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Pais que perderem seus filhos cobram instalação CTI Neoanatal em Lafaiete

Continua repercutindo nas redes sociais, a morte da recém-nascida Amirie Agatha, no Hospital Queluz, no dia 21 de julho. A avô da bebê, mais conhecida como “Gena Costureira”, iniciou uma campanha para a instalação de um CTI Neonatal em Lafaiete.

Ela contou que sua neta faleceu por falta de estrutura do hospital. Sem culpar os profissionais, ele pediu que as autoridades de Lafaiete se sensibilizem com causa e unam esforços nesta conquista. “Minha intenção é salvar vida. Se tivesse um CTI no Queluz, minha neta estaria viva”, assinalou.

Desdobramentos

Ainda esta semana, nossa reportagem recebeu um novo relato do pai de um bebezinho de nome Bernardo Davi São José Matosinhos. Ele também cobrou a instalação da CTI Neonatal.
O lafaietense Ramon Matosinhos da Silva contou que seu filho nasceu de 8 meses (34 semanas) no Hospital Queluz, no dia 23 de janeiro de 2021.

Pelo fato de ser prematuro e ganhar peso, ele foi transferido para CTI Neonatal da Santa Casa em Barbacena onde ficou internado por 74 dias e completou com 7 meses de vida no dia 23 de agosto.

O bebê teve uma perda auditiva, paralisa cerebral com atraso de desenvolvimento, autismo, epilepsia e faz uso anticonvulsivo. Resultado de infecção na CTI Atualmente, a mãe Fabíola Matosinhos, está desempregada e dedica sua vida ao bebê que é totalmente dela.

Bernardo toma um leite que se chama “Infatrini” e custa R$124,00 cada lata e os pais acionaram a Justiça obrigando a Prefeitura a ceder o alimento. Além disso, o bebê faz uso permanente de fradas.

A situação gerou um aperto financeiro para a manutenção de Bernardo. Ramon Matosinhos da Silva é mecânico industrial em uma empresa terceirizada, mas paga aluguel. “Nós não estamos dando conta de arcar com todas as despesas do meu filho. Mas agradeço a Deus pela vida dele, pois ele é um milagre vivo por tudo o que passou. Mas graças a Deus está aqui com a gente e é o meu guerreiro. O meu pequeno gigante! Conto com a ajuda de vocês”, disse o pai. Contato é (31) 98207-3060 (Ramon ou Fabíola).

Mais relatos

A falta de CTI Neonatal vem comovendo os lafaietense como também cidades da região. Na madrugada do Dia dos Pais (8/8), Josielly Emílio sentiu fortes dores provenientes de contrações, quando foi encaminhada do Hospital de Senhora de Oliveira ao Queluz.

Por volta das 10:45 horas, ela deu à luz ao bebê Heitor Emílio Vicente Goulart por cesárea. Segundo a mãe, ele nasceu prematuro com 37 semanas. “Ele nasceu bem gordinho com 47 cm e com 3, 5 quilos e passava muito bem”, relatou a mãe que amamentou o filho horas após o parto.

Por volta das 16:00 horas, a equipe médica informou que ele estava ofegante e com falta de ar quando foi transferido para a incubadora.

Já no dia 9, a saúde do recém-nascido foi complicando quando o hospital iniciou a busca de CTI Neotal para a sua transferência. No dia seguinte, após procura por vaga para o pequeno Heitor, por volta das 19:00 horas, o SAMU chegou ao Queluz para encaminhá-lo para Santa Casa de Barbacena.

Porém quando foram levá-lo para da incubadora do Hospital para a ambulância, Heitor não resistiu e faleceu prematuramente com poucas horas de vida.

“Infelizmente meu filho morreu por falta de estrutura do Queluz. A demora na transferência fez mais uma vítima que foi Heitor que faleceu na mesma incubadora da pequena Amirie Agatha, ocorrido no dia 21 de agosto. As nossas autoridades precisam olhar para esta situação e ainda vão esperar uma nova tragédia?”, desabafou Josielly Emílio. Seu filho foi sepultado na manhã do dia 11, sob revolta e dor pelos pais e familiares.

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