Jornalista Éverlan Stutz tem conto sobre o Natal selecionado em concurso literário

O poeta e jornalista Éverlan Stutz teve seu conto “O Natal e o vendedor de bananas” selecionado no concurso literário “Natal com graça”, realizado pela editora Olympia, com sede em Uberlândia. Foram escolhidos 35 contos e os critérios de avaliação estavam pautados na qualidade literária das obras e no humor contido nas narrativas. O concurso abrangeu e contemplou escritores de diversos estados brasileiros, como Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Amazonas, Pará, Minas Gerais, Ceará e o Distrito Federal.

Para Éverlan Stutz, o conto faz uma crítica ao consumismo do período natalino e à concepção eurocêntrica do Natal. “Escrever humor é um desafio prazeroso. O riso deixa a vida mais leve. Criar personagens a partir de uma visão crítica da realidade possibilita ir além do senso comum”, relata Éverlan que é membro da Academia de Ciências e Letras de Ouro Branco e mestrando em Turismo e Patrimônio Cultural na Universidade Federal de Ouro Preto.  Confira o conto selecionado:

O Natal e o vendedor de bananas

É véspera de Natal e o vendedor de bananas continua paralisado na rua com o olhar de quem tem contas para pagar, talvez comprar panetones para os filhos ou frango que seria degustado como o peru anunciado na propaganda da televisão.  As bananas guardam a angústia natalina dos alimentos que não constam na lista das tradições.  Deve ser difícil ser banana no Natal. A rainha natalina é a uva-passa e outras iguarias que nos fazem esquecer que moramos em um país tropical. Nem para adorno a banana é requisitada em tempos de Papai Noel. Seria bom se alguém inventasse uma árvore de Natal à Carmem Miranda, com o colorido de seus balangandãs e de nossas frutas tropicais. E o vendedor segue a berrar:

– Quem vai querer comprar bananas? Olha a banana da terra!  

Nas comemorações do nascimento de Jesus, nos transformamos em europeus nórdicos, falta apenas neve para a paisagem ficar mais próxima de uma realidade tão distante, mas almejada pela maioria que sonha na representação natalícia de filmes e desenhos animados, com seus bonecos de gelo, Olafs e trenós.  Não queria ser banana no Natal, desejaria ser avelãs ou até mesmo uma simples rabanada. O vendedor continua sentado e grita aos quatro cantos:

– Comprem bananas! Tem banana caturra, nanica, da prata.   Há um silêncio constrangedor entre suas mercadorias, um reboco malfeito ao fundo e muitas pessoas transitando à procura de uvas sem caroço para ornamentar a ceia e o Chester. Banana, não! É fálica demais, anticonvencional no Natal. A banana não é só desprezada nesse período de festividades cristãs. O tolo é sinônimo de banana, a fruta chega a ser um gestual de repúdio, de agressão visual. A banana não é europeia. E o Natal é vendido na publicidade como algo gélido, uma paisagem requintada, repleta de pisca-piscas.

– Uma banana para você que precisa de potássio, ironizou o vendedor de avelãs.  As bananas devem chorar por tamanho desprezo e desmerecimento em épocas natalinas. A cada hora passada, o vendedor se desespera mais e começa a implorar aos transeuntes e possíveis clientes.

– Levem bananas, preciso fazer a ceia pra minha família! Yes, nós temos bananas!

O olhar do vendedor é um abismo de tristezas. Ao anoitecer, sem vender uma penca sequer, o vendedor já estava sem esperanças, não teria a ceia para a família dele. Um velho senhor negro de barba branca olhou para o vendedor, tirou uma cartela de ticket alimentação e o presenteou.

– Isso aqui é para você fazer uma ceia de Natal para sua família.

Os olhos do vendedor encheram-se de lágrimas e de gratidão. Ele não sabia o que dizer para aquele senhor desconhecido, apenas o agradeceu e o abraçou com a fé de quem ainda acredita na solidariedade.

– Leve um cacho de bananas, senhor! Assim ficarei mais satisfeito e me sentirei mais útil com essa troca. 

O senhor negro de barba branca olhou o cacho de bananas. Apertou a mão do vendedor e falou palavras assertivas. 

– Caro vendedor de bananas, no próximo Natal tente vender avelãs ou outro tipo de castanha.  A ceia é diversa, assim como a natureza humana. Você se esforçou para garantir a ceia de sua família. Fique com seu cacho de bananas e nunca perca o amor por Nosso Senhor Jesus. Agora se apresse para celebrar o nascimento de Cristo com a mesma determinação que você tentou vender suas bananas no Natal.

O vendedor de bananas olhou para aquele senhor negro de barba branca e bradou confiante:

– Bem que eu sabia: o senhor é o Papai Noel assim como Jesus Cristo. Vocês são negros. Fui enganado esse tempo todo. Você é o Papai Noel e é negro. Não é mesmo?

– Não sou o Papai Noel. Sou apenas um revendedor de castanhas e uva-passas, um coach natalino. Me segue no Instagram.  No próximo Natal você vai vender nozes ou algo parecido. Faço isso porque és um bom vendedor. Apenas não acertou o produto certo, na época certa. Feliz Natal: ho-ho-ho!

Professor Éverlan Stutz é selecionado em coletânea nacional de poesia

O escritor e jornalista Éverlan Stutz foi um dos selecionados na Coletânea Beatniks 23, da Editora Persona, com o poema “Futilidade”.  O movimento literário Beatniks foi originado em meados das décadas de 40 e 50 do século XX por um grupo de intelectuais que estava cansado do modelo de ordem estabelecido nos EUA após a Segunda Guerra Mundial.  Esses escritores, do Movimento Beat ou ainda Geração Beat, defendiam a ênfase nas experiências com palavras, o não conformismo, a liberdade e a busca espiritual.

Os autores selecionados na coletânea vão receber 10% do valor das vendas do livro que reúne crônicas, poemas e contos. “Quando recebo percentual nas publicações, percebo que existem editoras que valorizam o trabalho autoral e isso é essencial para manter viva a vontade de escrever”, explica Stutz que também foi selecionado para lançar seu livro de poesia in(versão) no Festival Literário de Londrina. O evento foi prorrogado devido à falta de repasse do principal patrocinador do festival que será realizado entre os dias 13 a 17 de setembro.  “Fazer arte no Brasil é um desafio. Com a retomada do Ministério da Cultura e com a implementação de políticas públicas de financiamento para o setor artístico, espero que o direito à cultura seja respeitado e assegurado no país”, argumenta Éverlan que é Membro da Academia de Ciências e Letras de Ouro Branco.  

Confira o link com os autores selecionados:

https://www.editorapersona.com/post/beatniks-23

Jornalista Éverlan Stutz é selecionado em coletânea nacional de poesia contemporânea

O escritor e jornalista Éverlan Stutz foi um dos selecionados na Coletânea Poesia BR que tem como objetivo principal a difusão de poetas contemporâneos nas diferentes regiões do país. Em sua quinta edição, a antologia foi organizada pela editora Versiprosa, com sede em São Paulo, que faz um mapeamento da poesia brasileira contemporânea e pretende abranger a diversidade característica deste gênero literário, com múltiplas temáticas, linguagens, tons e propostas estéticas.

Participaram da seleção mais de mil e duzentos poetas e foram selecionadas 170 poesias. O poema selecionado de Éverlan Stutz foi “Insônia”. “É uma poesia engraçada e crítica, gosto do bom humor, de brincar com as palavras. Poesia também é alegria e pode causar riso e reflexão”, explica Stutz que é Membro da Academia de Ciências e Letras de Ouro Branco.

Insônia

Quantos coelhinhos são necessários para dormir?

  • No meu tempo eram carneirinhos
  • No Nordeste contam-se bodes
  • No Polo Norte ursos polares
  • No deserto camelos
  • Em Brasília raposas
  • Na Índia vacas
  • Em Marajó búfalos
  • Nos Sertões as veredas
  • Em Pasárgada as bandeiras
  • Em Neverland peters pans!

Poeta Éverlan Stutz é selecionado no Festival Literário de Londrina

O poeta e jornalista Éverlan Stutz foi um dos selecionados no Festival Literário de Londrina que será realizado entre os dias 10 e 14 de maio, no Museu Histórico Padre Carlos Weiss. “Trata-se de um dos eventos literários mais expressivos do Brasil. Fiquei muito contente com a seleção porque é uma forma de alcançar o público leitor de poesia”, explica Éverlan que fará o lançamento do livro in(versão) durante as festividades.

A curadoria do evento analisou mais de 250 propostas de trabalhos encaminhados, em diversas modalidades. O Londrix 18 anos é uma realização da Atrito Arte Artistas e Produtores Associados (AARPA) e tem o patrocínio da Prefeitura de Londrina por meio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura. O festival de literatura conta com a parceria da Universidade Estadual de Londrina e da Atrito Arte Editora.

Escritor e professor de redação, Éverlan Stutz é membro da Academia de Ciências e Letras de Ouro Branco, graduado em artes cênicas pela Universidade Federal de Ouro Preto e pós-graduado em Gestão do Patrimônio Cultural pela PUC Minas.

Professor Éverlan Stutz ganha coletânea nacional de poema protesto

O poeta e professor Éverlan Stutz foi um dos vencedores da coletânea “Não vão nos calar”, cuja temática está relacionada à discriminação por raça, etnia, ao negacionismo científico e à destruição da natureza. Com o poema de protesto “Inferno”, Stutz foi selecionado para participar da coletânea nacional de poesia que conta com textos do Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal, Itália, Alemanha e Japão.

O poeta se prepara para lançar seu primeiro livro de poesia in(versão), a ser publicado pela editora SC Literato, de Belo Horizonte. “Publiquei livros técnicos sobre patrimônio cultural e teatro, agora vou publicar um livro de poesia, uma linguagem fascinante e necessária nestes tempos sombrios que vivenciamos”, diz Éverlan.   

Confira o resultado no link:

https://www.editorapersona.com/post/colet%C3%A2nea-de-poemas-n%C3%A3o-v%C3%A3o-nos-calar

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