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Sind-UTE Lafaiete repudia decreto que determina volta ao trabalho de alguns trabalhadores em educação

Uma nota divulgada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) dirige-se à sociedade mineira para denunciar a irresponsabilidade para com a vida por parte do governador Romeu Zema.
Numa ação imediata, o Sind-UTE Lafaiete torna pública a situação, na tentativa de proteger os trabalhadores, suas famílias e toda a sociedade.

Leia a nota na íntegra:

No momento em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) e demais autoridades no país reforçam a necessidade do isolamento social para garantir a capacidade de atendimento médico emergencial às pessoas acometidas pela COVID-19, o governo de Minas age na contramão e decreta o retorno às escolas dos trabalhadores do setor administrativo (secretaria, limpeza, cantina e etc.), mesmo que as aulas continuem suspensas.
É importante destacar que o retorno destes segmentos para as escolas representa um aumento significativo na circulação de pessoas nas cidades, o que certamente potencializará o contágio e o número de infecções pelo coronavírus. É aviltante que na mesma semana em que o governador anuncia que não há previsão de pagamento dos salários dos educadores, o governo tome uma medida que exponha os trabalhadores e suas famílias ao risco do contágio. Tal fato mostra, mais uma vez, o desprezo do governador Romeu Zema pela vida dos trabalhadores e das trabalhadoras em educação. Primeiro o governador sacrificou nossos salários, agora pede o sacrifício das nossas vidas.
Precisamos nos atentar para o fato de que, por trás desta ação, há o claro objetivo da Secretaria de Estado da Educação de impor aos nossos estudantes um sistema de ensino remoto – Educação a Distância (EaD), contrariando as deliberações do Fórum Estadual Permanente de Educação de Minas Gerais, que apontou a ineficiência de uma proposta que peca pela impossibilidade de garantir o acesso a maioria dos estudantes e não se vale da mediação dos professores. A proposta, portanto, além de não favorecer pedagogicamente, aprofundará ainda mais as desigualdades educacionais que já atingem nossos estudantes.
O governo age de forma oportunista, numa tentativa de introduzir a privatização da educação, começando pela terceirização dos conteúdos, que não foram e nem serão produzidos pelos professores e professoras. Além de contrariar o princípio da autonomia de ensino, desconsidera as diversidades e a pluralidade de cada comunidade escolar e afronta a organização dos/as Trabalhadores/as em Educação em greve desde o dia 11 de fevereiro de 2020.
O Sind-UTE Lafaiete clama a toda sociedade mineira para que cobre do governador Zema, em suas redes sociais, a suspensão do decreto e em defesa da vida dos educadores e estudantes mineiros. (Portal Lafaiete)

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