inédita versão híbrida, que combinará motor térmico a combustão e motor elétrico, proporcionando melhor eficiência energética e consumo reduzido.
A confirmação da versão híbrida veio por meio do sindicato dos trabalhadores da fábrica de Pacheco, na Argentina, que também será responsável pela montagem da nova picape.
Essa aposta na eletrificação é estratégica, já que o mercado global de picapes também começa a exigir alternativas mais sustentáveis, sem abrir mão da robustez.

Produção na Argentina e vendas no Brasil
A escolha da fábrica de General Pacheco, na Argentina, para a produção da nova Amarok, reforça o compromisso da Volkswagen com o mercado sul-americano.
A montadora anunciou um investimento de mais de US$ 1 bilhão na unidade argentina, destinado não apenas à produção da picape, mas também à modernização da planta, novas tecnologias e atualização de processos industriais.
Segundo informações oficiais, a nova geração da Amarok será lançada em 2027, mas a atual geração continuará em produção e vendas até lá, mantendo seu espaço nas concessionárias brasileiras.
Com a chegada da nova picape, a Volkswagen espera consolidar sua participação em um dos segmentos mais lucrativos do mercado automotivo brasileiro, atualmente dominado por Ford Ranger, Toyota Hilux e Chevrolet S10.
Além disso, a nova Amarok pode abrir portas para exportações a outros mercados da América Latina, fortalecendo ainda mais a presença da marca na região.
Expectativas e curiosidades sobre a nova Amarok
Ainda há muitos detalhes a serem revelados nos próximos meses.
Entre os pontos que mais despertam curiosidade estão as motorizações, o nível de tecnologia embarcada, os pacotes de segurança e a estratégia de preços que a Volkswagen adotará para enfrentar as rivais.
Há também a expectativa de que a nova Amarok receba versões diferenciadas, como opções de cabine simples e dupla, além de versões com visual aventureiro e off-road.
Uma coisa é certa: a aposta da Volkswagen em uma picape de origem chinesa mostra como o mercado automotivo global está mudando, quebrando antigos paradigmas e buscando eficiência e inovação, independentemente da origem do produto.
E você, o que acha dessa decisão da Volkswagen de apostar em uma base chinesa para a nova Amarok? Será que os consumidores brasileiros vão abraçar essa mudança? Deixe seu comentário!
FONTE: CLICK PETRÓLEO E GÁS