“PRIVATIZAÇÃO DA PETROBRAS ESTÁ SENDO TRAMADA ENTRE PIADINHAS COM AS COMADRES DA GLOBO NEWS”
André Araújo traz um excelente artigo (aqui) para discussão a respeito da privatização (depois de quebrá-la) da nossa maior opção de fazer caixa para o Tesouro Nacional, a PETROBRÁS. Acredito que valha a pena a leitura. A outra indicação de leitura (logo abaixo) não veio com nenhum link, mas não deve ser difícil localizar o site. Para quem quiser mais informações.
“(Do site da Aepet (Associação dos Engenheiros da Petrobras), um artigo que merece ser lido: A OPEP, O MERCADO MUNDIAL DO PETRÓLEO E A PRIVATIZAÇÃO DA PETROBRÁS)”
“A OPEP controla 60% das exportações mundiais, detém 75% das reservas globais (total das reservas é de 1,144 trilhão de barris) e, por sua atuação, determina o preço final do barril de óleo cru no mundo. Já as empresas estatais, incluindo de países não membros da OPEP (Russia, México, Brasil) detém 91% das reservas mundiais (segundo a Cambridge Energy Research), portanto o mercado mundial de petróleo é de controle estatal e não privado.
A OPEP é uma associação de EMPRESAS ESTATAIS DE PETRÓLEO, que são os braços operacionais dos países produtores. Das 20 maiores empresas de petróleo do mundo, 13 são estatais, incluindo a PETROBRÁS. Portanto, a realidade mundial do petróleo NÃO É A MESMA do passado, quando as “SETE IRMÃS” privadas eram donas das reservas e do mercado, época na qual alguns provincianos bolsistas da CAPES cursaram a Universidade de Chicago e lá sofreram lavagem cerebral, acreditando que o mercado resolve tudo. O petróleo virou domínio estatal por todo o mundo, e nada indica uma mudança.
A realidade do mercado mundial do petróleo hoje é dominada por estatais e não por empresas privadas. Portanto, a PETROBRÁS está no clube das empresas estatais que dominam o mercado, mas pretende sair desse clube e cair para o andar de baixo — o Brasil perdendo um lugar na 1ª classe e optando pela 2ª ou 3ª classes. Ou, pior ainda, a estatal do 1º time virando empresa privada CONTROLADA PELO CAPITAL ESTRANGEIRO, já então caíndo para a 4ª classe, para alegria de lunáticos de Chicago, que só concebem um Brasil colonizado como o antigo Congo Belga. Ficaremos abaixo de Angola, que ostenta orgulhosamente sua estatal de petróleo, a SONANGOL que ninguém em Angola sonha em privatizar.
POR QUE NENHUM PAIS ESTÁ VENDENDO ESTATAL DE PETRÓLEO?
A Saudi Aramco teve uma avaliação para IPO de US$2 trilhões. Não está à venda, como não estão nenhuma das 13 majors estatais de petróleo, com uma única exceção, a PETROBRÁS, controlada hoje por neoliberais provincianos, medíocres e jurássicos, que estudaram nos EUA com bolsa do Estado brasileiro.
As estatais de petróleo são consideradas ARMAS DE SOBERANIA, instrumento estratégico do País. Não se trata de uma pobre visão de mercado, mas uma questão muito mais alta, e com horizonte de longo prazo, para garantia das futuras gerações. É uma questão nacional e não de “mercado”.
A PRIVATIZAÇÃO DA PETROBRÁS
Está sendo tramada entre piadinhas com as comadres da GLOBONEWS. Incapazes de uma única observação, controvérsia, contraponto a essa ideia absurda das Miriams e Sardenbergs, acham lindo e elogiam a genialidade de Paulo Guedes. Os planos são sinistros. Primeiro, vender as refinarias, a BR Distribuidora, as petroquímicas, os gasodutos, os oleodutos; ao final, sobra o pré-sal, já em grande parte vendido; a venda final será da marca PETROBRÁS, tudo sem licitação; negociam secretamente ao preço que o presidente da Petrobras quiser, pois lhe foram dados salvo-condutos para fazer essas transações a portas fechadas, sem consultar a União, maior acionista, mas que é desprezada porque o importante são os acionistas minoritários de Nova York.
O projeto tem história. Começa na lava jato demonizando a empresa, passa pelo Departamento de Justiça dos EUA, que colocou fiscais na empresa por dez anos, e termina na venda final da marca, depois de raspar o caixa com acordos indenizatórios para acionistas minoritários americanos. O maior golpe financeiro da década, tudo tramado no Brasil e em Washington com o luxuoso apoio de advogados internacionais e seus correspondentes nacionais, inclusive o “advogado sem mácula”, acordos esses quase secretos, mal explicados e sem perguntas da mídia, sempre solícita a quem lesa o Brasil.
Em nenhum momento da História nacional um grupo de aventureiros teve licença para desfazer de forma tão fácil o patrimônio nacional. Para vender um banco de jardim, a Lei de Licitações 8.666 exige grande número de documentos e autorizações. Para vender a 7ª empresa de petróleo do mundo não precisa nada, basta escolher o comprador mais simpático e depois dar entrevista na GLOBONEWS entre risadinhas e piadinhas.
A GARANTIA DE ABASTECIMENTO E DE PREÇOS
Vendida a PETROBRÁS, o Brasil perde toda segurança energética e fica à mercê dos preços do “mercado” de combustíveis, que no mundo inteiro é cartelizado por grandes empresas. Teremos a gasolina e o diesel mais caros do mundo. O cenário não é uma surpresa, foi assim desejado por um Congresso omisso, por uma população apática, por uma mídia aparvalhada para conseguir a melhor entrevista que anunciará a venda da Amazônia sem licitação.”