Com a implantação do bipartidarismo em 1966, a UDN, parte do PSD e outros partidos de direita se abrigaram na ARENA, partido de sustentação ao Regime Militar, enquanto PTB, parte do PSD e outros partidos de esquerda se abrigaram no MDB, partido de oposição ao Regime Militar. Com o fim do partidarismo em 1979, surgiram PDS, composta por membros da ARENA, além do PDT, criado por Leonel Brizola, PT criado por Luís Inácio Lula da Silva, PTB criado por Ivete Vargas e o MDB criado por Ulysses Guimarães.
Durante a formação do colégio eleitoral para escolha do primeiro Presidente pós regime militar, uma dissidência do PDS devido a indicação de Paulo Maluf para concorrer a Presidência, criou a Frente Liberal para apoiar a candidatura de Tancredo Neves pelo MDB, tendo como vice José Sarney, com histórico de filiação pela UDN, ARENA e PDS, que veio a concorrer pelo PMDB, partido pelo qual foi eleito Senador pelo Amapá em 1990, 1998 e 2006.
A partir de 1985, além de PDS, PDT, PT, PTB e PMDB foram criadas outras legendas com destaque para o PFL, partido se sustentação dos Governos Sarney a FHC e Bolsonaro. A implantação do multipartidarismo levou a um número excessivo de legendas, o que começou a reduzir com a cláusula de desempenho de 2018, que embora o partido possa se manter em funcionamento, o mesmo não teria acesso ao fundo partidário e tempo de televisão, o que tornaria a legenda menos atraente para coligações e atores políticos.
Além da cláusula de desempenho de 2018, o fim das coligações proporcionais em 2020 e a instituição das Federações em 2022, conseguiu reduzir este excessivo número de legendas. De 2018 em diante, o Patriota incorporou o PRP e fundiu com o PTB, dando origem ao Mais Brasil, o Podemos incorporou o PSC, Solidariedade incorporou o PROS e o Democratas se fundiu com o PSL, dando origem ao União Brasil.
Quanto as Federações, foram formadas: Brasil da Esperança, composta por PT, PV e PC do B; PSDB-Cidadania, que pode receber o Podemos, que incorporou o PSC e a REDE-PSOL. Outras Federações em processo de formação: Federação PSB, PDT e Solidariedade, além da União Progressista, composta por União Brasil e Progressistas, que se formada, reunirá todos os partidos que se separaram do ARENA, conforme o quadro abaixo.
ARENA (1966-1979) | ||||
PFL (1985-2007) | PDS (1980-1993) | PDC (1985-1993) | PTR (1985-1993) | PST (1988-1993) |
PFL (1985-2007) | PPR (1993-1995) | PP (1993-1995) | ||
PFL (1985-2007) | PPB (1995 – 2003) | |||
PFL (1985-2007) | PP (2003 – 2017) | |||
Democratas (2007-2022) | Progressistas (2017-) | |||
União Brasil: DEM + PSL (2022 -) | Progressistas (2017-) | |||
Federação União Progressista? (2023-) |
No cenário nacional, esta federação teria a maior bancada da Câmara e a segunda maior do Senado visando uma maior participação no Governo Federal, que mesmo com três ministérios, se auto declara independente.
No plano estadual seriam seis Deputados Federais e nove Deputados Estaduais, que compõe o bloco de apoio ao Governador Romeu Zema, podendo a ocupar a futura Secretaria Estadual da Casa Civil, através do Presidente Estadual do Progressistas, Marcelo Aro, que concorreu ao Senado em 2022, não sendo eleito.
No plano Municipal, o União Brasil está representado pelo seu Secretário Executivo da AMALPA, Vicente Faria, pelo atual Prefeito Mário Marcus e pelos Vereadores Fernando Bandeira e João Paulo Rezende. Já o Progressistas está representado pelo empresário Aloísio Resende e pelo Vereador Pastor Angelino, o que tornaria a Federação União Progressista a segunda maior bancada da Câmara com três Vereadores, atrás somente da Federação Brasil da Esperança que possui quatro Vereadores. Os demais seis vereadores estão filiados a seis partidos diferentes: DC, Juntos, MDB, PL, Podemos, Solidariedade.
O quadro abaixo sintetiza, a atual representatividade por federações e partidos no Legislativo Municipal.
Federação Brasil da Esperança: PT-PV-PC do B | |
Vereador (a) | Partido |
Damires Rinarlly | PV |
Pedro Américo | PT |
Professor Eustáquio | PV |
Professor Osvaldo | PV |
Federação União Progressista: União Brasil-Progressistas (em formação) | |
Vereador (a) | Partido |
Fernando Bandeira | União Brasil |
João Paulo | União Brasil |
Pastor Angelino | Progressistas |
Demais partidos | |
Vereador (a) | Partido |
André Luiz | PL |
Erivelto Jayme | Juntos |
Giuseppe Laporte | MDB |
Renato Pelé | Podemos |
Sandro José | Solidariedade |
Vado Silva | DC |
Como dito anteriormente, a Federação União Progressista está em processo de formação, que pode ocorrer agora em 2023 para valer para as próximas eleições municipais, ou mais adiante para valer somente nas eleições gerais de 2026. A fusão entre PSL e DEM, que deu origem ao Mais Brasil em 2021, reconhecido pelo TSE em 2022, começou a ser discutida ainda em 2019, após o então Presidente Jair Bolsonaro deixar o PSL. Até então as únicas Federações existentes e com validade até 2026 são; Federação Brasil da Esperança, composta por PT-PV-PC do B, Federação Rede-PSOL e Federação PSDB-Cidadania. Outra possível Federação, que se encontra em processo de formação, assim como a Federação União Progressista: União Brasil-Progressista, é a Federação PSB-PDT-Solidariedade, onde estes partidos de centro esquerda querem ficar menos dependentes do PT e não perder espaço para a Federação PSOL-REDE junto ao eleitorado de esquerda.