Uma crise sucumbe a outra. Assim é o ambiente político em pavorosa na “Cidades dos Profetas”. Congonhas vive um de seus piores governo na gestão pública. Um governo que não se entende em seus princípios, não dialoga com a sociedade e segmentos organizados, que se afunda no marasmo, carece de liderança e protagonismo regional e se perde na sua incapacidade gerencial. E olha que não faltam recursos, ao contrário, os cofres estão abarrotados de dinheiro, algo de mais de meio bilhão. Somente em setembro foram quase R$100 milhões, metade da arrecadação em um ano de Lafaiete.
Na pujança de dinheiro, embalado pelos royalties, o Governo Municipal acharca na inércia e letargia. A palavra de ordem é planejamento, mas falta ao Governo do Prefeito Cláudio Dinho (MDB) um arranjo social, carente comando com uma crise sem precedentes de governança na “Cidade dos Profetas”.
O resultado é desastroso para um governo incipiente já atolado na confusão interna sem a população entender a que veio. Ainda durante a campanha, quando o atual governo foi eleito soberanamente muitas lideranças já criticavam o esvaziamento e falta de propostas concretas do eventual mandatário.
Um governo sem rumo, distante de seu discurso moral, pregado antes da vitória. Veja o apadrinhamento e o nepotismo, práticas abominadas pelo Prefeito Cláudio Dinho.
Nova baixa
Nesta semana mais uma baixa. A pedido do próprio secretário, que estava no cargo há menos de 6 meses, foi exonerado da pasta da Fazenda, Antônio Perboyre Monteiro de Moura. Em seu lugar, assumiu Camila Vasconcelos, que acumula também o cargo de Diretora de Tributação e Fiscalização.
Este é o segundo secretário do alto escalão a deixar a atual administração. Wilton Rossi, que ficou menos de 3 meses respondendo pela Secretaria Municipal da Saúde, também pediu demissão do cargo.
Além das exonerações, houve mudanças internas de pastas, como de Vanderlei do Quarteirão, que deixou a Secretaria de Governo, e foi para a pasta de Desenvolvimento Tecnológico.
Vice-Prefeito
Há cerca de um mês, vazou uma carta em tom de desabafo encaminhada pelo Vice-Prefeito, Paulo Policarpo, a Cláudio Dinho, demostrando a insatisfação pela falta de participação nas decisões, conforme proposta de campanha.
O vice cobrou infra-estrutura para desenvolver seu trabalho “vistas a efetivação de uma estrutura que dê capacidade de exercício pleno do cargo”. “Livre dos bajuladores”, alertou Paulo. Em resposta, Cláudio Dinho avaliou que a carta teria vazado do gabinete de seu vice e salientou que ela era desnecessária.
Quanto aos pedidos do vice, ele informou que os assuntos e pedidos tratados na carta estão em andamento e que continua aguardando decisão final do prefeito.