A professora de escola pública que teve 64 alunos aprovados em federais

Ione é famosa em Belém por colecionar alunos com altas notas na redação do Enem. Na edição passada, 26 de seus estudantes tiraram mais de 900 pontos

Em 9 de fevereiro deste ano, quando foram divulgadas as notas do Enem 2022, o celular da professora Ione de Jesus Araújo Franco tocava sem parar. Eram seus alunos, eufóricos, contando as notas que haviam tirado na redação, que na última edição teve como tema os desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil. “Eles falavam ‘eu não acredito, achei que tiraria 500, 600’”, relembra a professora. Ione devolvia: “como é que vocês podem me dizer que vão tirar essa nota se trabalharam tanto, se dedicaram tanto?”.

Para eles, o desempenho era surpreendente. Para a professora, não. Ela conta que todos os anos costuma selecionar, por volta do mês de outubro, os dez melhores textos produzidos no projeto Construção e reconstrução do texto, criado por ela na escola onde dá aulas há treze anos. Em 2022, quando foi fazer a seleção a poucos meses do Enem, percebeu que não tinha dez textos excelentes, mas pelo menos 70. Eram dissertações escritas por alunos que certamente tirariam mais de 700 na redação do Enem – que vale, ao todo, 1000 pontos. E assim foi.

No dia 10 de fevereiro, Ione e parte de seus alunos organizaramse na escadaria da escola para serem fotografados. Na imagem, 61 estudantes sorriem e seguram a nota que alcançaram na redação do Enem 2022, que variam entre 700 e 980. A exceção, relata a professora, foram os alunos que tiraram 680 pontos, mas mesmo estes conquistaram boas vagas nas universidades somando o desempenho em outras disciplinas do exame. Na edição passada, 26 de seus estudantes tiraram mais de 900 pontos na redação, um feito alcançado por apenas 5% dos candidatos.

É uma foto que certamente causaria inveja aos cursinhos e colégios particulares de altas mensalidades em todo o país. Mas a escola onde a professora Ione leciona é a estadual Albanízia de Oliveira Lima, localizada na periferia de Belém, no Pará.

Construindo e reconstruindo sonhos

Ione Franco é formada em Letras pela UFPA, a Universidade Federal do Pará, e pós-graduada em abordagem textual na área de linguística. No início da carreira, dividia-se entre as escolas particulares e públicas da capital do Pará, mas há 25 anos decidiu dedicar-se exclusivamente à rede pública de ensino. Doze anos mais tarde, começou a dar aulas na Escola Estadual Albanízia de Oliveira Lima, onde está até hoje e pretende se aposentar. Mas a Albanízia que encontrou naquela época era bastante diferente.

“Descobri que havia, no início, um desinteresse muito grande”, conta a professora ao GUIA DO ESTUDANTE. Ela lembra que, no turno da tarde, os alunos simplesmente pulavam o primeiro horário de aula e chegavam só no segundo. O pouco compromisso andava de mãos dadas com uma profunda desmotivação. A professora relata que, quando perguntava aos estudantes o que pretendiam cursar na faculdade, a maioria sequer cogitava essa possibilidade. Os que ousavam sonhar com uma vaga, normalmente escolhiam carreiras pouco concorridas, já que acreditavam não ter chance de aprovação em cursos como Medicina.

Alunos da professora Ione comemoram aprovação no vestibular (Escola Estadual Albanízia de Oliveira
Lima/facebook/Reprodução)

Uma das razões para isso era de ordem bastante prática: os estudantes tinham muita dificuldade com os conteúdos ensinados na escola, especialmente em redação. Foi então que Ione concebeu um projeto em vigor até hoje, o Construção e Reconstrução do Texto.

Percebeu que, para sanar as dificuldades dos alunos e ajudá-los a evoluir na escrita, teria que ensinar da mesma forma que aprendeu quando estava na escola. Primeiro, fazia um diagnóstico para entender as dificuldades de cada estudante, e depois começava um atendimento individualizado. “Eu atendo de 38 a 40 alunos todo santo dia”, conta a professora, que tem, ao todo, 11 turmas na escola.

O foco de suas aulas de redação é o texto dissertativoargumentativo, aquele cobrado no Enem e nos principais vestibulares. E quando ensina os alunos a escrever, o faz do começo ao fim: “é um resgate milimétrico de tudo aquilo que eles não sabem fazer”. Nas aulas, aprendem a fazer separação silábica, consultam o dicionário para pesquisar sinônimos e ampliar o vocabulário, estudam a diferença entre um ponto continuativo e um ponto parágrafo. Até mesmo a caligrafia e a organização do texto no papel são trabalhados.

O principal, no entanto, é o estímulo à pesquisa. Utilizando o celular – que muitas vezes precisa ser compartilhado já que alguns não têm o aparelho –, os alunos são estimulados a fazerem pesquisas sobre diversos assuntos atuais e de relevância social. “A minha maior observação é que eles não conseguiam produzir porque eles não tinham uma leitura aprofundada e nem interesse a respeito de qualquer assunto”, relata Ione, lembrando que o Enem costuma cobrar justamente uma reflexão acerca dos problemas sociais do país. O que precisavam, concluiu, era ter um posicionamento crítico.

Mas se engana quem lê esse relato e imagina que as aulas de Ione são sempre dinâmicas ou agitadas. Ela própria conta que os encontros podem ser tediosos, especialmente quando os alunos escrevem e reescrevem seus textos dezenas de vezes – o que, admite, é bastante frequente. “Eles reclamam porque eles reescrevem uma introdução, uma linha do texto, não menos que trinta vezes”. A colher de chá é quando acabam as atividades: então os estudantes podem até ouvir música – o que espanta outros professores da escola, mas é defendido por Ione já que, segundo ela, assim podem adquirir repertório sociocultural.

Sem nota e sem texto de apoio

O método de Ione chama a atenção – em especial em uma escola pública, onde muitas vezes as salas superlotadas e outras dificuldades se sobressaem. Mas as técnicas de ensino de redação que ela escolhe não aplicar são tão surpreendentes quanto.

Na contramão do que faz a maior parte dos cursinhos preparatórios para o vestibular, a professora paraense não atribui nota às redações que os estudantes escrevem ao longo do ano. Ela até as corrige seguindo as cinco competências avaliativas do Enem, mas não diz para o aluno qual nota ele tirou em cada critério, e sim quais desvios cometeu e onde pode melhorar.

Um outro método que Ione escolheu não seguir é a apresentação de textos de apoio. Os alunos recebem apenas a frase-tema com a proposta de redação, e devem realizar a própria pesquisa, selecionando as informações que consideram mais relevantes sobre o assunto e construindo a partir disso uma argumentação autoral. A ideia é que essas pesquisas se tornem bagagem. Ione defende que no dia do Enem seus alunos serão capazes de ativar essa memória e resgatar o conhecimento de mundo que acumularam ao longo do ano.

Médicos, advogados e o que mais quiserem

No início deste ano, pouco depois que as notas do Enem foram divulgadas e a foto dos alunos de Ione viralizou, a professora recebeu uma visita na escola. Quando mirou nos olhos do jovem alto, que se apresentou como Lucas, logo o reconheceu: tinha sido seu aluno anos atrás. “Ele me disse ‘eu vim aqui especialmente lhe parabenizar por esse resultado que teve uma repercussão enorme e lhe dizer que daqui alguns dias eu estarei colando grau em medicina’. Olha que maravilhoso!”, se emociona a professora.

Hoje, quando Ione repete a pergunta que fazia no início de sua carreira na escola Albanízia, sobre o que os alunos sonham em estudar na universidade, escuta respostas diferentes. “Odontologia, Direito, Letras, Biologia, Zootecnia, Medicina Veterinária”. A professora sempre os lembra de que podem “ocupar qualquer lugar neste mundo”, e com isso em mente – e o árduo trabalho nas aulas – muitos conquistam a tão sonhada vaga na universidade.

Banner instalado em frente à escola mostra os alunos aprovados no vestibular em 2022 (Escola Estadual Albanízia de Oliveira Lima/Reprodução)

Apenas neste ano, 84 alunos da Escola Estadual Albanízia de Oliveira Lima foram aprovados no vestibular. Destes, 64 passaram em universidades federais por meio da nota do Enem. Os números impressionantes ganharam forma nos rostos que estampam um imenso banner na frente da escola, custeado pelos próprios professores. “Como a maioria deles anda de ônibus, passa bem na frente da escola. O mais legal é o depoimento dos pais quando veem a foto do filho lá na frente”.

O esforço de Ione e de toda a comunidade escolar, da portaria às merendeiras, fizeram a fama da Albanízia. Todos os anos, filas imensas de egressos de escolas públicas e particulares se formam no dia de matrícula. Tudo para garantir uma vaga na escola da cidade que mais aprova nas universidades.

FONTE GUIA DO ESTUDANTE

A professora de escola pública que teve 64 alunos aprovados em federais

Ione é famosa em Belém por colecionar alunos com altas notas na redação do Enem. Na edição passada, 26 de seus estudantes tiraram mais de 900 pontos

Em 9 de fevereiro deste ano, quando foram divulgadas as notas do Enem 2022, o celular da professora Ione de Jesus Araújo Franco tocava sem parar. Eram seus alunos, eufóricos, contando as notas que haviam tirado na redação, que na última edição teve como tema os desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil. “Eles falavam ‘eu não acredito, achei que tiraria 500, 600’”, relembra a professora. Ione devolvia: “como é que vocês podem me dizer que vão tirar essa nota se trabalharam tanto, se dedicaram tanto?”.

Para eles, o desempenho era surpreendente. Para a professora, não. Ela conta que todos os anos costuma selecionar, por volta do mês de outubro, os dez melhores textos produzidos no projeto Construção e reconstrução do texto, criado por ela na escola onde dá aulas há treze anos. Em 2022, quando foi fazer a seleção a poucos meses do Enem, percebeu que não tinha dez textos excelentes, mas pelo menos 70. Eram dissertações escritas por alunos que certamente tirariam mais de 700 na redação do Enem – que vale, ao todo, 1000 pontos. E assim foi.

No dia 10 de fevereiro, Ione e parte de seus alunos organizaramse na escadaria da escola para serem fotografados. Na imagem, 61 estudantes sorriem e seguram a nota que alcançaram na redação do Enem 2022, que variam entre 700 e 980. A exceção, relata a professora, foram os alunos que tiraram 680 pontos, mas mesmo estes conquistaram boas vagas nas universidades somando o desempenho em outras disciplinas do exame. Na edição passada, 26 de seus estudantes tiraram mais de 900 pontos na redação, um feito alcançado por apenas 5% dos candidatos.

É uma foto que certamente causaria inveja aos cursinhos e colégios particulares de altas mensalidades em todo o país. Mas a escola onde a professora Ione leciona é a estadual Albanízia de Oliveira Lima, localizada na periferia de Belém, no Pará.

Construindo e reconstruindo sonhos

Ione Franco é formada em Letras pela UFPA, a Universidade Federal do Pará, e pós-graduada em abordagem textual na área de linguística. No início da carreira, dividia-se entre as escolas particulares e públicas da capital do Pará, mas há 25 anos decidiu dedicar-se exclusivamente à rede pública de ensino. Doze anos mais tarde, começou a dar aulas na Escola Estadual Albanízia de Oliveira Lima, onde está até hoje e pretende se aposentar. Mas a Albanízia que encontrou naquela época era bastante diferente.

“Descobri que havia, no início, um desinteresse muito grande”, conta a professora ao GUIA DO ESTUDANTE. Ela lembra que, no turno da tarde, os alunos simplesmente pulavam o primeiro horário de aula e chegavam só no segundo. O pouco compromisso andava de mãos dadas com uma profunda desmotivação. A professora relata que, quando perguntava aos estudantes o que pretendiam cursar na faculdade, a maioria sequer cogitava essa possibilidade. Os que ousavam sonhar com uma vaga, normalmente escolhiam carreiras pouco concorridas, já que acreditavam não ter chance de aprovação em cursos como Medicina.

Alunos da professora Ione comemoram aprovação no vestibular (Escola Estadual Albanízia de Oliveira
Lima/facebook/Reprodução)

Uma das razões para isso era de ordem bastante prática: os estudantes tinham muita dificuldade com os conteúdos ensinados na escola, especialmente em redação. Foi então que Ione concebeu um projeto em vigor até hoje, o Construção e Reconstrução do Texto.

Percebeu que, para sanar as dificuldades dos alunos e ajudá-los a evoluir na escrita, teria que ensinar da mesma forma que aprendeu quando estava na escola. Primeiro, fazia um diagnóstico para entender as dificuldades de cada estudante, e depois começava um atendimento individualizado. “Eu atendo de 38 a 40 alunos todo santo dia”, conta a professora, que tem, ao todo, 11 turmas na escola.

O foco de suas aulas de redação é o texto dissertativoargumentativo, aquele cobrado no Enem e nos principais vestibulares. E quando ensina os alunos a escrever, o faz do começo ao fim: “é um resgate milimétrico de tudo aquilo que eles não sabem fazer”. Nas aulas, aprendem a fazer separação silábica, consultam o dicionário para pesquisar sinônimos e ampliar o vocabulário, estudam a diferença entre um ponto continuativo e um ponto parágrafo. Até mesmo a caligrafia e a organização do texto no papel são trabalhados.

O principal, no entanto, é o estímulo à pesquisa. Utilizando o celular – que muitas vezes precisa ser compartilhado já que alguns não têm o aparelho –, os alunos são estimulados a fazerem pesquisas sobre diversos assuntos atuais e de relevância social. “A minha maior observação é que eles não conseguiam produzir porque eles não tinham uma leitura aprofundada e nem interesse a respeito de qualquer assunto”, relata Ione, lembrando que o Enem costuma cobrar justamente uma reflexão acerca dos problemas sociais do país. O que precisavam, concluiu, era ter um posicionamento crítico.

Mas se engana quem lê esse relato e imagina que as aulas de Ione são sempre dinâmicas ou agitadas. Ela própria conta que os encontros podem ser tediosos, especialmente quando os alunos escrevem e reescrevem seus textos dezenas de vezes – o que, admite, é bastante frequente. “Eles reclamam porque eles reescrevem uma introdução, uma linha do texto, não menos que trinta vezes”. A colher de chá é quando acabam as atividades: então os estudantes podem até ouvir música – o que espanta outros professores da escola, mas é defendido por Ione já que, segundo ela, assim podem adquirir repertório sociocultural.

Sem nota e sem texto de apoio

O método de Ione chama a atenção – em especial em uma escola pública, onde muitas vezes as salas superlotadas e outras dificuldades se sobressaem. Mas as técnicas de ensino de redação que ela escolhe não aplicar são tão surpreendentes quanto.

Na contramão do que faz a maior parte dos cursinhos preparatórios para o vestibular, a professora paraense não atribui nota às redações que os estudantes escrevem ao longo do ano. Ela até as corrige seguindo as cinco competências avaliativas do Enem, mas não diz para o aluno qual nota ele tirou em cada critério, e sim quais desvios cometeu e onde pode melhorar.

Um outro método que Ione escolheu não seguir é a apresentação de textos de apoio. Os alunos recebem apenas a frase-tema com a proposta de redação, e devem realizar a própria pesquisa, selecionando as informações que consideram mais relevantes sobre o assunto e construindo a partir disso uma argumentação autoral. A ideia é que essas pesquisas se tornem bagagem. Ione defende que no dia do Enem seus alunos serão capazes de ativar essa memória e resgatar o conhecimento de mundo que acumularam ao longo do ano.

Médicos, advogados e o que mais quiserem

No início deste ano, pouco depois que as notas do Enem foram divulgadas e a foto dos alunos de Ione viralizou, a professora recebeu uma visita na escola. Quando mirou nos olhos do jovem alto, que se apresentou como Lucas, logo o reconheceu: tinha sido seu aluno anos atrás. “Ele me disse ‘eu vim aqui especialmente lhe parabenizar por esse resultado que teve uma repercussão enorme e lhe dizer que daqui alguns dias eu estarei colando grau em medicina’. Olha que maravilhoso!”, se emociona a professora.

Hoje, quando Ione repete a pergunta que fazia no início de sua carreira na escola Albanízia, sobre o que os alunos sonham em estudar na universidade, escuta respostas diferentes. “Odontologia, Direito, Letras, Biologia, Zootecnia, Medicina Veterinária”. A professora sempre os lembra de que podem “ocupar qualquer lugar neste mundo”, e com isso em mente – e o árduo trabalho nas aulas – muitos conquistam a tão sonhada vaga na universidade.

Banner instalado em frente à escola mostra os alunos aprovados no vestibular em 2022 (Escola Estadual Albanízia de Oliveira Lima/Reprodução)

Apenas neste ano, 84 alunos da Escola Estadual Albanízia de Oliveira Lima foram aprovados no vestibular. Destes, 64 passaram em universidades federais por meio da nota do Enem. Os números impressionantes ganharam forma nos rostos que estampam um imenso banner na frente da escola, custeado pelos próprios professores. “Como a maioria deles anda de ônibus, passa bem na frente da escola. O mais legal é o depoimento dos pais quando veem a foto do filho lá na frente”.

O esforço de Ione e de toda a comunidade escolar, da portaria às merendeiras, fizeram a fama da Albanízia. Todos os anos, filas imensas de egressos de escolas públicas e particulares se formam no dia de matrícula. Tudo para garantir uma vaga na escola da cidade que mais aprova nas universidades.

FONTE GUIA DO ESTUDANTE

Academia de Letras lamenta a morte da educadora Sarah Sanna Zanella

É com tristeza que lamentamos o falecimento da ex-diretora da Escola “Meridional”, Sarah Sanna Zanella, aos 98 anos, ocorrido em Conselheiro Lafaiete.

Sarah Zanella deixou um legado significativo na área da educação, como professora e dirigente da Escola “Meridional”. Sua atuação exemplar e incansável contribuiu para a formação de inúmeras crianças e jovens ao longo de décadas.

Além de seu trabalho na educação, Sarah Sanna Zanella foi uma das sócias fundadoras da Associação dos Ex-Alunos do Colégio Nossa Senhora de Nazaré, em 1950. Sua dedicação em preservar a memória e as lembranças daquela época foi registrada no livro “Reminiscência do Nazaré”, onde publicou o artigo “Saudosas lembranças da nossa turma do Ginásio São José”.

Sarah Sanna Zanella também foi honrada por suas contribuições pela Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafayette, recebendo o Diploma da Ordem dos Construtores do Progresso em 13 de setembro de 1998. Essa honraria reflete o reconhecimento de sua notável trajetória e dedicação à comunidade.

Neste momento de profunda dor, expressamos nossos sentimentos de pesar e solidariedade aos familiares, amigos.

Em sua homenagem, publicamos no site da ACLCL o artigo que ela escreveu no livro “Reminiscências do Nazaré”. Convidamos a lerem.

Descanse em paz Profa. Sarah!

Acadêmico Moises Mota da Silva
Presidente da ACLCL

Professora do Projeto Arte na Escola recebe premiação vencedora do Mascote do Pan-Americano em Congonhas

Realizado no final do mês de abril, em Congonhas, o Campeonato Pan-Americano MTB XCO 2023 deixou boas lembranças para a população.

Pela primeira vez do Pan foi escolhido, por meio de votação popular no Facebook Oficial e Instagram da Prefeitura de Congonhas, um mascote que representasse um dos maiores eventos esportivos das Américas.

Os desenhos foram confeccionados pelos professores de arte do Projeto Arte na Escola da Semed, através da Acart – Associação Congonhense de Artes, por meio de iniciativa da Sedas, fazendo referência aos Profetas, monumentos históricos, de forma lúdica. No total concorreram 05 desenhos.

Com 586 votos, o mascote Amó da desenhista e professora do Projeto, Rafaela Costa, foi o vencedor, escolhido pelos internautas, e representou a identidade cultural do Pan-Americano de Ciclismo em Congonhas durante os dias do evento.

Na manhã desta terça-feira (16), o Prefeito Municipal, Cláudio Antônio de Souza, Libertad Lamarque, Secretária do Sedas, Michelle Naves, Assessora de Políticas Públicas, Rodrigo Lorran, Diretor de Esportes, representante da CBC – Confederação Brasileira de Ciclismo, Felipe Gomes, e Philipe Araújo da ACART, entregaram a ganhadora, Rafaela e o Professor e Coordenador dos cursos visuais, Hernando Rocha (Acart), uma bicicleta e um kit com objetos do PAN para cada, como premiação da arte vencedora.

Por Lílian Gonçalves
Fotos: Izabella Vasconcelos

Mês da Consciência Negra é comemorado em Lafaiete e professora será homenageada

Instituído pela Lei Municipal nº087/2021, o mês da Consciência Negra acontece desde o ano passado em Lafaiete em referência ao líder Zumbi dos Palmares (1655ª 1695), considerado um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo da luta contra a escravidão, lutou também pela liberdade de culto religioso e pela prática da cultura africana no País.
O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra. A data foi instituída em 1970.
Na sessão da Câmara de Lafaiete (MG) na noite desta terça-feira (8), a professora e Presidente da Associação Desportiva Cultural Cativeiro Capoeira, Daisy Angélica Cordeiro, foi a protagonista na Tribuna Popular na qual discorreu sobre os projetos sociais da entidade e sua luta em favor do povo negro e implementação de políticas afirmativas de inclusão e conscientização.
“Nosso trabalho vai além da capoeira”, sentenciou. Professora e ativista, Daisy iniciou no movimento há mais de 20 anos onde apreendeu a jogar capoeira sob as mãos do Professor Eustáquio, um dos precursores do movimento negro, hoje Vereador eleito pelo Partido Verde.
Daisy reforçou a importância da celebração do mês da consciência negra em Lafaiete mas observou que a data não deveria ser lembrada não somente neste momento. “A nossa proposta é formar cidadãos de bem”, comentou. Segundo ela, a capoeira deveria fazer parte da grade curricular como outras disciplinas que valorizem a identidade e resgate do povo negro.
Através da indicação do Vereador Professor Eustáquio, a Câmara aprovou Moção de Aplauso da Professor Daisy Cordeiro em reconhecimento pelo seu trabalho em favor da afirmação e protagonismo do movimento negro e os projetos sociais desenvolvidos em Lafaiete.

Vereador

Durante sua fala na sessão, o Vereador Eustáquio Silva lembrou a importância da comemoração do Mês da Consciência a dívida histórica do Brasil como o povo negro. “Não é somente este mês, mas todos que devemos referenciar e valorizar o papel do negro na formação do povo brasileiro”, disse. “Não é momento para comemorar e sim refletir o que está sendo feito para combater a desigualdade, a discriminação, o preconceito, o racismo. Não é revolta, é lembrar o que passou, muito na vida a gente esquece o que o tempo apagou. No fim da escravidão espanhóis, portugueses, etc, todos ganharam terras para ter uma vida digna. Porque não deram 20 alqueires de terra para cada escravizado nesse país? Como vão pagar essa dívida?”, comentou.
Recursos

Ele citou que pela primeira vez, através de recursos do Orçamento Impositivo, destinou recursos para promoção de oficinas de capoeira. “O caminho é a educação”, apontou.
Neste ano, uma extensa programação que a luta de igualdade de direitos a resistência e valorização da identidade negra.

Polícia prende em flagrante acusado pelo assassinato de professora

Crime aconteceu na última quinta-feira, 11

Uma professora de 61 anos foi agredida e assassinada por seu namorado, na noite da última quinta-feira, 11, dentro da casa dela, na avenida Rio Branco, bairro Patrimônio, em Teixeiras. Ela foi encontrada morta, deitada na cama, com marcas de estrangulamento e manchas roxas pelo corpo. 

Os policiais receberam informações de que o autor do crime, Filemon Gomes dos Santos, 43, depois de agredi-la durante a noite e perceber que a havia matado, roubou o celular e a carteira de identidade da vítima e fugiu no Fiat/Uno azul, placa CBE-8890, no sentido a Vespasiano, região metropolitana de Belo Horizonte, onde possui familiares.

Após intenso rastreamento, Filemon foi preso por policiais militares em Mariana, quando não resistiu à prisão e foi encaminhado para a Delegacia de Ouro Preto e seu veículo, apreendido. Antes disso a polícia havia obtido imagens do veículo de Filemon passando pelos radares de Ponte Nova, Acaiaca e Padre Viegas, indicando qual caminho ele estava seguindo.

Segundo a polícia, Filemon confessou o crime, relatando que estava sob efeito de drogas quando, por volta das 23 horas, começou a agredir a companheira, o que teria durado várias horas, até descobrir que ela estava morta, quando a colocou na cama e a cobriu com um cobertor e ficou perambulando pela casa até dormir em outro quarto. Por volta das 7 horas da manhã, ele fugiu.

Em suas redes sociais, Filemon chegou a publicar: “o que eu fiz não tem perdão”. Ele ainda entrou em contato com familiares da vítima, por meio de mensagens pelo WhatsApp, pedindo desculpas pelo crime e telefonou para sua filha, em Vespasiano, relatando o crime. 

O local do crime foi periciado por profissional técnico da Polícia Civil e o corpo removido para o IML de Ubá (Instituto Médico Legal).

TEIXEIRENSE ERA PROFESSORA EM VIÇOSA

Maria Aparecida Dias era professora, servidora pública municipal de Viçosa, e lecionava na Escola Municipal Coronel Antônio da Silva Bernardes (CASB). A Secretaria de Educação divulgou nota de pesar e a escola cancelou uma festa que estava programada para o último final de semana.

FONTE FOLHA DA MATA

Luto: Lafaiete perde a professora Dona Nívia do Carmo Lucas

Faleceu hoje (25) por volta das 5:30 horas, no Hospital Ipsemg, em Belo Horizonte, a estimada professora Dona Nívia do Carmo Lucas Ferreira, aos 62 anos.
Grande parte de sua vida foi dedicada a educação como ex-diretora da Escola Estadual Monsenhor Antônio José Ferreira, situada no Paulo Sexto, em Lafaiete.
Dona Nívia deixa filha, neta e esposo. A comunidade do Paulo Sexto está de luto já que ela era uma pessoa extrovertida, competente e dedicada a educação de várias gerações
“Infelizmente perdemos uma grande figura humana”, lamentou o Vereador Erivelton Jayme que foi aluno da professora.
Ainda não informações sobre velório e sepultamento.

Tragédia: Jovem motociclista morta em acidente na BR 040 será sepultada nesta tarde

Será sepultada hoje (03/02), às 17 horas, no cemitério Nossa Senhora da Conceição em Congonhas (MG) o corpo da professora Jaqueline Ermelinda Monteiro de 46 anos. O velório acontece a partir das 14 h. no São Jorge. Ela faleceu ontem, por volta das 15h, em um trágico acidente de motocicleta no km621 da BR040, na comunidade do Gagé em Conselheiro Lafaiete. Jaqueline foi professora nas redes municipais de Congonhas e Jeceaba. Nas redes sociais amigos prestam condolências pela sua precoce morte.

Criança de 11 anos revela que era abusada pelo próprio pai em carta à professora

Ela contou ainda que estava preocupada com a irmã mais nova e com a mãe que era agredida sempre que o pai bebia

Uma criança, de 11 anos, entregou uma carta à professora em que revela ter sido abusada sexualmente pelo próprio pai na zona rural de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, na última sexta-feira (10). Apenas no domingo (12), o Conselho Tutelar e a Polícia Militar (PM) souberam do ocorrido.  

Na carta, a vítima disse estar preocupada com a irmã, que também é criança e mora com os pais na região de Córrego Rico. Além disso, revelou preocupação com a mãe, que estaria sendo vítima de agressões quando o suspeito ingeria bebida alcoólica. Segundo a polícia, a vítima estava na casa da avó paterna, na Comunidade do Leal.  

A conselheira tutelar explicou que a professora recebeu a carta na última sexta e que o caso também foi informado a diretora da escola, que não repassou naquele dia o que tinha acontecido. Ela apenas soube da carta no domingo (12). 

Em conversa com a criança, ainda na casa da avó, ela contou que o pai teria tentado ter relações sexuais com ela, mas que não conseguiu após ela ter resistido. A vítima contou o crime diretamente à conselheira, porém não soube informar quando ela teria sido abusada pelo pai.  

Ainda conforme a criança, os abusos ocorreram mais de uma vez na residência da família. A mãe da menor também disse à polícia que o marido tentou ter relações sexuais com a criança em troca de dinheiro. Na ocasião, ele entrou no quarto, conversou com a menina, que conseguiu escapar e contar para a mãe.  

A mulher explicou que conversou com o marido, que havia bebido, e ele passou a diminuir o consumo de álcool desde então. A menina foi deixada na casa da avó paterna e, em seguida, a polícia seguiu para a casa do suspeito.  

No local, ele negou que tenha tentado abusar da criança, mas admitiu que faz uso de bebida alcoólica e que isso poderia ter acontecido no momento em que estava embriagado. Por isso, a conselheira também encaminhou a irmã da menina para a casa da avó.  

A carta foi recolhida pela conselheira tutelar. A polícia não conseguiu localizar a professora para prestar depoimento sobre o ocorrido.  

O caso será investigado. 

FONTE ITATIAIA

Professora piranguense vence a Covid-19 e escreve cartilha sobre a doença

Depois de passar 28 dias internada e desses, 15 no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital e Maternidade São José em Conselheiro Lafaiete devido a complicações da Covid-19, a professora Adriana Mendes Concesso, lançou no último dia 6, na Escola Estadual Coronel Amantino Maciel (EECAM), em uma tarde de autógrafos, a cartilha ‘Coronavírus: combatendo com as armas certas’.

A obra versou sobre os cuidados com a doença e finalizou o projeto: ‘Uma mão lava a outra’. “A escola é um potente instrumento para conscientizar as pessoas no combate às doenças infecciosas como a Covid-19”, ressalta Adriana ao relembrar que assim que começou a elaborar a cartilha, contraiu o vírus e teve que ser hospitalizada em estado grave. “Ninguém quer passar por isso, mas infelizmente o vírus é real e nos afeta silenciosamente. Foram dias terríveis. Ficar longe dos meus filhos e familiares não foi nada fácil”, revela ao destacar que esperava ansiosamente pela divulgação e distribuição da cartilha. “Quando fiquei sabendo da notícia que a cartilha já estava sendo distribuída fiquei muito emocionada. ”

O projeto

No projeto foram desenvolvidas várias atividades com o objetivo de conscientizar sobre a prevenção e combate ao avanço da COVID-19, principalmente nos cuidados ao retorno das aulas presenciais. Entre as ações desenvolvidas estavam a leitura de folders e panfletos, por isso, foi trabalhada a cartilha distribuída pelo PSE (Programa Saúde na Escola) da cidade de Piranga. A cartilha foi uma proposta da equipe do PSE ‘Saúde na Escola’ e começou a ser realizada no início de maio quando a professora recebeu o convite da psicóloga Naisy Milagres para escrever a obra.

A cartilha é apresentada através de um poema todo rimado tornando a leitura mais agradável. Ela contém textos que oportunizam através do lúdico, reflexões sobre os cuidados necessários de prevenção ao Coronavírus no território escolar, podendo ser estendido ao ambiente familiar. “Através da Cartilha estamos conscientizando e aprendendo de forma divertida”, disse a professor ao ressaltar que “Uma mão lava a outra e juntas, escola e família podem combater o Coronavírus usando as armas certas. Que se juntem a nós vários guerreiros para vencermos essa batalha contra esse vírus terrível que têm ceifado muitas vidas. ” 

Para a professora, que sempre esteve à frente de projetos educacionais da EECAM, educar é uma dádiva. “Como alfabetizadora e professora sempre incentivei meus alunos a ler e escrever, por isso, ao produzir a cartilha pude expressar toda a minha preocupação e falar sobre os cuidados que devemos ter para tentar acabar com esse vírus”.

Texto: Renato Crispiniano

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