A Prefeitura de Lafaiete realizou no inicio desta semana, através de videoconferência, a audiência pública para demonstração e avaliação do cumprimento das metas fiscais do 1º Quadrimestre de 2020. Apesar do cumprimento das metas de arrecadação previstas do orçamento e o Município estar dentro dos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, ficou demonstrada a fragilidade das finanças municipais, uma vez que a receita própria é muito baixa em relação as receitas de transferências.
A maior parte das despesas está concentrada em gastos com educação e saúde, sendo os maiores volumes destinados a cobertura com folha de pagamento. Somente no mês de maio o valor bruto da folha, incluindo as obrigações patronais, vale alimentação e indenizações foi de R$ 11.364.480,50.
“Isso mostra que o apoio financeiro que o governo federal irá repassar ao município de Lafaiete em verbas livres em 4 parcelas de R$ 12.317.802,77, é praticamente o custo da folha de um mês. Os outros R$ 1.862.422,35 que também serão repassados em 4 parcelas serão destinados especificamente ao enfrentamento do COVID”, afirmou o Secretário de Fazenda, Cláudio Sá.
Cautelosa quanto às incertezas da economia, a prefeitura de Lafaiete enviou a Câmara a Lei de Diretrizes Orçamentárias que estima a receita para 2021 em R$ 266.571.382,50.
Houve um acréscimo de apenas de 1,85% em relação a previsão orçamentária de 2019 que foi de R$ R$261.730.000,00, porém menor que 2018 que foi de R$261.540.000,00 e 2019 quanto se considera os efeitos da inflação.
Isso quer dizer que o futuro prefeito deve assumir a administração em meio ainda aos desdobramentos da pandemia na economia com possível queda de receita. Apesar do aumento de 2% na arrecadação, o novo gestor terá o maior orçamento da história de Lafaiete, em meio aos grandes desafios.
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