Vereador classifica proposta de suspensão das obras de viaduto de R$ 46 milhões como politicagem

Mais um capítulo envolvendo a construção do polêmico viaduto do Bairro Cachoeira, em Conselheiro Lafaiete (MG), orçado em cerca de R$ 46 milhões. Na semana passada a Câmara promoveu uma audiência pública onde alguns vereadores sugeriram, diante de dúvidas sobre o trânsito, a suspensão das obras até uma definição da trafegabilidade de acesso. “Muitos aqui falaram pelo cotovelo. Isso me pareceu politicagem como o PT vem fazendo no Brasil. Como paralisar uma obra que tem anuência e aprovação da prefeitura?”, questionou o Vereador André Menezes (PL).

Ele sugeriu, diante da ausência da MRS, que nas audiências sejam convocados os principais envolvidos com competência sobre o assunto. “Sou a favor das audiências, mas se elas não estiveram com as pessoas diretamente envolvidas que suspendam na hora. Senão a gente fica sem falar. Veja o que aconteceu na audiência do viaduto. Deixamos a reunião sem uma pauta de intenções e no jornal falaram que os vereadores aprovam a parada da obra. Eu não apoio.  Eu não posso ser politiqueiro e tenho que ter responsabilidade. É claro que temos que ouvir a população, mas tem vereador aqui que fica doido ao ver uma palma da plateia. Temos uma cidade que está em franco crescimento”, encerrou.

Vereador classifica proposta de suspensão das obras de viaduto de R$ 46 milhões como politicagem

Mais um capítulo envolvendo a construção do polêmico viaduto do Bairro Cachoeira, em Conselheiro Lafaiete (MG), orçado em cerca de R$ 46 milhões. Na semana passada a Câmara promoveu uma audiência pública onde alguns vereadores sugeriram, diante de dúvidas sobre o trânsito, a suspensão das obras até uma definição da trafegabilidade de acesso. “Muitos aqui falaram pelo cotovelo. Isso me pareceu politicagem como o PT vem fazendo no Brasil. Como paralisar uma obra que tem anuência e aprovação da prefeitura?”, questionou o Vereador André Menezes (PL).

Ele sugeriu, diante da ausência da MRS, que nas audiências sejam convocados os principais envolvidos com competência sobre o assunto. “Sou a favor das audiências, mas se elas não estiveram com as pessoas diretamente envolvidas que suspendam na hora. Senão a gente fica sem falar. Veja o que aconteceu na audiência do viaduto. Deixamos a reunião sem uma pauta de intenções e no jornal falaram que os vereadores aprovam a parada da obra. Eu não apoio.  Eu não posso ser politiqueiro e tenho que ter responsabilidade. É claro que temos que ouvir a população, mas tem vereador aqui que fica doido ao ver uma palma da plateia. Temos uma cidade que está em franco crescimento”, encerrou.

Câmara de Lafaiete (MG) abre edital de seleção de estagiários

A Câmara de Conselheiro Lafaiete (MG) abre a partir de segunda-feira (23) e vai até 14 de novembro o Edital de Seleção de Estagiários n 01/2023 para contratação de alunos do curso de direito entre o 3ª e 8º período. Somente para estudantes matriculados nas instituições: FDCL/UFOP/UNIPAC. Carga horária: 30 horas semanais.Valor da bolsa de estágio: R$1.432,25 e valor do Auxílio Transporte é variável. Forma de inscrição: presencial ou por procuração simples. Local: Câmara Municipal de Conselheiro Lafaiete, Rua Assis Andrade, 540, Centro.

Edital disponivel em:
https://www.conselheirolafaiete.mg.leg.br/institucional/publicacoes-oficiais/selecao-de-estagiarios/selecao-de-estagiarios-2023/EditaldeSelecaodeEstagiarios012023.pdf/view?searchterm=est%C3%A1gia

Câmara de Lafaiete (MG) abre edital de seleção de estagiários

A Câmara de Conselheiro Lafaiete (MG) abre a partir de segunda-feira (23) e vai até 14 de novembro o Edital de Seleção de Estagiários n 01/2023 para contratação de alunos do curso de direito entre o 3ª e 8º período. Somente para estudantes matriculados nas instituições: FDCL/UFOP/UNIPAC. Carga horária: 30 horas semanais.Valor da bolsa de estágio: R$1.432,25 e valor do Auxílio Transporte é variável. Forma de inscrição: presencial ou por procuração simples. Local: Câmara Municipal de Conselheiro Lafaiete, Rua Assis Andrade, 540, Centro.

Edital disponivel em:
https://www.conselheirolafaiete.mg.leg.br/institucional/publicacoes-oficiais/selecao-de-estagiarios/selecao-de-estagiarios-2023/EditaldeSelecaodeEstagiarios012023.pdf/view?searchterm=est%C3%A1gia

Viaduto de R$ 46 milhões será debatido em audiência pública


Orçado em R$46 milhões, o viaduto da Cachoeira, em Conselheiro Lafaiete (MG), já é alvo de questionamentos em torno de sua logística viária. Projetado para mão única, sentido centro a BR 040, a obra faz parte Plano de Investimentos da MRS para a renovação da concessão da empresa, aprovada em julho de 2022, porém suscita dúvidas na trafegabilidade.

Previsto como a maior obra viária de Lafaiete, com 160 metros de extensão o viaduto, incluindo desapropriações, o elevado prevê mais segurança com o total fechamento da travessia mas o novo sistema viário ao seu entorno é alvo de críticas contundentes do Vereador Renato Pelé (Podemos) desde o início de sua construção há pouco mais de 40 dias.

Ao reconhecer a importância da obra para a fluidez e segurança do trânsito, ele lançou dúvidas pontuais como defendeu que o viaduto seja em mão dupla como também os impactos aos moradores ao redor do elevado. Já no dia 16, a partir das 18:30, na Câmara de Lafaiete, acontece a audiência pública para discutir a construção do novo viaduto em especial acerca do trânsito, passagem de pedestres, ciclistas e mobilidade urbana.

“Sabe-se que inicialmente ele terá duas pistas de via única. Contudo, é de competência do município decidir sobre o trânsito local, então é possível posteriormente alterar o trânsito para ser mão dupla. Assim fica o questionamento se o viaduto terá infraestrutura para suportar o alto tráfego de veículo se for mão dupla? Os profissionais da MRS falaram que o viaduto está sendo projetado conforme as normas técnicas”, pontuou.

Porém a principal dúvida é sobre o fluxo de trânsito de quem chega a Lafaiete e precisa acessar o Cachoeira e região, como também de que sai de Lafaiete sentido BR 040 e necessitaria voltar ao bairro. Em ambos os casos, o que demandaria voltar ao centro, causando mais tráfego.

“Mas infelizmente outros questionamentos não foram respondidos durante a reunião, sendo que foi acordado o envio de ofício questionando a respeito do trânsito local, sendo um deles: o trânsito que sai do viaduto com a intenção e ir ao centro da cidade, vai encontrar os veículos que chegam na cidade pela BR 040, como será resolvida a  demanda? Infelizmente grande mudança não agradará todos, sempre haverá àquele que se sentirá prejudicado ou no prejuízo, e se este for o caso de algum munícipe é possível recorrer a via judicial”, assinalou Pelé.

Renato informou que a passagem de nível será aberta para pedestres e ciclistas, como também a permanência da passarela

O vereador disse que estão realizados estudos para a viabilidade de distribuir o trânsito para evitar o congestionamento na Praça dos Trabalhadores, no Bairro Areal, no horário de pico, sendo uma das soluções a orientação para os motoristas entrarem na cidade pelo bairro São Benedito. “Isso vai impactar neste bairro e na passagem de nível existente”, considerou.

Viaduto de R$ 46 milhões será debatido em audiência pública


Orçado em R$46 milhões, o viaduto da Cachoeira, em Conselheiro Lafaiete (MG), já é alvo de questionamentos em torno de sua logística viária. Projetado para mão única, sentido centro a BR 040, a obra faz parte Plano de Investimentos da MRS para a renovação da concessão da empresa, aprovada em julho de 2022, porém suscita dúvidas na trafegabilidade.

Previsto como a maior obra viária de Lafaiete, com 160 metros de extensão o viaduto, incluindo desapropriações, o elevado prevê mais segurança com o total fechamento da travessia mas o novo sistema viário ao seu entorno é alvo de críticas contundentes do Vereador Renato Pelé (Podemos) desde o início de sua construção há pouco mais de 40 dias.

Ao reconhecer a importância da obra para a fluidez e segurança do trânsito, ele lançou dúvidas pontuais como defendeu que o viaduto seja em mão dupla como também os impactos aos moradores ao redor do elevado. Já no dia 16, a partir das 18:30, na Câmara de Lafaiete, acontece a audiência pública para discutir a construção do novo viaduto em especial acerca do trânsito, passagem de pedestres, ciclistas e mobilidade urbana.

“Sabe-se que inicialmente ele terá duas pistas de via única. Contudo, é de competência do município decidir sobre o trânsito local, então é possível posteriormente alterar o trânsito para ser mão dupla. Assim fica o questionamento se o viaduto terá infraestrutura para suportar o alto tráfego de veículo se for mão dupla? Os profissionais da MRS falaram que o viaduto está sendo projetado conforme as normas técnicas”, pontuou.

Porém a principal dúvida é sobre o fluxo de trânsito de quem chega a Lafaiete e precisa acessar o Cachoeira e região, como também de que sai de Lafaiete sentido BR 040 e necessitaria voltar ao bairro. Em ambos os casos, o que demandaria voltar ao centro, causando mais tráfego.

“Mas infelizmente outros questionamentos não foram respondidos durante a reunião, sendo que foi acordado o envio de ofício questionando a respeito do trânsito local, sendo um deles: o trânsito que sai do viaduto com a intenção e ir ao centro da cidade, vai encontrar os veículos que chegam na cidade pela BR 040, como será resolvida a  demanda? Infelizmente grande mudança não agradará todos, sempre haverá àquele que se sentirá prejudicado ou no prejuízo, e se este for o caso de algum munícipe é possível recorrer a via judicial”, assinalou Pelé.

Renato informou que a passagem de nível será aberta para pedestres e ciclistas, como também a permanência da passarela

O vereador disse que estão realizados estudos para a viabilidade de distribuir o trânsito para evitar o congestionamento na Praça dos Trabalhadores, no Bairro Areal, no horário de pico, sendo uma das soluções a orientação para os motoristas entrarem na cidade pelo bairro São Benedito. “Isso vai impactar neste bairro e na passagem de nível existente”, considerou.

Com recursos prometidos por Ministro, vereadores adiam projeto de destinação de R$4,2 milhões a reforma do aeroporto Bandeirinhas; senador é criticado

“Se o problema é dinheiro, então está revolvido”. A frase, que se transformou em um mantra, veio do Ministro Portos e Aeroportos do Brasil, Márcio França, em visita a Lafaiete (MG), no dia 21 de junho, ao responder ao Senador mineiro Carlos Viana (Podemos) que cobrou em recursos para reativação do aeroporto Bandeirinhas, perto de completar 2 anos de interdição. O Ministro deixou a cidade com o compromisso de destinar cerca de R$ 4 milhões a reforma do equipamento.

A cena acima foi lembrada pela Vereador Damires Rinarlly (PV) ontem à noite (6), na sessão da Câmara, na votação do projeto de abertura de crédito suplementar, resultado de sobras de recursos de 2022, para reforma do aeroporto, que inclui recapeamento asfáltico e cercamento do aeroporto. “Se há previsão do Ministro para enviar recursos, para que vamos gastar nossos poucos recursos do orçamento com esta obra?”, questionou. “Precisamos priorizar os investimentos em outras áreas, como a saúde”, arrematou.

A pedido do Vereador e Líder do Governo, João Paulo Pé Quente (União Brasil), por unanimidade, foi adiada por 45 dias, a votação do projeto. “Estes recursos devem ir para a rodoviária. Prefeito uma rodoviária limpa, acessível, segura, a um aeroporto interditado”, asseverou.

Visita de Ministro garantiu cerca de R$4 milhões ao aerporto Bandeirinhas/REPRODUÇÃO

A discussão acalourada foi ganhando mais críticas a iniciativa do Executivo. e foram também foram também direcionadas ao Senador Carlos Viana (Podemos) e seu filho, o Deputado Federal, Samuel Viana (PL). “Infelizmente nossa cidade tem interesses particulares que se sobrepõem aos coletivos. Vejam a saúde. É um caos total. Não vejo na atual conjuntura clima para votar recursos para o aeroporto e nossa cidade abandonada. Por diversas vezes tentei falar o Senador e sequer fui respondido. Ele prometeu a UTI Neotal, que faça primeiro. Compromisso para mim é dinheiro em conta ou obra concluída ”,  assinalou Giuseppe Laporte (MDB). “Vocês estão confundindo as coisas. Ali na rodoviária passam juízes, promotores e tantas autoridades e ninguém olhou para ela. Será um retrocesso não reformarmos o aeroporto. Cada área tem seus recursos próprios. O Ministro prometeu e vamos cobrar”, defendeu o Vereador Vado Silva (DC), Presidente da Câmara. “A obra do aeroporto é mais que necessária”, anunciou o Vereador Eustáquio Silva (PV).

“Para mim tem muita politicagem. Anunciam recursos e não se sabem se virão. Temos PSF’s abandonados, ruas esburacas. O Senador enviou R$1,6 milhões para a saúde e ao que vejo querem direcionar para o aeroporto. Será que lá desce avião? Vai beneficiar quem? Vai servir ao povo? Se não vierem os recursos do Ministro, defendo que façamos uma audiência para discutir os recursos de R$4,2 milhões para que a população possa decidir”, sugeriu O Vereador André Menezes (PL).

“Sou a favor da reforma do aeroporto, mas defendo a saúde e vamos solicitar ao Executivo que ele cobre daqueles que aqui vem com promessas de aporte de recursos pensando nas eleições”, encerrou Sandro José (PROS).

Bate boca: em meio a sessão tumultuada e disputa interna, vereadores destravam pauta da Câmara

“O senhor está restringindo meu direito de falar. Isso é um desrespeito”, disparou a Vereadora Damires Rinarlly (PV) já nos instantes finais da sessão, ao insistir no uso da “questão de ordem”, retrucando seu colega, o Presidente Vado Silva (DC) que imediatamente encerrou a sessão, quando já eram por volta das 22:00 da noite desta quinta-feira (15).

A reunião foi tumultuada expondo um racha interno em torno do destravamento da pauta, situação que já perdura mais de um mês em que os vereadores não votam os projetos da ordem do dia, em especial de iniciativa do Executivo. A situação inédita foi um acordo firmado entre os 13 vereadores e sindicato dos servidores públicos para presisonar a prefeitura de Conselheiro Lafaiete (MG) na busca de um diálogo com o Executivo sobre uma pauta de reivindicações e concessão de um reajuste salarial.

Em meio ao bate boca e discussões mais ríspidas, a sessão foi tensa em que os vereadores divergiram sobre retorno retomada das votações. Ainda durante a sessão, eles suspenderam a sessão por 30 minutos e se reuniram na cozinha da Casa para discutir a situação regimental.

A base governista, que defendia a volta a normalidade, retomou a sessão, porém 4 vereadores (Erivilton Jayme, Pedro Américo, Damires Rinarlly e Fernando Bandeira) descontentes com quebra do acordo, não participaram das votações e terão o dia de sessão descontados em seus salários.

“Sempre apoiamos todas as demandas dos servidores, mas precisamos destravar a pauta. Quem não quer um aumento, seja ele, de 5, 6 ou 10% aos servidores? Não tenho medo de ninguém. Que os funcionários retomem a greve e Justiça resolva a situação, mas temos que voltar a normalidade de votações”, reverberou Giuseppe Laporte (MDB).

O Vereador Sandro José (PROS) ponderou, que conforme os números financeiros, que impediriam um aumento salarial, em função dos limites prudenciais de gastos com folha, sugeriu um levantamento mais profundo das finanças municipais. “Sugiro que o secretário de fazenda enviei a Câmara um relatório detalhado de gastos com a folha salarial dos efetivos, contratos e comissionados e quem tem sabe tem uma gordurinha de sobra?”, pontuou.

O Vereador e Líder do Governo, João Paulo Pé Quente (DEM) aventou a contratação de uma analista de finanças para assessorar a Câmara no acompanhameto das contas públicas. “São vários números apresentados e nós não temos condições de avaliar os impactos do aumento salarial. A Prefeitura aponta números e diz que não tem condições e agora temos que nos posicionar com mais propriedade. Isso só com uma ajuda técnica”.

Favorável ao destravamento da pauta, Renato Pelé (Podemos) citou que a situação serviria de palanque político e que continuidade dos trabalhos legislativos seria primordial. “Esta situação prejudica a população. Sou homem de assumir no peito minhas posições”.

“A gente já sabe que quando se à mesa poucas vezes de resolve algo”, salientou André Menezes, se referindo a uma reunião ocorrida horas antes no gabinete do prefeito quando os vereadores se encontraram para intermediar a situação o reajuste salarial e fim do impasse na pauta de votações.

Constatamos que o vereador Professor Oswaldo Barbosa (PV) estava ausente do Plenário juntamente com Damires, Bandeira, Erivelton e Pedrinho no momento em que a pauta foi destravada. Seguindo ele, o compromisso com os servidores municipais foi mantido pelo edil. A ausência dos cinco veredores foi registrada em ata.

Reunião

O que nossa reportagem apurou que a reunião ocorrida na tarde de quinta-feira, na Prefeitura, que durou mais de 2 horas, foi tensa e prefeitura apresentou números que impossibilitariam um reajuste e outras demandas apresentadas pelo sindicato.

Houve momentos de embate para duros em tom elevado de bate boca e indisposição. Para alguns vereadores, houve arrogância em falas do debate “Foi um clima tenso e faltou mais disposição ao diálogo e boa vontade, principalmente da parte da prefeitura. Sequer uma água foi servida na reunião”, disse um vereador a nossa reportagem.

Vereadores voltam a cobrar solução para aumento salarial de servidores; pauta continua trancada pela 3ª semana com queda de braços

A semana entrou com o travamento da pauta de projetos do Executivo de Conselheiro Lafaiete (MG). Em mais uma vez, em uma sessão tumultuada, os vereadores divergiram sobrem o acordo feito com a categoria de servidores enquanto não fosse decidido sobre o aumento salarial e outras demandas. A greve deflagrada será alvo de uma audiência virtual no próximo dia 22.

A sessão desta terça-feira (13) terminou às 22:00 horas, já que com o travamento da pauta, pelo regimento, há não há a chamada “ordem do dia”, situação que obrigou aos vereadores esgotar o horário regimental. Com o vácuo na sessão, eles se esforçaram para levar a sessão até ao final já que não havia pauta, mesmo tomada por proposições, projetos, moções e requerimentos, mas as discussões renderam. Internamente não há consenso e alguns vereadores são contrários a iniciativa regimental. Nossa reportagem flagrou um vereador da base rasgando a pauta, insatisfeito com a situação de impasse entre os poderes

O Vereador Sandro José (PRTB) pediu a Mesa Diretora o agendamento de uma reunião pública entre prefeitura, Câmara e sindicato na tentativa de ouvir as demandas das partes e buscar um acordo nas reivindicações. “A Câmara não pode ficar neste vácuo. Temos que fazer esta convocação para dar uma resposta a população”, considerou. “Temos que destravar esta pauta e que as pessoas responsáveis respondam aos servidores”, pontuou Giuseppe Laporte (MDB).

Sem definição de aumento

O Líder do Governo, o Vereador João Paulo Pé Quente (União Brasil) informou que a prefeitura ainda não definiu um índice mas outras demandas seriam atendidas, mas Município aguarda dia 22 para uma audiência de conciliação. O Vereador Oswaldo Barbosa (PV) salientou que a solução não está no Legislativo, mas as demandas são legítimas. “Acordamos com os servidores mas não podemos ficar inertes”, analisou.

Discussões

Ainda faltava uma hora para encerrar a sessão, os vereadores elevaram o tom em torno do impasse regimental. “Temos que retomar as votações. Essa situação prejudica a população. Precisamos seguir o regimento”, criticou Renato Pelé (Podemos). João Paulo defendeu a continuação do travamento da pauta, considerando que na semana anterior matérias importantes não foram votadas, inclusive a Lei de projeto de Lei Clarissa Fernandes, em tramitação na Câmara, de autoria do Vereador Professor Oswaldo Barbosa (PV) que institui e reconhece oficialmente a Língua Brasileira de Sinais (Libras) em Lafaiete. “Seria desrespeito com a Assular , associação de surdos, que ficou por 3 sessões cobrando a aprovação. Votar projetos agora não seria justo”.

O Vereador Erivelton Jayme (Patriotas) cobrou, meio às discussões, coerência de discurso e postura. “Temos que honrar o que assumimos com os servidores. Todos falaram receberam palmas, e foram aplaudidos e pularam de alegria. Agora temos segurar o rojão e aguardar até dia 22”.

A Vereadora Damires (PV) comentou que o Governo Municipal pode se antecipar a data da audiência e propor um acordo. “Não precisa esperar pelo dia 22 para a data da audiência. Antes de tudo depende da boa vontade do Executivo. A culpada nesta situação é a prefeitura. A responsabilidade não é dessa Casa, de forma nenhuma, e sim do Executivo”. A reunião chegou ao final, após suspensão da sessão.

Em dia de vitória histórica, vereadores travam pauta a pedido dos servidores enquanto não votar aumento salarial

“Trava pauta”. Este era o grito de ordem dos servidores de Lafaiete (MG) que lotaram a reunião dos vereadores na noite de ontem (23) na sessão ordinária. Com faixas e cartazes, eles pressionaram os 13 vereadores e deixaram a reunião com uma grande vitória acachapante. Por unanimidade, a Câmara travou os projetos de iniciativa do Executivo por 90 dias. Algo ainda inédito nos últimos 20 anos, a medida impacta diretamente nas ações da Prefeitura impedindo que projetos sejam votados antes de sua apreciação.   

A suspensão das votações atendeu a demanda dos servidores até que o Executivo analise os interesses da categoria que pleiteia 12% de aumento, além de atendimento de um cardápio de reivindicações como implantação do pisto da enfermagem, periculosidade para vigias e cantineiras, aumento do vale alimentação, etc.

Segundo o Presidente do Sindicato dos Servidores de Lafaiete, Valdnei Alves, a defasagem salarial acumulada chega a 62%. Ainda ontem apenas 3 projetos de iniciativa da Prefeitura foram votados em plenário. “Estamos há mais de 15 anos sem aumento real e nossas demandas sequer são discutidas. Esta é uma vitória dos servidores e mostrou nossa força. Agora vamos para cima da prefeitura para mostrar que nossa mobilização é para valer. De nada adianta uma Liminar se a categoria está unida”. Assim reverberou o Presidente do Sindicato dos Servidores de Lafaiete, Valdnei Alves, em seu pronunciamento na Tribuna da Câmara de Lafaiete (MG).

Ontem entrou o projeto anunciado pelo Prefeito Mário Marcus (União Brasil) de implantação do piso nacional da educação. “Defendemos os professores mas queremos aumento para toda a categoria”, pontuou.

Outra demanda defendida pelos servidores é rompimento do contrato com a empresa ConvêniosCard, que opera o cartão alimentação. A empresa vem insistentemente atrasando os repasses aos comércios locais, afetando os servidores que ficam impedidos de realizar suas compras. “Estamos abertos ao diálogo e sempre mantivemos esta postura”, salientou Valdinei.

Ao final dos protestos, os servidores se reuniram com o sindicato na garagem da Câmara quando foram apresentados à categoria os resultados da reunião ocorrida na parte da tarde, entre a entidade sindical e representantes dos servidores.

Repercussão

Em meios aos protestos, os vereadores afinaram o discurso pró-servidores apoiando as causas do sindicato e aprovando o trancamento da pauta dos projetos do Executivo. “Trabalhar com amor não paga as contas”, disparou Damires Rinarlly (PV). “Vemos muitas das vezes vemos que a escravidão não acabou”, citou Eustáquio Silva (PV). “A luta de vocês é nossa luta”, assinalou Oswaldo Barbosa (PV). “Vamos para cima. Lutem, não deixem de lutar. Isso não é favor, é direito”, entoou Pastor Angelino (PP).

O Vereador André Menezes (PL) citou que primeira vez em dois anos de mandato presenciou um movimento organizados dos servidores. “A gente presencia o povo insatisfeito em quase todas as áreas”.

“Está acontecendo uma mudança e isso é louvável”, assinalou Fernando Bandeira (União Brasil). “Temos que travar a pauta, sim”, garantiu Renato Pelé (Podemos).

Muito ovacionado, Pedro Américo, comentou sua emoção diante da mobilização dos servidores. “Estou emocionado, mas palavras nada resolvem. Se vocês não viessem aqui a pauta não seria trancada”.

“Quero também esta mobilização para buscar solução para a policlínica, para nossas escolas sucateadas e tantas mazelas que vivemos em Lafaiete. Isso já era para estar acontecendo antes”, salientou Erivelton Jayme (Patriotas). “Já estou cansando de promessas agora vou aguardar as soluções”, assinalou Vado Silva (DC).

 “É um absurdo a gente ganhar um salário mínimo. Se a gente parar as escolas não funcionam”, protestou uma cantineira em meio aos servidores em gritos.

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