4 jovens brasileiras que estão fazendo história na ciência

Neste Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, conheça as trajetórias de Beatriz e Isabella Toassa, Júlia Castro e Roberta Duarte.

De Ada Lovelace e Marie Curie à Bertha Lutz e Jaqueline Goes, as mulheres sempre desempenharam papéis essenciais para a ciência e inovação. Porém, seus nomes foram apagados de muitas histórias e suas capacidades foram descredibilizadas no mercado de trabalho. De acordo com um relatório da Unesco publicado em 2023, apenas 30% dos cientistas ao redor do mundo são mulheres.

No caso do Brasil, as mulheres cientistas sofrem com a exclusão em cargos de liderança. Visto que elas constituem 43,7% dos pesquisadores no país, segundo dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Os números desanimadores não impediram que as jovens Beatriz Toassa, 13 anos, e Isabelle Toassa, 12 anos, irmãs e cientistas mais jovens do Brasil, começassem sua jornada. Ou Júlia Castro, eleita Under 30 de 2023 na categoria de Ciência e Educação por seu trabalho com a vacinação no Brasil. Assim como Roberta Duarte, doutoranda em Astrofísica pela Universidade de São Paulo (USP), que acumula mais de 200 mil seguidores nas redes sociais, onde atua como divulgadora científica.

Além das trajetórias individuais, algumas empresas também desenvolvem projetos para impulsionar as carreiras de mulheres na ciência. O Centro de Inovação para o Brasil e a América Latina da P&G, localizado em Louveira (SP), conta com “quase 60% de cientistas mulheres” — e 56% delas ocupam cargos de liderança.

Conheça as 4 jovens brasileiras que estão fazendo história na ciência e tecnologia:

Isabella e Beatriz Toassa, 12 e 13 anos

No futuro, elas desejam estudar fora do Brasil e democratizar o acesso à educação de qualidade. “A Bia quer fazer medicina em Harvard e a Bella quer engenharia no MIT”, menciona Stefanie Toassa, mãe das meninas.

“Nós começamos a gostar de ciência quando fizemos a prova da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica”, contam as meninas, que, à época, frequentavam a primeira etapa do ensino fundamental. “Na primeira vez que fizemos a prova, não conseguimos ganhar a medalha. Então, decidimos estudar todos os dias com as provas dos anos anteriores.”

Com apenas 10 e 11 anos, elas conquistaram a sonhada medalha e sentiram o impacto positivo dos estudos. “Depois, em 2021, criamos o nosso canal no YouTube, o @duplabigbang, e a oportunidade de levar a ciência para milhares de outras crianças. Hoje, o canal é o maior de divulgação científica para crianças no Brasil.”

“Seguindo a ordem cronológica, em 2022, veio o convite para a Academia Brasileira de Jovens Cientistas (ABJC), quando nos tornamos oficialmente as cientistas mais jovens do Brasil”, compartilham as irmãs, que, em 2023, foram nomeadas como primeiras embaixadoras mirins do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Emocionada, Stefanie Toassa, mãe de Isabella e Beatriz, relembra: “A Bia nasceu quando eu tinha apenas 20 anos, ganhando pouco, e a gente mudou nossa vida por meio da educação. Ver elas levantando essa bandeira é um orgulho indescritível.”

Roberta Duarte, 27 anos

As inspirações da astrofísica são Taylor Swift, “ela é minha companhia enquanto trabalho”, e Thaisa Storchi Bergmann, “a mãe da pesquisa sobre buracos negros no Brasil”.

“Eu queria ser astrônoma desde criança”, conta Roberta Duarte, astrofísica, divulgadora científica com mais de 200 mil seguidores nas redes e doutoranda pela Universidade de São Paulo (USP). “Hoje, minha área de pesquisa é a intersecção entre inteligência artificial e astrofísica, especificamente problemas relacionadas a buracos negros.”

O início da jornada de Roberta foi desafiador. Ela saiu de casa sozinha com apenas 17 anos, quando começou a graduação em Física no campus da USP no interior de São Paulo. Mas foi assim que ela deu seus primeiros passos para realizar o sonho de estudar o universo.

Durante o mestrado, a pesquisadora começou a trabalhar com IA. “O meu artigo do mestrado, a primeira simulação de um buraco negro feito por inteligência artificial, foi reconhecido no Brasil e no mundo — uma grande motivação para seguir em frente.”

A astrofísica, que está há 10 anos na área, afirma que o caminho não é fácil, mas que as mulheres precisam ocupar espaços na ciência, que ainda é dominada por homens. “É possível ser mulher nesses espaços, e a gente precisa disso.”

Júlia Castro, 29 anos

“Eu cresci cercada de mulheres fortes e trabalhadoras, que, apesar de não desfrutarem da oportunidade de estudar tanto quanto eu, sempre me incentivaram. Elas são as minhas maiores inspirações”, diz a pesquisadora. Foto: Marcio Rodrigues

Considerada uma das 635 jovens cientistas mais promissoras do mundo, a Under 30 de 2023 começou sua missão no primeiro ano de faculdade, quando foi aprovada no programa de iniciação científica da Universidade Federal de Minas Gerais. Nascida em Viçosa (MG), a pesquisadora foi convidada para participar de um encontro com prêmios Nobel na Alemanha no ano passado, onde conversou com Rolf Martin Zinkernagel, cientista suíço laureado com o Nobel de Medicina de 1996 pela descoberta de como o sistema imunitário reconhece as células infectadas com vírus. 

O reconhecimento internacional é fruto de seu trabalho com a vacinação. “Conseguir desenvolver vacinas que obtiveram resultados promissores, como para Doença de Chagas e para COVID-19, foram momentos importantes de incentivo”, conta.

No entanto, as conquistas foram permeadas pelos desafios da pesquisa no Brasil. A falta de remuneração adequada é um dos principais fatores. “As bolsas sempre tiveram um valor aquém das necessidades.”

As dificuldades não a pararam. Ela continua em busca de “contribuir para a resolução de problemas de saúde pública de brasileiros e demais países tropicais, que são acometidos por doenças negligenciadas mundialmente”. 

Às demais jovens cientistas brasileiras, Castro deixa um recado: “Seja fiel à sua essência e acredite em si mesma. Coragem e ousadia, sempre.”

FONTE FORBES

Parque Estadual da Serra do Ouro Branco recebe Observatório Astronômico, coordenado pela UFSJ

A proposta do Observatório Astronômico em Ouro Branco é coordenada  pelas professoras Kelly Beatriz Vieira Torres e Ana Cristina Moreira Machado Armond, ambas astrofísicas do Departamento de Estatística, Física e Matemática (DEFIM) no Campus Alto Paraopeba da UFSJ (CAP). O projeto foi realizado em parceria com docentes do CAP/UFSJ, UFOP, IFMG de Ouro Branco, IFMG de Congonhas, IFMG de Conselheiro Lafaiete e IFMG de Ouro Preto, que já desenvolvem atividades em astronomia.

A construção do observatório contribuirá para o desenvolvimento do turismo astronômico, alargamento da economia para a região do Alto Paraopeba e Região dos Inconfidentes,  além do desenvolvimento de projetos de ensino, pesquisa e extensão em Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e instrumentação para astronomia a partir dos cursos de engenharia ofertados pelo CAP/UFSJ e as instituições parceiras.

Em seis de dezembro foi assinado o protocolo de intenção entre a Prefeitura Municipal de Ouro Branco e a CSN mineração para a cessão do imóvel para a construção do Observatório Astronômico no parque estadual da Serra do Ouro Branco. A solenidade ocorreu durante o evento “Encontro de Saberes”, promovido pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura Municipal de Ouro Branco.

Durante o evento a professora Kelly apresentou do Observatório Astronômico, estando presentes o reitor da UFSJ, professor Marcelo Pereira Andrade, o diretor do IFMG de Ouro Branco, professor Haroldo Lacerda Brito, do IFMG de Conselheiro Lafaiete, professor João Vitor Carvalho Tereza e e do IFMG de Congonhas, professor Robert Cruzoaldo Maria.

Também compareceram os representantes do poder público, o prefeito de Ouro Branco, Hélio Campos, o vice-prefeito, Celso Vaz, o secretário do meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Neylor Aarão, a secretária de Educação, Edvânia dos Santos Pereira, a presidente da Câmara Municipal, Nilma Aparecida Silva e Neymar Magalhâes Meireles, além de representantes do setor privado, CSN e Gerdau.

De acordo com a coordenadora,  professora Kelly, o plano de manejo do parque já prevê a construção do Observatório. A escolha do local para sua construção se deu a partir do projeto de iniciação científica de seu discente Gabriel Fernandes Costa, egresso do curso de Engenharia de Telecomunicações. A confirmação do sítio escolhido se deu em novembro de 2022, com a visita técnica do grupo do Laboratório Nacional de Astrofísica.  A área cedida pela CSN corresponde a aproximadamente 1,3 hectare de terra nas proximidades da MG 129, estrada que liga Ouro Branco à Ouro Preto, no Parque Estadual da Serra de Ouro Branco.

FONTE ASCOM/ UFSJ

Astronomia: os fenômenos imperdíveis de 2023

Veja quais são os fenômenos celestiais que deslumbrarão os observadores neste ano

Que a Astronomia fascina, é ponto pacífico. Confira abaixo quais os fenômenos astronômicos poderão ser observados em 2023 a partir do próximo mês.

11 de abril: o planeta Vênus poderá ser visto próximo às Sete Irmãs, e Mercúrio fará uma aparição.

Vênus e as Plêiades estarão visíveis numa magnífica combinação uma hora após o pôr do Sol. O planeta conhecido como “Estrela Vespertina” é facilmente identificado no céu noturno por causa do seu brilho de intensa luminosidade. Depois do Sol e da Lua, Vênus é o corpo celeste mais brilhante do céu. Com um simples binóculo, o observador poderá ver um agrupamento compacto de estrelas nas proximidades do planeta, as Plêiades (o nome vem da mitologia grega).

20 de abril: um eclipse solar híbrido poderá ser visto nas regiões da Oceania.

Os observadores australianos terão o privilégio de observar um raro eclipse solar híbrido. A depender da região, o eclipse será total ou anular (quando um anel de luz solar envolve a Lua ao passar diante do Sol). Na costa Oeste da Austrália o eclipse será total, depois o fenômeno será visto na Papua Ocidental e Indonésia. Já nas ilhas da Micronésia o eclipse será anular.

22 e 23 de abril: chuva de meteoros Líridas.

Já para os entusiastas de meteoros a oportunidade virá na noite de 22 e nas primeiras horas da manhã de 23 de abril, quando as condições serão perfeitas para a observação dos meteoros Líridas. O fascinante das Líridas é que elas podem produzir riscos luminosos no céu noturno numa magnífica e rara atividade.

22 e 23 de maio: trio poderoso.

Depois do pôr do Sol do dia 22 de maio, Lua, Marte e Vênus, três dos corpos celestes vizinhos mais próximos da Terra, poderão ser vistos em conjuntura. No dia 23, a Lua crescente deslizará entre Vênus e Marte. Se o observador utilizar um binóculo, poderá ver que a Lua também estará acompanhada pelas estrelas brilhantes Castor e Pollux, da constelação de Gêmeos.

2 de junho: Marte ‘vibrará’ no Aglomerado da Colmeia.

Marte deslizará em frente ao extraordinário aglomerado de estrelas denominado Beehive ou Aglomerado da Colmeia. O fenômeno será visível uma hora após o crepúsculo. Com um binóculo o observador poderá ver que o planeta vermelho estará próximo a um grupo concentrado de estrelas, a Colmeia.

  • Fotos: ANDREW FAZEKAS

FONTE REVISTA OESTE

OBSERVATÓRIO ASTRONÔMICO na Serra de Ouro Branco, mais perto de se tornar realidade

Nesta quinta (19/01) uma equipe da Prefeitura de Ouro Branco se reuniu com a diretora geral do IEF Maria Amélia Lins e sua equipe, para receberem a demanda do município, obre o apoio ao projeto de instalação de um observatório astronômico na Serra de Ouro Branco.

A estrutura prevista para o Observatório Astronômico prevê condições de receber um telescópio principal e abrigar equipamentos e recursos tecnológicos que possibilitem o desenvolvimento de projetos e programas de extensão, ensino e pesquisa em astronomia e áreas afins da UFSJ (Campus Alto Paraopeba) em colaboração com outras instituicões de ensino superior como UFOP, IFMGs (Ouro Branco, Congonhas, Conselheiro Lafaiete e Ouro Preto) que já desenvolvem acões de popularização da ciência, ensino de física e demais áreas de conhecimento.

Além disso, os cursos de engenharia ofertados pelo Campus Alto Paraopeba da UFSJ (mecatrônica, civil, telecomunicacões, bioprocessos e química) são potencias para o desenvolvimento de tecnologias nestas áreas e estudo de processos em astrofísica, astrobiologia e astroquímica.

Na oportunidade os representantes de Ouro Branco entregaram ao IEF documentos de apoio de instituições de ensino e a proposta básica para instalação do observatório, informando na oportunidade que os mesmos já foram encaminhamos para o conselho gestor da unidade de conservação.

A secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável também informou que já está em contato com a empresa CSN Mineração, negociando a cessão de uma área de aproximadamente 2 mil m2 para instalação do observatório, cujo imóvel pertence à empresa mineradora, que inicialmente se prontificou a verificar os meios legais para colaborar para instalação do observatório astronômico.

Olhar Espacial conversa com astrônomo que fez alerta sobre asteroide que pode atingir a Terra em 2023

Olhar Espacial desta sexta-feira (14), às 21h (horário de Brasília), recebe o astrônomo brasileiro Cristóvão Jacques, do Observatório SONEAR, que trabalha na busca de asteroides próximos à Terra desde 2014.

Jacques fez um alerta sobre um asteroide descoberto no início deste ano, com cerca de 70 metros, que tem chance de atingir a Terra em meados de 2023.

O asteroide, chamado de 2022 AE1 foi descoberto em 6 de janeiro deste ano a partir do Observatório do Mount Lemmon Survey, no Arizona, Estados Unidos. No dia seguinte, a descoberta foi oficializada pelo Minor Planet Center através da Circular MPEC 2022-A56. 

Ilustração de asteroide
Ilustração de asteroide. Créditos: Shutterstock

Apresentado por Rafael Rigues, editor de Ciência e Espaço do Olhar Digital, e por Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia — APA; membro da SAB — Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da Bramon — Rede Brasileira de Observação de Meteoros — e coordenador regional (Nordeste) do Asteroid Day Brasil, o Olhar Espacial é transmitido ao vivo, todas às sextas-feiras, às 21h, pelos canais oficiais do veículo no YouTubeFacebookInstagramTwitterLinkedIn e TikTok.

O Olhar Espacial conta com a participação dos espectadores, que podem mandar perguntas, sugestões e críticas pelas redes sociais do Olhar Digital.

FONTE OLHAR DIGITAL

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