MPF pede interdição no acesso de pessoas e barcos em área de cânions em Furnas

O Ministério Público Federal (MPF) pediu a prefeituras de dois municípios localizados no entorno do Lago de Furnas que interditem, temporariamente, o acesso de pessoas e embarcações nas áreas de cânions onde um paredão rochoso se desprendeu matando 10 pessoas no último sábado (8). 

Os promotores enviaram ofícios aos prefeitos de São João Batista do Glória e São José da Barra. A Prefeitura de Capitólio já havia interditado o local e o MPF apenas recomendou que o município mantenho o acesso proibido às localidades dos cânios de Furnas e Cascata D’Água, bem como ao atrativo Mirante dos Canyons.  

De acordo com o MPF, a interdição é por tempo indeterminado, enquanto não feito o mapeamento geológico da região – que vai apontar os locais de riscos de novos deslizamentos e desprendimentos de rochas. Um laudo de segurança deverá ser emitido para a efetiva liberação dos pontos turísticos. 

Navegação

A Recomendação do MPF também pede a proibição da navegação de turismo em quaisquer áreas da região onde a Defesa Civil emitir alertas relacionadas a tempestades, chuvas intensas, riscos de cabeça ou trombas-d’água. 

A proibição ficaria valendo até que os planos de ordenamento náutico dos municípios sejam revistos. Esse trabalho devem envolver, além de representantes dos municípios e do MPF, a Marinha, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, a empresa Furnas Centrais Elétricas e representantes das associações de turismo náutico da região e especialistas.

  • Itataia

Identificadas as 10 vitimas fatais da tragédia em Capitólio (MG

A Polícia Civil de Minas Gerais divulgou, neste domingo (9/1), a identificação prévia das dez pessoas que estavam na lancha Jesus, atingida ontem brutalmente pela queda da pedra de um cânion em Capitólio, no Sudoeste de Minas.

A polícia afirmou que todas as pessoas que estavam na lancha eram conhecidas entre si e estavam hospedadas na mesma pousada na cidade de São José da Barra, no Sul de Minas.
Confira:

Confira:

  1. Homem, 40 anos, natural de Betim (MG) – seria o piloto
  2. Mulher, 43 anos, natural de Cajamar (SP)
  3. Mulher, 18 anos, natural de Paulínia (SP) – filha da mulher de 43 anos
  4. Homem, 67 anos, natural de Anhumas (SP)
  5. Mulher, 57 anos, natural de Itaú de Minas (MG) – Esposa do homem de 67 anos
  6. Homem, 37 anos, natural de Itaú de Minas (MG) – Filho do homem de 67 anos
  7. Homem, 14 anos, natural de Alfenas (MG) – Neto do homem de 67 anos
  8. Homem, 24 anos, natural de Campinas (SP)
  9. Homem, 35 anos, natural de Passos (MG)

A décima vítima foi um homem identificado formalmente: Julio Borges Antunes, de 68 anos, natural de Alpinópolis, no Sul de Minas. O corpo dele foi liberado para os parentes.

Entre as nove vítimas, até o momento não se sabe quais delas estão entre os oito óbitos já confirmadas e os dois desaparecidos. Isso porque o Instituto-Médico Legal ainda está fazendo o trabalho de identificação.

De acordo com a polícia, esse trabalho tem sido difícil pelo estado em que os corpos chegaram ao Instituto. “A rocha que despendeu-se praticamente esmaga a lancha entra a água e a pedra”, explica Marcos de Souza Pimenta, delegado regional de Passos, que trabalha no caso.
“Normalmente os corpos chegam já identificados, a particularidade dessa vez é que o trauma foi de altíssima energia, prejudicando o aspecto dos corpos”, complementou o médico-legista, Marcos Amaral.
De acordo com Amaral, a equipe de Passos está em contato permanente com o IML de Belo Horizonte, que tem experiência com difíceis identificações, como no caso das vítimas de Brumadinho. “Tudo tem sido feito no sentido de agilizar a liberação dos corpos”, reforçou.

Em entrevista coletiva, a PCMG reforçou que já abriu um inquérito para investigar o acidente e que vai depender de especialistas, como geólogos. A instituição ainda não trabalha com a hipótese de criminalização do fato e ressaltou que a prioridade, por enquanto, é identificar as vítimas. 

Oitava vítima da tragédia em Capitólio é encontrada; 2 seguem desaparecida

O Corpo de Bombeiros encontrou mais uma vítima em Capitólio, no Sudoeste de Minas, onde uma rocha se desprendeu do cânion e atingiu 3 lanchas, na tarde desse sábado (8/1). Agora, são oito mortos e dois desaparecidos.

De acordo com o major Rodrigo Castro, que comanda a operação de buscas, o corpo é de uma vítima masculina, que foi encontrado por volta das 9h, com a primeira equipe de buscas. “Foi encontrado inteiro e já trazido para o posto de comando”, informou.


São 50 militares empenhados na operação de busca, entre bombeiros militares e militares da Marinha do Brasil. Ainda segundo a corporação, desses militares, 11 mergulhadores que estão empenhados são especialistas nesse tipo de operação e já familiarizados com a área de busca. 
“A operação logística montada pelos bombeiros foi feita para garantir a autonomia da operação, contando com equipamentos de mergulho e cilindros reserva”, garante a corporação.
Pelo menos quatro lanchas e três motos aquáticas da Marinha do Brasil e do Corpo de Bombeiros foram lançadas no local de busca já delimitado, além do apoio de sete viaturas.

Médico que visitou Capitólio em 2012 previu queda da rocha; seis mortes foram confirmadas pelos Bombeiros

Subiu para seis o número de pessoas que morreram no desabamento de rocha no município de Capitólio, em Minas Gerais, neste sábado (08), de acordo com o Corpo de Bombeiros. Pelo menos 32 pessoas estão feridas e ainda há cerca de 20 desaparecidos. A tragédia chegou a ser anunciada pelo médico cirurgião geral e Ultrassonografista, Dr. Flávio Freitas, de 52 anos, em uma postagem nas suas redes sociais em 2012, onde previu a queda da rocha durante uma visita à cidade. A responsabilidade de realizar o mapeamento e monitoramento de riscos é uma responsabilidade municipal, afirma 

Em entrevista à IBTV, Dr. Flávio contou que tem uma lancha e que possui o costume fazer passeios na mesma região onde ocorreu o deslizamento da rocha. A foto foi tirada pelo médico no dia 10 de março de 2012, mas a publicação foi feita no dia 13 de março do mesmo ano, com a legenda: “essa pedra vai cair”.

publicação feita por Dr. Flávio possui, até o momento, mais de 30 mil compartilhamentos nas redes sociais.

Responsabilidade municipal

O secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério do Desenvolvimento Regional, coronel Alexandre Lucas, disse em entrevista à CNN Brasil que o mapeamento e monitoramento de riscos é uma responsabilidade municipal. O coronel pondera que o episódio visto em Capitólio “é raro, dada a dimensão e magnitude do acidente”, e que a análise de risco está atrelada à recorrência de um fato.

Porém, ele pontua que a “ONU e toda doutrina de Defesa Civil recomenda que todo município faça o mapeamento de risco geológico, inundação, incêndio florestal e qualquer tipo de desastre”.

“Por exemplo, essa chuva contínua de muitos dias, na intensidade que está caindo, desencadeia desmoronamentos – tanto de pedras quanto de encostas. Nesses locais que têm esse tipo de risco, as defesas civis municipais devem adotar uma medida para evitar uma exposição de pessoas a esses riscos”, afirmou o coronel.

Ele recomenda que, agora, seja completamente paralisado o turismo em locais próximos a encostas ou qualquer local sujeito a escorregamentos. “A prefeitura deve fazer uma análise geológica dessas rochas para verificar como que está a situação após essa movimentação. Também é preciso que se estabeleçam limites de segurança para essas lanchas não chegarem perto”, completou.

O secretário Nacional de Defesa Civil também disse que colocou as suas equipes à disposição da Defesa Civil mineira. Mas pontuou que essa ocorrência tem características típicas de operações comandadas pelo Corpo de Bombeiros local.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu ao vídeo da tragédia em Capitólio neste sábado (08), afirmando se tratar de uma “fatalidade”. “É uma fatalidade, realmente. A gente pode mandar, acabando aqui, entro em contato com a Marinha, já que é na água”, disse o presidente aos jornalistas, após o assessor especial da presidência mostrar o vídeo.

O médico havia postado em suas redes sociais, em 2012, alertando sobre o risco da queda da rocha em Capitólio. Foto: Reprodução/IBTV

Após o incidente, a Marinha brasileira informou que vai abrir um inquérito para investigar as causas e circunstâncias do desabamento de rocha na cidade de Capitólio.

O vídeo que circula nas redes sociais, cuja veracidade foi confirmada pelos bombeiros, mostra o momento em que um grande bloco de pedras desaba na água, onde é possível ver três lanchas, das quais duas estavam próximas do desabamento.

Prefeito disse “estar assustado”

Um um vídeo divulgado nas redes sociais na tarde deste sábado (08), o prefeito de Capitólio, Cristiano Silva (PP) realizou um pronunciamento ao lado do secretário de Desenvolvimento Econômico, Lucas Arantes Barros, e da secretária municipal de Saúde, Vanessa Oliveira, informou que “está transtornado e em estado de choque” com o incidente, o qual chamou de “desastre natural”.

De acordo com o prefeito, o descolamento das pedras não foi em decorrência das trombas d’água e reafirmou que está “assustado com o desastre”. Confira o pronunciamento do prefeito de Capitólio na íntegra aqui!

Defesa Civil emitiu alerta

Em nota divulgada às 10h22 da manhã deste sábado (08), a Defesa Civil de Minas Gerais havia alertado para as fortes chuvas na região, com possibilidades de ocorrência de cabeças d’água (que são decorrentes de fortes enchentes, enquanto as trombas d’água estão associadas a ventos fortes, em rotação, sobre a água) e pediu para as cachoeiras serem evitadas no período de chuva.

“A Defesa Civil Nacional tem emitido alertas diários sobre essas chuvas. Essas chuvas devem provocar riscos até terça ou quarta-feira. Todas as Defesa Civis municipais devem procurar monitorar seus riscos e adotar medidas de prevenção”, afirmou o coronel Alexandre.

Doze pessoas de família de Montes Claros estão entre desaparecidos de tragédia em Capitólio

Doze pessoas de uma mesma família, moradores de Montes Claros, no Norte de Minas, estão entre os desaparecidos na tragédia que ocorreu neste sábado (8) em Capitólio, no Sul do Estado. A informação foi repassada à Itatiaia pela jovem Natália Gonçalves Fonseca Lima, de 19 anos, parente das vítimas.

Muito abalada, a jovem preferiu não gravar entrevista. Ela contou que a avó passou mal assim que soube da tragédia e precisou ser socorrida ao hospital.

Mensagens lamentando o ocorrido foram postadas nas redes sociais pela empresa de comunicação onde Natália trabalha em Montes Claros. O deputado federal delegado Marcelo Freitas, que também é da cidade, fez uma postagem em suas redes lamentando o desaparecimento.

De acordo com a Defesa Civil, os corpos já resgatados são de moradores do Sul de Minas. Segundo a família, os moradores de Montes Claros estavam nas duas embarcações que foram mais atingidas pelo paredão de pedra.

  • Itatiaia

Banhistas avisaram que rocha ia se desprender minutos antes de queda em tragédia

“Sai, sai rápido, aquele pedaço vai cair”. Esses foram alguns dos apelos feitos por banhistas que estavam na região dos cânions, em Capitólio, no Sudoeste de Minas, e perceberam que a rocha iria se desprender. A queda atingiu, aparentemente, ao menos uma lancha e causou uma tromba d’água neste sábado (8/1). O Samu confirma duas mortes, e 20 desparecidos.

Vídeo compartilhado pelas redes sociais mostram a conversa entre turistas que estavam em uma lancha mais afastada da queda d’água:  “Aquele bloco está saindo”
“Aquele pedação vai cair”
“Sai”
“Mano do céu!”
“Rápidoo!”
“Ou! Ou! Sai daí, gente”
“Vai cair” Logo após, a rocha cai com violência na água e causa uma tromba d’água. “Puxa lá, puxa pra lá, puxa, puxa, diz uma voz masculina, pedindo para que a lancha fugisse da onda. (EM)

https://youtu.be/68OEAXSXjUs

Tragédia sem precedentes: bombeiros confirmam cinco mortos e 20 desaparecidos em cânion de Furnas (MG)

O desabamento de uma rocha dos cânions de Capitólio, em Furnas, deixou cinco pessoas mortas neste sábado (8), confirmou o Corpo de Bombeiros. A identificação das vítimas ainda não foi informada. Em coletiva, a corporação confirmou que trabalha com a possibilidade de 20 pessoas ainda estarem desaparecidas. 

Uma tromba d´água na parte alta da represa provocou o deslizamento de parte do cânion, e três lanchas foram atingidas: a primeira delas, que estava mais perto do paredão, foi coberta por rochas. Duas delas afundaram. 

Além dos cinco mortos e 20 desaparecidos, foram atendidos três pacientes na Santa Casa de passos, quatro na Santa Casa de Sao João da barra, dois na Santa Sasa de Pium 23 atendidos e liberados na santa casa de capitólio

Cada uma das três lanchas levava cerca de 12 banhistas. A Marinha foi acionada e interditou o trecho que fica no lago de Furnas, a 293 km de Belo Horizonte.

Vídeos feitos por turistas que estavam nas  embarcações mostram o momento em que o paredão descola de uma rocha no cânion. A pedreira, de grandes proporções, atinge embarcações que estavam na água.

O coordenador da Defesa Civil Nacional, coronel Alexandre Lucas, em entrevista à repórter Edilene Lopes, defendeu a interrupção dos passeios na area onde ocorreu o desastre.

“É importante lembrar que esse foi um acidente pontual. É preciso interromper os passeios naquela área exposta”.

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