3 de maio de 2024 11:11

Itaverava: emoção e a celebração da cultura marcam inauguração do monumento em homenagem à 1ª pepita de Ouro descoberta no Brasil informada à Coroa Portuguesa

Foi uma celebração cultural ocorrida na noite desta quarta-feira (1º) quando a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e o Conselho Municipal do Patrimônio, inauguraram o Monumento dedicado a descoberta da primeira pepita de ouro, localizada em Itaverava (pedra brilhante) em 1694, oficializada a Coroa Portuguesa.

A façanha coube ao Bandeirante português Bartolomeu Bueno de Siqueira, que ao tentar a sorte de encontrar ouro em Minas, se embrenhou na Bacia do Rio e apurou 43 gramas de ouro em suas bateias.

A comunidade itaveravense marcou presença demonstrando a dimensão e zelo pelas origens de sua história. O memorial levou mais de 3 anos desde a concepção, desenvolvimento, construção do projeto e inauguração.

O evento

Música, cultura, folia de reis e teatro marcaram o evento carregado de simbolismo que fez parte da 8ª Jornada do Patrimônio Histórico de Minas Gerais. Na abertura, o Hino Nacional foi tocado pela Corporação Musical Santo Antônio sob a regência do Maestro Francisco Pereira Neto.

Em suas palavras, o Prefeito José Flaviano exaltou a inauguração da obra artística que representa a presença de Itaverava nas páginas da história de Minas e do Brasil. “Temos que orgulhar da importância de nosso município na construção desta nação”, assinalou.

Para o Presidente da Câmara, Vinicius Matos, foi graças aos bandeirantes que o Município se desenvolveu, deixando um legado de obras primas de expressão como a Igreja de Santo Antônio, tombada pelo IPHAN e com obras do Mestre Athaíde e Casarão do Padre Taborda. “Este memorial vem agregar ainda mais valor à nossa cultura e ao núcleo histórico de Itaverava com seu rico casario”.

Em seguida o artista piranguense Felipe Rodrigues, executor da obra, que homenageia o escravo mameluco na exploração do ouro, fez em um vídeo sobre o processo de construção da obra e sua instalação no centro histórico de Itaverava.

A Secretária Municipal de Cultura, Tatiana Rezende, não escondia a emoção em seu discurso, agradecendo o apoio do Prefeito, secretarias, conselhos municipais e sua equipe de trabalho. “É muito emocionante para mim este momento que mostra a importância de Itaverava na história do Brasil que começou há 327 anos atrás. Estamos escrevendo nossa história de outras perspectivas. Este momento é a celebração de nossa história com muito orgulho. Este monumento preserva nossa memória e receberá muitos visitantes. Como diz o lema da nossa bandeira, a virtude é mais que preciosa do que o ouro e o que temos de mais valioso é o nosso povo. Que este monumento se transforme em um símbolo de boas e de vitórias “, enalteceu Tatiana.

Homenagens

No evento foram homenageados com uma placa alusiva ao evento, 5 parceiros que foram protagonistas da concepção e desenvolvimento do projeto entre eles: Lucas Figueiredo, Helvécio Pinto do Nascimento, Samuel Santana Paes Loures, Antônio Emídio Lana(in memorian) e Vinícius Rezende Matos.
O publicitário, Guilherme Dias, dono da empresa Art Coll, que contribui no projeto, destacou o monumento como um marco para o turismo. O poeta itaveravense Gilmar Martins fez uma declamação da obra “ilustração da Itaverava.

O teatrólogo e Secretário Municipal de Cultura de Lafaiete, fez uma intervenção poético e teatral narrando a perspectivas do “vencidos na história do Brasil e de Itaverava”, entre eles dos negros e índios.

Um cortejo final ao som da da Corporação Musical de Santo Antônio e a Folia de Reis do Menino Jesus do Engenho dos Moreira e os participantes se dirigiriam até o monumento quando houve o descerramento do véu que cobria a estátua do mameluco.

Viva Itaverava. Terra brilhante!

Feito histórico

O feito histórico, narrado no livro “Boa Ventura: a Corrida do Ouro no Brasil, do autor Lucas Figueiredo”, conta que o Bandeirante Bartolomeu Bueno de Siqueira, que em 1694, ao tentar a sorte de encontrar ouro em Minas, se embrenhou na Bacia do Rio Doce, mais precisamente no roteiro a Itaberaba (pedra brilhante), hoje Itaverava, e apurou 43 gramas de ouro em suas bateias.

https://youtu.be/jY41jBRcVxU

Para chegar à descoberta, o bandeirante se valeu de informações de Antônio Rodrigues Arzão que não conseguiu concluir seu pleito por animosidade com os índios e coube Bartolomeu Bueno, com detalhes repassados, a façanha da descoberta do ouro cujas amostras foram levadas para apreciação da Coroa Portuguesa que detinha a jurisdição de todas as descobertas.

FOTOS MELHORISO

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https://youtu.be/k5hibbUkC5o
https://youtu.be/vd58NCK3qGo

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