Vereadores relatam fuga de investimentos pela demora na liberação de áreas no distrito industrial

Os vereadores defenderam transparência na cessão de áreas e exigiram reversão de terrenos

ociosos e mal aproveitados; André Menezes defendeu chamamento público para facilitar acesso

Rendeu uma longa discussão, os vereadores debateram a situação do distrito industrial de Lafaiete. Os debates acalourados foram provocados pelo requerimento do Vereador André Menezes (PP )em que solicitou informações sobre a relação das áreas cedidas e se as empresas beneficiadas encontram-se em situação regular no uso dos terrenos na promoção do desenvolvimento econômico. Em outro questionamento, ele solicitou a relação de áreas pertencentes a municipalidade e as que são de propriedade do Estado. “Têm diversas situações ao longo do nosso mandato que não conseguimos resolver ou avançar. Uma delas é sobre a situação do distrito industrial. Nosso pedido para esclarecer de uma vez por todas os critério usados para doação ou cessão dos terrenos. Eu, como diversos colegas, já recebemos reclamações ou mesmo pedidos de áreas para investimentos. Eu mesmo fui procurado por empresários querendo investir na cidade, mas não se avança. Então fica esta desilusão e nossa cidade precisando de investimentos, principalmente agora nesta crise”, observou.

Vereadores cobram transparência e reversão de terrenos do distrito / DIVULGAÇÃO

Ele defendeu que a prefeitura utilize o instrumento legal de chamamento público para doação das áreas. “Acredito que seria a forma mais democrática e transparente de repassar as áreas. Nossa cidade tem todas as características e atributos que potencializam a vinda de empresa. Falta um projeto de marketing e divulgação para a cidade atrair investimentos. Lafaiete é uma joia a ser lapidada”, considerou.
O Vereador Lúcio Barbosa (PSDB) citou que diversos empresários desistem de investir na cidade devido a lentidão em liberar uma área no distrito. “Eu mesmo tenho depoimentos de comerciantes que querem ampliar seus negócios, mas não conseguem um terreno. Eles vão para as outras onde recebem incentivo”, lamentou.
Carlos Nem (DC) afirmou que existem denúncias de mal aproveitamento de áreas e  cobrou reversão. O Vereador Alan Teixeira (DC) pediu que a secretaria municipal de desenvolvimento econômico crie um protocolo a seguir desde o pedido e os trâmites até a liberação do terreno. “Como os Doces São João em que o terreno foi provado, porém eles não usaram a área para ampliação da empresa, no distrito há diversas irregularidades. Na verdade, o Município que está errado em não tomar de volta estas glebas”, pontuou Pedro Américo (PT).
O Vereador Sandro José (PROS)que há 8 anos não uma política robusta de atração de investimentos. “Há 8 anos não fazemos nada nesta área. Avançamos quase nada no desenvolvimento econômico e desperdiçamos nosso potencial. Quando consegue um terreno, o investidor esbarra na burocracia da prefeitura, no jurídico, na fazenda e processo agarra. Tenho narrativas e conhecimento de perda de investimentos de um empresário de mais de R$ 20 milhões”, assinalou.
Darcy da Barreira (DC) encerrou as discussões citando que no final de 2012, Lafaiete perdeu um mega investimento na instalação de um shopping e uma fábrica de parafusos. “A gente tem a expectativa de que a instalação do distrito industrial 2 promova o desenvolvimento econômico. Muitas das vezes estamos a reboque de outras cidades da região, como Congonhas que concentra grandes empresas. Não podemos desperdiçar as chances de investimentos  que chegam a nossa cidade”, finalizou.

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Lafaiete: vereadores cobram reversão de terreno doado a empresa Doces São João

A maioria dos vereadores defendeu ontem durante sessão da Câmara a reversão do terreno cedido a empresa Doces São João situado no Bairro Amaro Ribeiro.  O requerimento do vereador Pedro Américo (PT) desencadeou uma longa e inflamada discussão na demora por parte do Município em tomar medidas administrativas já que a função pela qual a área foi doada não cumpriu seus objetivos de desenvolvimento econômico.

Vereadores defenderam que o Município tomem medidas administrativas para reversão diária/ CORREIO DE MINAS

“Já se passaram 4 administrações e o terreno doado não cumpriu suas funções de ampliação das atividades da empresa e geração de empregos. Queremos saber porque até agora não foram tomadas medidas para promover a retomada do terreno. O Município já foi cobrado pelos vereadores mas permanece omisso nesta situação”, disse o petista, citando que foi duramente criticado quando votou por duas vezes contrário a renovação da cessão do terreno a empresa. “Esta situação vem desde 2007 e até agora nada foi feito. Outras empresas desejam a área para investimento”, afirmou João Paulo Pé Quente (DEM). “Tantos empresários que desejam investir em Lafaiete por falta de terreno”, alertou Carlos Nem (DS).

O vereador Oswaldo Barbosa (PP) reconheceu a importância da empresa Doces São João, mas cobrou urgência na reversão do terreno. “O distrito industrial é um fonte de empreso, mas está abandonado e sem qualquer sinalização”, exortou.

O vereador Sandro José (PSDB) lembrou que há inúmeros empresários buscando uma área para investimentos. Fernando Bandeira sugeriu que a prefeitura estipule nos novos contratos de concessão multa indenizatória caso o empreendedor não cumpra as exigências pelas quais os terrenos foram doados.

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