A centenária Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa, em Ouro Preto (MG), entra em uma nova etapa de restauração. Após a limpeza e o cercamento do local, a estrutura do prédio foi escorada para garantir a estabilidade das paredes. Em seguida, as fundações passaram por um reforço estrutural. A próxima fase prevê a conclusão de dois banheiros acessíveis. Neste momento, as obras se concentram na colocação das telhas sobre a nova estrutura de cobertura. Além de proteger a construção, o telhado devolve ao prédio sua forma original.
A Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa, localizada no distrito homônimo em Ouro Preto (MG), está passando por um processo de restauração após mais de 50 anos de abandono. A obra, iniciada em novembro de 2024, tem previsão de duração de 10 meses e conta com um investimento total de R$ 2,82 milhões, sendo R$ 2 milhões provenientes da Herculano Mineração e R$ 820 mil do Grupo J. Mendes, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) .
O projeto de restauração é gerido pela empresa Holofote Cultural, com elaboração da Prefeitura de Ouro Preto através do Fundo Municipal de Preservação. As intervenções iniciais incluíram limpeza geral, cobertura provisória e escoramento das paredes para garantir a integridade da estrutura durante as escavações para reforço das fundações . Atualmente, estão sendo realizadas obras de reestruturação e recuperação, com a inserção de novas estruturas no edifício. O próximo passo será a construção e instalação de um novo telhado .
Além da restauração física, o projeto contempla melhorias paisagísticas no entorno da estação, como plantio de grama, recuperação da fonte original e da caixa d’água, instalação de sistemas de irrigação, iluminação, drenagem e segurança eletrônica. O espaço será transformado em um centro de convivência e cultura, com áreas dedicadas a eventos, biblioteca, sala de informática e espaços administrativos, visando impulsionar o turismo e o desenvolvimento local .
A Estação de Engenheiro Corrêa foi inaugurada em 1896 como parte da Estrada de Ferro D. Pedro II, posteriormente renomeada para Estrada de Ferro Central do Brasil. O nome atual homenageia Manoel Francisco Corrêa Jr., engenheiro residente da ferrovia, falecido em um acidente próximo à estação .
