Vivendo há um ano e meio com o distanciamento social, máscaras, álcool gel e home office, a pergunta que não quer calar é: quando a pandemia da Covid-19 vai finalmente acabar?
Apesar de não ter como prever o futuro, estudos estão tentando construir expectativas realistas a respeito da progressão da pandemia, bem como tentar compreender como e quando ela pode se extinguir. De acordo com informações do The Conversation, estudos recentes afirmam que infelizmente, a Covid veio para ficar, em outras palavras, nem uma medida irá impedir o vírus de se propagar e contagiar as pessoas. Além disso, a chamada imunidade coletiva – de rebanho – também seria, em tese, inatingível, já que o nível da imunidade, seja por vacina ou de forma natural, diminui com o tempo.
Além disso, pesquisas sobre o comportamento de outros coronavírus humano observaram que, em média, as infecções se repetem de três a seis anos, ou seja, se o SARS-CoV-2 – vírus atual – se comportar da mesma maneira, no Reino unido, por exemplo, de 11 a 22 milhões pessoas poderão ser infectadas com ele por ano.
Então a pandemia nunca vai terminar?
No entanto, ainda assim a imunização pelas vacinas e a adaptação do sistema imunológico podem ser a chave para uma mudança de médio a longo prazo.
Uma curiosa hipótese levantada através de um estudo por Anthony King, por exemplo, é que essa pode não ser a primeira vez que o coronavírus se alastra de forma global. Algumas evidencias sugerem que a gripe russa, que surgiu em 1889, não era realmente uma gripe, mas sim um tipo do vírus, o OC4. Ou seja, isso significaria que já tivemos outra pandemia pelo vírus e, que, uma hora ela terminou.
Outros pontos científicos
Estudos emergentes – ainda aguardando revisão – também apontam que, enquanto a imunidade parece diminuir – inclusive após as vacinas – a proteção natural do corpo (por imunizantes ou não), chamada “imunidade adaptativa” está se fortalecendo em casos graves e se tornando mais duradoura.
Se baseando, então, nos dados comportamentais de coronavírus anteriores e em um tipo de “evolução” dos sitema imunológico, a Covid-19 possivelmente pode se tornar totalmente assintomática ou, na pior das hipóteses, um resfriado leve.
Diferenças entre países
A forma ou data de quando a pandemia irá acabar também irá variar de país para país, como na verdade, já estamos vendo – alguns retornando à normalidade e outros vivendo nova onda de casos devido a variantes. Tudo vai depender, portanto, de quantas pessoas foram imunizadas e quanto de “imunidade natural” se acumulou em cada lugar.
Países com alta cobertura vacinal e alto número de casos anteriores, provavelmente, alcançarão a imunidade ao vírus. Na Inglaterra, por exemplo, estima-se que no início de setembro mais de 94% da população adulta já apresentava anticorpos contra Covid-19.
Grosso modo, tudo será questão de tempo, já que à medida que a imunidade das pessoas aumenta por reinfecções naturais ou imunizações de reforço, podemos esperar que uma proporção crescente de novas infecções comece a ser assintomáticas ou passem a ser uma doença leve.
E os países com poucos casos e alta cobertura vacinal?
Ainda de acordo com o tabloide, em países sem muitas infecções anteriores, mesmo com alta cobertura vacinal, muitas pessoas permanecerão suscetíveis. Mesmo que a quantidade de não vacinados desse local seja mínima, em algum momento elas poderão contrair o vírus, correndo o risco de desenvolver a forma grave da doença e morte e, reinfectar, por exemplo, pessoas já vacinadas.
Contudo, a esperança está em que o trajeto da Covid-19 seja o mesmo da gripe russa, assim logo ela se tornará menos relevante, o que já é esperado para o próximo ano.
FONTE OLHAR DIGITAL