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Congonhas e ONU-Habitat realizam oficina sobre permeabilidade do solo no planejamento urbano

Evento será realizado no dia 18 de setembro, às 15h, com transmissão ao vivo no YouTube da Prefeitura de Congonhas (MG).
Oficina vai abordar como planejar ações para aumentar a quantidade de áreas permeáveis em contextos urbanos, reduzindo riscos de desastres e promovendo resiliência climática.
O Plano Diretor e o Plano de Mobilidade do município são produtos da iniciativa Horizontes Congonhas, uma parceria entre o ONU-Habitat e a Prefeitura.

O que acontece com a água da chuva quando cai em uma cidade? Essa pergunta será respondida em detalhes e com bastante participação popular na próxima oficina da iniciativa Horizontes Congonhas: Permeabilidade do Solo no Planejamento Urbano. O evento online e gratuito acontece nesta quinta-feira, 18 de setembro, a partir das 15h, com transmissão ao vivo no YouTube da Prefeitura de Congonhas (youtube.com/@CanalCongonhasMG). 

A oficina será ministrada por Paula Brasil, doutora em Geografia e Análise Ambiental e consultora em Meio Ambiente e Resiliência Urbana da iniciativa Horizontes Congonhas, parceria da Prefeitura de Congonhas (MG) com o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) para a revisão do Plano Diretor e elaboração do Plano de Mobilidade da histórica cidade mineira. 

No evento, as pessoas participantes vão se aprofundar nos conceitos de solo e os seus horizontes; intemperismos e como são formados; taxas de permeabilidade e infiltração dos diferentes tipos de solos, e fatores que influenciam nessas taxas. Também serão apresentados bons exemplos de soluções baseadas na natureza (SBN), como jardins de chuva, trincheiras de infiltração, pavimentos permeáveis, dentre outros. 

O solo em Congonhas – Em sua pesquisa sobre o território de Congonhas, Paula identificou a urbanização em áreas ambientalmente frágeis, gerando riscos geológicos e hidrológicos. Um exemplo são as inundações em períodos de chuva, sobretudo nas áreas ocupadas às margens do rio Maranhão, que cruza o centro da cidade. “O aumento de superfícies impermeáveis contribui com este processo. A diminuição da infiltração da água intensifica os efeitos das inundações na área urbana”, diz a consultora. 

Outro desafio encontrado em sua pesquisa de diagnóstico foi a ausência de um mapeamento mais detalhado sobre as características do solo do território municipal, especialmente na escala de quarteirões, bairros, chacreamentos e outros loteamentos do município. “Este é um trabalho minucioso que demanda uma pesquisa aprofundada no território, mas essencial para regular loteamentos e construções no município”, comenta a especialista. 

Douglas Montes Barbosa, urbanista da prefeitura e coordenador técnico local do Plano Diretor e Plano de Mobilidade, destaca a oportunidade de reunir diferentes setores do poder público e da sociedade civil para desmistificar a cultura da impermeabilização do solo, que valoriza o excesso de asfalto e de concreto. “Juntos, vamos analisar o histórico e as características do município, permitindo entender as correlações de eventos, climáticos ou não, com a permeabilidade do solo. Além das cheias do rio Maranhão, também há uma recorrência de rebaixamento do lençol freático em função de atividades minerárias e industriais, que prejudica a recarga das nascentes urbanas e o potencial de abastecimento de água. Manter o ciclo da água o mais natural possível se mostra pertinente para manter a condição de vida na cidade. Vejo com muito entusiasmo essa oficina, na qual será possível compreender que ações relativamente simples e viáveis possibilitam uma inversão dessa cultura.” 

Horizontes Congonhas – Parceria entre a Prefeitura Municipal e o ONU-Habitat, a iniciativa Horizontes Congonhas promove a revisão do Plano Diretor e a criação do Plano de Mobilidade da histórica cidade mineira, com base em coletas de informações em diagnósticos, análises e treinamentos, destacando a participação popular. 

O foco dos planos é melhorar a qualidade de vida da população adotando leis municipais inclusivas, que orientem as políticas públicas e fortaleçam a cultura da transparência na tomada de decisões. Os planos pretendem promover a diversificação econômica, a inclusão social e a proteção socioambiental, contribuindo para que a cidade possa atrair mais investimentos. 

FONTE: JORNAL O ESPETO

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