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Moradores cobram explicações da Vale sobre riscos de desmoronamento no Morro da Mina; “é uma falta de respeito, diz aposentado

A Vale, que explora o manganês no Morro da Mina, em Lafaiete, anunciou os resultados do novo processo de reavaliação técnica de parte da pilha de estéril, localizada próximo a Escola Meridional, que apresentou índices que requerem uma atenção especial com relação a sua estabilidade. Por medida de

Moradores cobram informações da Vale / CORREIO DE MINAS

prevenção, a prefeitura suspendeu as atividades na escola até a realocação dos 600 alunos.
Mas o risco, mesmo que remoto, de um desmoronamento do aterro dos materiais descartáveis, traz apreensão para os moradores próximos da escola. “Nós ainda sequer fomos comunicados oficialmente pela empresa de qualquer problema que esteja ocorrendo com a operação da mina. Ficamos sabendo pela imprensa”, assinalou Geraldo Albuquerque, que mora há menos de 100 metros da escola.
Desde sexta feira ele e vizinhos aguardam um esclarecimento da Vale. “É o mínimo que cobramos é respeito. Se a escola corre risco, nós também corremos pois estamos muito perto da pilha de estéril. Estamos apreensivos desde a semana passada quando surgiram os fatos, mas até agora não fomos informados sobre qualquer ação ou prevenção da Vale”, salientou.
Diante do descaso, os moradores vão ao Ministério Público resguardar seus direitos. “Estamos inconformados com esta situação. Estamos sem garantias e sem qualquer segurança. A Vale é responsável por toda esta confusão gerada na comunidade”, disparou Geraldo. Nossa reportagem enviou questionamento a Vale e aguarda as repostas.

Explosões
Em meados de 2019, nossa reportagem este no Bairro Morro da Mina após denúncias do medo e insegurança gerados pelas explosões promovidas pela Vale na exploração da mina de manganês. Os moradores reclamaram de pequenos abalos mas com alta intensidade que afetaria as estruturas das residências e chegando a histórica Capela de Santo Antônio. Nossa reportagem flagrou diversas rachaduras.

desde de segunda feira vale montou uma central de informações em frente a Escola Meridional / CORREIO DE MINAS

Laudo
À época, a Vale esclareceu que em laudos realizados pela empresa especializada com instalação de sismógrafos foi constatado que as vibrações advindas do bairro Morro da Mina não estariam sendo a causadora das avarias encontradas na Capela de Santo Antônio
A Vale forneceu um relatório de monitoramento sismográfico, sendo que os sismógrafos que monitoram as vibrações foram instalados nos bairros Morada do Sol, Escola Meridional, Faculdade FASAR, São Judas Tadeu e estrada da Água Preta.
O relatório realizado em junho/2018 traz em sua conclusão o seguinte: “Todos os resultados, tanto de vibrações quanto de pressão acústica ficaram consistentemente abaixo dos limites de segurança contra danos preconizados pela NBR 9653/2018 não ensejando, portanto a possibilidade de terem sido causados danos, ainda que superficiais, às estruturas monitoradas e às que se encontram no entorno de cada ponto de monitoramento”.

Venda
Outro assunto muito debatido no mercado foi que a Vale teria colocado, pela terceira vez, os ativos de sua operação de manganês no Brasil. Ela pretendia se desfazer de três unidades de ferro-ligas, sendo duas em Minas Gerais (Barbacena e Ouro Preto) e uma na Bahia (Simões Filho), e de uma mina cativa, Morro da Mina, situada em Lafaiete, que atende as unidades de Minas.

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