Não é de hoje que a cidade de Piranga sofre com o tráfego de carretas que corta suas ruas. Sem um anel ou uma contorno, os motoristas são obrigados a cruzar a cidade para retomar a rodovia BR 482. Mas desde uns 20 dias, a situação vem piorando afetando diretamente a segurança dos moradores.
Isso porque entrou em operação uma exploração de minério em Teixeiras, perto de Viçosa, com capacidade de 300 mil toneladas por ano. As carretas aos poucos intensificam o transporte cortando as ruas estreitas de Piranga.
Os quase 2 km que os veículos carregados passam pela cidade trazem consigo malefícios a comunidade afetando a segurança dos moradores como também atuam diretamente para colocar em risco casarões coloniais e igrejas do século XVIII. Moradores reclamam que o perigo é constante e risco de acidentes aumentaram consideravelmente.
Informações não oficiais é que a produção vai aumentar e deve chegar a mais de 100 carretas ao dia passando pelas ruas de Piranga, o que vai comprometer a estrutura da cidade que não foi planejada para este impacto viário. A Câmara Municipal prepara para a semana que vem um reunião com os representantes da Zona da Mata Mineradora para que ela faça um desvio provisório par retirar as carretas de dentro de Piranga.
Lafaiete
Não é somente Piranga que será impactadas, mas outras cidades como Lamim e Itaverava. Lafaiete, com sua estrutura viária comprometida, também será afetada principalmente a região da Chapada. Mais riscos a população.
Polêmica
A Zona da Mata Mineradora iniciou suas atividades após aprovação de licenciamento ambiental. O projeto gera polêmica nas cidades de Teixeiras e Pedra do Anta pois afeta comunidade rurais ao entorno da mina,situada em meio as matas e nascentes. Em meio aos impctos moradores fizeram protestos e nesta semana uma decisão de primeira instância do juiz da Comarca de Teixeiras suspendeu as atividades da mineradora. Ação foi proposta pelo Núcleo de Assessoria às Comunidades Atingidas por Barragens (Nacab).
Em nota a empresa alega, que “assim que for notificada tomará as devidas ações legais para reverter essa decisão inicial”. A empresa reitera que passou por um rígido processo de licenciamento ambiental e todos os seus trabalhos foram desenvolvidos por mais de 30 técnicos de alta qualificação, obedecendo tanto aos critérios estabelecidos pela lei quanto ao rigor e qualidade científica necessários.
A mineradora já vem gerando empregos de qualidade na região, hoje são cerca de 180 postos de trabalho, seja de forma direta ou por meio de suas terceirizadas. Até o final do ano serão 200 empregos diretamente no empreendimento e cerca de 1.000 Indiretos. “A ZMM ressalta que a atividade não conta com barragens e já está realizando todas as medidas de controle e mitigação dos impactos ambientais previstos. Alem disso, está desenvolvendo um projeto para que moradores da região e demais interessados possam visitar as instalações da empresa, comprovando no local a responsabilidade ambiental das suas atividades”, disse a nossa reportagem.
Veja as fotos a seguir:
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