Desde a abertura do ano legislativo, os vereadores vêm assumindo uma postura mais independente e crítica em relação ao Executivo lafaietense. Ontem, dia 26, eles criticaram a falta de transparência na concessão e vagas em creches e escolas, motivo pelo qual o vereador Pedro Américo (PT) apresentou um requerimento cobrando informações a Secretaria de Educação sobre os critérios estabelecidos para o zoneamento segundo o qual a localização do aluno seria o principal critério na definição das vagas escolares. “A gente sabe que o zoneamento não funciona. Queremos saber se ele funciona de acordo com as pessoas, pois tem gente de Cristiano Otoni, por exemplo, que estuda n Doriol Beato”, pontuou o petista.
A vereadora Carla Sassi (PSB) afirmou de há informações de pais que muitas vezes forjam comprovantes de residência para conseguirem vagas em escolas. Por outro lado, ela disse que o Município deveria trabalhar para o equilíbrio na qualidade da educação. “Acredito que todos aqui têm pedidos de pais para o segundo grau no Napoleão Reis”, assinalou.
O vereador Pé Quente (DEM) foi mais incisivo. “O zoneamento não funciona. Todo vereador já pediu vagas em creches. Como pode funcionar?”, insinuou.
Sem vagas e burguesia
O vereador Sandro José (PSDB) afirmou que no senso popular todos os vereadores têm 3 a 4 vagas em escolas. “Isso não existe. Não existe vaga para vereador. Quem determina é a secretaria de educação. Não há vagas garantidas em escolas ou creches”, contestou.
“O dia em que todas as escolas tiveram um ensino igual, isso vai acabar. O Doriol Beato é uma escola para a burguesia”, disparou o petista Chico Paulo.
O vereador Alan Teixeira (PHS) foi categórico na discussão de supostos privilégios. “A escola não é para fazer política. É um absurdo se isso acontece”. Ele defendeu transparência e que os pais possam acompanhar pela internet a disponibilidade de vagas. Já o vereador Oswaldo Barbosa (PP) citou que teria visto uma mãe em “um carrão e com roupa de academia” deixando um filho na creche. “Acredito que as vagas deveriam ter o critério de renda per capita”.
Transparência
Os vereadores aprovaram o projeto de lei de iniciativa do vereador Lúcio Barbosa (PSDB) que obriga a secretaria afixar nas unidades de saúde a lista de medicamentos disponíveis na farmácia central. “Esperamos que este não seja mais um projeto engavetado”, observou o Vereador Fernando Bandeira (PTB).
Ele lembrou que o projeto, do então vereador Zezé do Salão, que torna mais transparente o acompanhamento pela internet de exames e cirurgias ainda não tenha sido implantado em Lafaiete.