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Pedreiro denuncia racismo, agressão e humilhação de policiais durante abordagem em Lafaiete e caso será levado a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia de Minas

O pedreiro Juliano Faria de Paula, 34 anos, relatou que na quarta feira, dia 12, no final da tarde, passou por momentos de dor, humilhação,

abuso e maus tratos por policiais militares. Evangélico, casado, e pai de uma filha, ele leva uma vida simples e humilde. Segundo ele, por volta das 6:00, estava, juntamente com um colega seu, Jovino José de Almeida,45 anos, se dirigindo a uma residência onde iria receber o pagamento de serviço. Os dois moram no bairro São Jorge, residencial Dom Luciano.

No meio do caminho, os dois foram abordados por militares que pararam a viatura e vieram em sua direção. Em seguida liberaram Jovino, mas Juliano ficou nas mãos dos policiais que iniciaram agressões, tapas e socos quando lhe apontaram uma arma. Sem saber do que acontecia, Juliano passou a sofrer ataque e intimidações verbais e insinuando de que seria um bandido. Depois de mais de 15 minutos de terror, os militares liberaram Juliano que sentou no meio fio e começou a chorar da humilhação pela qual tinha passado, sem qualquer motivação ou justificativa plausível.

Juliano aponta discriminação racial e agressão em abordagem

No dia seguinte, Juliano, acompanhado do vereador Chico Paulo, foi até a delegacia e registrou um Boletim de Ocorrência e a tarde levou o caso a apuração do Ministério Público. Triste, desolado com a situação constrangedora, Juliano quer passar o caso a limpo com a punição dos policiais pelo atentando que sofreu, como humilhação, discriminação racial e injustiça. “Ele tentaram me enquadrar em algum crime mas tenho ficha limpa. Sou pai de família, trabalhador e negro. O que fizeram comigo foi covardia e quero punição aos culpados”, afirmou Juliano ainda abatido com o caso.

Ontem a noite ele esteve na Câmara, buscando apoio dos vereadores. O vereador Chico Paulo denunciou na tribuna as agressões sofridas por Juliano e adiantou que levará caso a apuração da Comissão de Direitos humanos da Câmara Municipal e da Assembleia de Minas. “Um trabalhador foi espancado sem qualquer motivo. Ele sofreu racismo e agressões e isso não pode ficar impune. Vamos denunciar onde for preciso porque amanhã pode ser um filho nosso que passe por esta situação”, pontuou.

Vereador vai levar caso a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia de Minas para a apuração das denúncias

Alexandre Eduardo Pereira Santos, vizinho de Juliano, enumerou as qualidades de seu colega abonando sua conduta social e moral. “Quando vi ele estava com o rosto inchado e chorando no meio fio. Achei tudo uma covardia e discriminação. O rapaz é der caráter, ajuda a todos no bairro, tem um

coração cheio bondade e caridade. Não sei porque fizeram isso com ele. Juliano não merecia este tratamento”, desabafou Alexandre.

Nossa reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do 31° Batalhão de Polícia Militar mas até o fechamento da matéria nossa redação não havia recebido as respostas de nossos questionamentos envolvendo o caso.

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