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Censo 2022: IBGE prorroga as inscrições de concursos para mais de 200 mil vagas

São 206.891 vagas temporárias para recenseador (183.021 vagas), agente censitário supervisor (18.420 vagas) e agente censitário municipal (5.450 vagas)

O IBGE prorrogou as inscrições dos processos seletivos para o total de 206.891 vagas temporárias para o Censo 2022, assim divididas:

  • 183.021 vagas para a função de Recenseador: remuneração de acordo com a produção; taxa de inscrição de R$ 57,50;
  • 18.420 vagas para a função de Agente Censitário Supervisor: salário de R$ 1.700; taxa de inscrição de R$ 60,50;
  • 5.450 vagas para a função de Agente Censitário Municipal: salário de R$ 2.100; taxa de inscrição de R$ 60,50.

Clique nos cargos para ver os editais:

Há vagas em todos os municípios do país – veja aqui como estão distribuídas as vagas.

A Fundação Getulio Vargas (FGV) é a empresa organizadora dos processos seletivos.

As inscrições para todos os cargos agora poderão ser realizadas até as 16h de 21 de janeiro no endereço eletrônico https://conhecimento.fgv.br/concursos/ibgepss21.

De acordo com o coordenador de Recursos Humanos do IBGE, Bruno Malheiros, a prorrogação é um processo normal e esperado em processos seletivos deste porte.

“Há o acréscimo de ser um processo que foi aberto em um período de festas de final de ano, com a população viajando. Os alunos das universidades são um público que se interessa pelo trabalho de recenseador, e eles estão de férias neste momento. Além disso, muita gente está empregada com contratos temporários que expiram agora no final de dezembro, e vai começar a buscar novas oportunidades”.

As inscrições nos processos seletivos de 2020 e 2021 não são válidas para o novo do Censo 2022. Os interessados deverão fazer nova inscrição e pagar a taxa para participar desse novo processo seletivo – leia abaixo sobre a devolução das taxas das seleções canceladas.

As taxas de inscrição desses processos seletivos são maiores que as da seleção anterior que foi cancelada, cujos valores eram de R$ 25,77 para recenseador e de R$ 39,49 para agente censitário. De acordo com o coordenador de Recursos Humanos do IBGE, Bruno Malheiros, o Cebraspe, que era a empresa organizadora do concurso anterior, estabeleceu o valor em 2019, o que explica a defasagem nos preços.

“Cada organizadora tem sua composição de preços, e o IBGE seleciona a que apresenta a melhor taxa de inscrição”, afirma.

O candidato poderá obter informações referentes aos novos concursos por meio do telefone 0800-2834628 ou do e-mail [email protected].

O IBGE lançou ainda outros dois editais para contratação temporária para o Censo Demográfico 2022, com o total de 1.812 vagas. São 1.781 vagas para Agente Censitário de Administração e Informática e 31 para Coordenador Censitário de Área, ambos de nível médio de escolaridade.

Recenseador

Para a função de recenseador, é exigido ensino fundamental completo.

O recenseador é o responsável por fazer o trabalho da coleta de dados por meio de entrevistas com os moradores.

A previsão de duração do contrato é de até 3 meses, podendo ser prorrogado, com base nas necessidades de conclusão das atividades do Censo Demográfico e na disponibilidade de recursos orçamentários.

A remuneração é calculada por produção, com base:

  • no número de unidades visitadas
  • na taxa de remuneração dos setores censitários
  • no número de questionários respondidos
  • no número de pessoas recenseadas

A remuneração do recenseador é variável e não há um piso nem um teto de quanto ele poderá receber – quanto mais entrevistas realiza, quanto mais coletas ele faz, mais ele recebe.

O candidato poderá simular valores de remuneração por meio de link disponível no endereço https://censo2022.ibge.gov.br/trabalhe-no-censo/estimativa-de-remuneracao.html.

Para estimar a remuneração, basta informar o município e a quantidade de horas que pretende dedicar ao trabalho.

O coordenador de Recursos Humanos do IBGE, Bruno Malheiros, explica que a taxa de remuneração varia por diversos fatores, entre eles, o acesso ao setor censitário, que é o local onde estão localizados os domicílios visitados.

“Por exemplo, um recenseador que atua numa área urbana tem mais facilidade de locomoção do que um recenseador que for visitar domicílios em uma comunidade ribeirinha isolada”, explica Bruno Malheiros.

O recenseador não tem horário fixo. Espera-se que dedique ao menos 25 horas por semana, inclusive nos feriados e finais de semana.

“Quanto mais domicílios visitar e pessoas entrevistar, maior a remuneração. O recenseador pode trabalhar em qualquer horário, especialmente naqueles em que pode encontrar os moradores em casa, incluindo finais de semana e feriados”, acrescenta Malheiros.

Em média, há 300 domicílios por setor censitário. O tempo de coleta de um setor varia segundo suas características e o tempo diário que o recenseador dedica ao trabalho. É possível que um recenseador consiga completar mais de um setor ao longo do período da coleta.

O recenseador também terá direito a 13º salário e às férias proporcionais aos dias trabalhados e à produção.

Os candidatos devem escolher, no ato da inscrição, a área em que desejam trabalhar. Essas áreas podem corresponder a um ou mais bairros, ou a comunidades.

Por exemplo, para a cidade do Rio de Janeiro há 6.480 vagas em 70 áreas de trabalho, inclusive em comunidades como Complexo da Maré (120 vagas), Vigário Geral (113), Rocinha (65), Complexo do Alemão (60), Cidade de Deus (35), morro do Borel (8) e Vidigal (6).

O objetivo é que os moradores dessas áreas se inscrevam no processo seletivo para poder atuar nas imediações de suas residências. Assim, o IBGE contará com recenseadores ambientados à sua região de trabalho.

Os recenseadores aprovados no processo seletivo terão treinamento com duração total de 5 dias e carga horária de 8 horas diárias, composto por duas etapas: autoinstrução (leitura prévia do Manual do Recenseador) e curso presencial.

Ao final da etapa presencial, o candidato realizará o teste final do treinamento e precisa ter 50% de acertos e, pelo menos, 80% de frequência. Será oferecida uma ajuda de custo para os candidatos que tiverem pelo menos 80% de frequência no treinamento presencial.

Caso haja necessidade de reposição de pessoal, depois de esgotada a reserva de candidatos treinados, poderão ser convocados novos candidatos, obedecendo-se à classificação nas provas objetivas, sem exceder o número de vagas previsto.

Agente censitário

Para as funções de agente censitário, é exigido ensino médio completo.

O agente censitário municipal gerencia o posto de coleta e, durante todo o trabalho do Censo Demográfico, estará à frente de dois tipos de ações:

  • Administrativas – controle e gestão dos recursos humanos e materiais do posto de coleta;
  • Técnico-operacionais – gestor de uma equipe de Agentes Censitários Supervisores e recenseadores em que acompanhará e orientará a coleta de dados.

O agente censitário supervisor exerce as tarefas de supervisão da operação censitária, com foco nas questões técnicas e de informática e administrativas. Está subordinado ao agente censitário municipal. Sua principal função é acompanhar, avaliar e, sobretudo, orientar os recenseadores durante a execução dos trabalhos de campo.

A duração dos contratos é de 5 meses, podendo ser prorrogado, com base nas necessidades de conclusão das atividades do Censo Demográfico e na disponibilidade de recursos orçamentários.

As vagas para as funções de agente censitário municipal e agente censitário supervisor terão inscrição única.

Ao candidato que obtiver melhor classificação no concurso será oferecida a vaga de agente censitário municipal. Aos demais candidatos classificados serão asseguradas as vagas de agente censitário supervisor, obedecida a ordem de classificação.

A jornada de trabalho é de 40 horas semanais, sendo 8 horas diárias. Além do salário, os agentes censitários terão direito a auxílio-alimentação, auxílio-transporte, auxílio pré-escola, férias e 13º salário proporcionais.

Distribuição das vagas

As vagas são distribuídas em 4.409 municípios do país para agente censitário e em 5.297 cidades para recenseador.

Distribuição das vagas para recenseador — Foto: Reprodução
Distribuição das vagas para recenseador — Foto: Reprodução
Distribuição de vagas para agente censitário — Foto: Reprodução
Distribuição de vagas para agente censitário — Foto: Reprodução

Provas

As provas objetivas serão aplicadas presencialmente em 10 de abril de 2022 para agente censitário municipal, agente censitário supervisor e recenseador, seguindo os protocolos sanitários de prevenção da Covid-19.

Como as provas serão realizadas em turnos diferentes – de manhã para recenseador e de tarde para agente censitário -, os candidatos podem se inscrever para ambos os cargos.

As provas serão realizadas em todos os municípios onde houver vagas. O candidato pode realizar a prova em município diferente do que ele escolher para trabalhar.

Provas para agente censitário municipal e agente censitário supervisor:

  • prova objetiva de múltipla escolha, com 3h30 de duração, das 14h30 às 18h
  • 10 questões de Língua Portuguesa
  • 10 questões de Raciocínio Lógico Quantitativo
  • 5 questões de Ética no Serviço Público
  • 15 questões de Noções de Administração/Situações Gerenciais
  • 20 questões de Conhecimentos Técnicos

Provas para recenseador:

  • prova objetiva de múltipla escolha, com 3 horas de duração, das 9h às 12h
  • 10 questões de Língua Portuguesa
  • 10 questões de Matemática
  • 5 questões sobre Ética no Serviço Público
  • 25 questões de Conhecimentos Técnicos

O IBGE disponibilizou uma apostila de conhecimentos técnicos para que o candidato obtenha os conhecimentos necessários para responder às questões sobre a operação censitária. A apostila e o Código de Ética do IBGE estão disponíveis nos links dos editais no site da FGV.

Os gabaritos preliminares serão divulgados no dia seguinte à aplicação das provas. Os gabaritos definitivos estarão disponíveis em 2 de maio de 2022. O resultado final dos aprovados será divulgado em 6 de maio de 2022.

A previsão de contratação dos agentes censitários é a partir de 31 de maio de 2022. Já a convocação para o treinamento e contratação dos recenseadores estão previstas para o mês de junho de 2022.

Para os dias de aplicação das provas, foram estabelecidos os seguintes protocolos sanitários:

  • Uso obrigatório de máscaras
  • Uso de outros EPIs necessários pelos aplicadores das provas
  • Distanciamento seguro entre candidatos e aplicadores de prova
  • Disponibilização de álcool em gel em todos os locais de prova
  • Higienização de locais de prova e equipamentos
  • Redução máxima do contato entre as pessoas
  • Medidas para evitar aglomerações
  • Respeito às legislações locais.

O candidato que descumprir as medidas de proteção será eliminado do processo seletivo.

Devolução de taxas de inscrição

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) começou em 3 de dezembro a devolução da taxa de inscrição aos mais de 580 mil candidatos do processo seletivo simplificado referente ao Censo 2021, cancelado em outubro e que oferecia mais de 204 mil vagas para agente censitário e recenseador.

O pedido de reembolso deve ser feito pelo candidato no portal do IBGE, e o valor será restituído em até 40 dias após a solicitação. A orientação vale também para ressarcimento aos inscritos no processo seletivo do Censo 2020 – veja aqui o passo a passo.

O depósito só será realizado em conta corrente em nome e CPF do candidato. Não será feito depósito em conta poupança, conta salário, conta conjunta ou contas de terceiros. O CPF também deve estar em situação regular junto à Receita Federal.

No dia 18 de outubro, o IBGE cancelou o processo seletivo e o contrato com o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), que era a banca organizadora.

O processo seletivo já havia sido suspenso em abril deste ano. À época, a decisão foi tomada por conta da aprovação, pelo Congresso, do Orçamento para este ano, que reduziu a apenas R$ 71 milhões o valor destinado para a realização da pesquisa, o que inviabilizou a realização do Censo.

Para 2022, o governo vai reservar cerca de R$ 2,3 bilhões para a realização da pesquisa depois de uma batalha judicial. Em maio deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a administração Jair Bolsonaro está obrigada a tomar as medidas necessárias para realizar o Censo no ano que vem. Por lei, a pesquisa deve ser realizada a cada dez anos. A última ocorreu em 2010.

Como é o Censo

No ano que vem, cerca de 213 milhões de habitantes, em mais de 70 milhões de domicílios, serão visitados pelos recenseadores nos 5.570 municípios do país.

A pesquisa revelará, entre outras informações, as características dos domicílios, identificação étnico-racial, nupcialidade, núcleo familiar, fecundidade, religião ou culto, deficiência, migração interna ou internacional, educação, deslocamento para estudo, trabalho e rendimento, deslocamento para trabalho, mortalidade e autismo.

Realizado a cada 10 anos, o Censo Demográfico é a principal fonte de referência para o conhecimento das condições de vida da população em todos os municípios do país.

O morador terá a opção de responder ao recenseador presencialmente, por telefone ou ainda preencher o questionário pela internet.

De qualquer forma, o recenseador terá que ir ao domicílio, seja para realizar a entrevista no local, obter o telefone do morador ou fornecer o link e a chave de acesso ao questionário para que o próprio morador preencha o questionário pela internet.

O IBGE informa que está desenvolvendo protocolos que garantam a segurança do recenseador e do morador durante a coleta das informações. Além dos procedimentos de segurança, como uso de máscara, álcool e distanciamento mínimo, o morador terá a alternativa de responder por telefone ou pela internet.

FONTE G1

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