Ela contou ainda que estava preocupada com a irmã mais nova e com a mãe que era agredida sempre que o pai bebia
Uma criança, de 11 anos, entregou uma carta à professora em que revela ter sido abusada sexualmente pelo próprio pai na zona rural de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, na última sexta-feira (10). Apenas no domingo (12), o Conselho Tutelar e a Polícia Militar (PM) souberam do ocorrido.
Na carta, a vítima disse estar preocupada com a irmã, que também é criança e mora com os pais na região de Córrego Rico. Além disso, revelou preocupação com a mãe, que estaria sendo vítima de agressões quando o suspeito ingeria bebida alcoólica. Segundo a polícia, a vítima estava na casa da avó paterna, na Comunidade do Leal.
A conselheira tutelar explicou que a professora recebeu a carta na última sexta e que o caso também foi informado a diretora da escola, que não repassou naquele dia o que tinha acontecido. Ela apenas soube da carta no domingo (12).
Em conversa com a criança, ainda na casa da avó, ela contou que o pai teria tentado ter relações sexuais com ela, mas que não conseguiu após ela ter resistido. A vítima contou o crime diretamente à conselheira, porém não soube informar quando ela teria sido abusada pelo pai.
Ainda conforme a criança, os abusos ocorreram mais de uma vez na residência da família. A mãe da menor também disse à polícia que o marido tentou ter relações sexuais com a criança em troca de dinheiro. Na ocasião, ele entrou no quarto, conversou com a menina, que conseguiu escapar e contar para a mãe.
A mulher explicou que conversou com o marido, que havia bebido, e ele passou a diminuir o consumo de álcool desde então. A menina foi deixada na casa da avó paterna e, em seguida, a polícia seguiu para a casa do suspeito.
No local, ele negou que tenha tentado abusar da criança, mas admitiu que faz uso de bebida alcoólica e que isso poderia ter acontecido no momento em que estava embriagado. Por isso, a conselheira também encaminhou a irmã da menina para a casa da avó.
A carta foi recolhida pela conselheira tutelar. A polícia não conseguiu localizar a professora para prestar depoimento sobre o ocorrido.
O caso será investigado.
FONTE ITATIAIA