Oito dias após o arquivamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que apurou crime de responsabilidade pelo desabastecimento do transporte público, a Câmara vai analisar um novo pedido de abertura de comissão processante apresentado pelo ex-candidato a prefeito, o ativista político Talysson Zebral (PCdoB) (foto).
O documento foi protocolado nesta manhã (21) e será lido e votado no plenário nesta noite de terça-feira. São necessários 7 votos para abertura da comissão que pode desencadear a cassação do prefeito Mário Marcus (DEM).
O pedido, um calhamaço de mais de 450 páginas, se baseia na falta de transporte coletivo em Lafaiete entre 09/03/2021 e 03/06/2021. “Além de ser um fator extremamente grave, foi motivo de vergonha para todo o cidadão que se viu a mercê do transporte irregular ou até mesmo ficou impossibilidade de exercer um dos direitos mais basilares (ir e vir)”, diz o pedido.
“Esse colapso já era previsto pelo Conselho Municipal já em 2017 e nada foi feito deste então. Infelizmente fomos inclusive citados em matéria da Associação Mineira do Ministério Público como negligência com a mobilidade urbana”, salientou a denúncia.
Falta de informação
A denúncia se baseia também na falta de transparência na divulgação das informações públicos. Talysson alega que nos dias 5/5/2021 e 09/08/2021 foram protocolados no Portal da Transparência pedidos de informações e dados sobre o transporte públicos, porém ignorados pela da ouvidoria.
“Sendo assim, é indiscutível que as atitudes do denunciado de não fornecer as informações solicitadas pelo Munícipe constituem ato de improbidade e são passiveis de cassação do mandato”, justificou Talysson.
Somente a leitura da denúncia, de mais de 480 páginas, deve durar mais de 3 horas.
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