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Moradores relatam o medo de novos deslizamentos em cratera e cobram uma posição da Prefeitura; diante da demora eles buscaram amparo na promotoria

Moradores da Rua Frei Leopoldo, no Bairro Santa Efigênia, em Lafaiete (MG), relatam o drama e o desamparo vividos há exatos 30 dias. Na madrugada do dia 8 de janeiro, eles ouviram barulho da queda de um barranco. Assim que levantaram foram até a rua e presenciaram uma grande cratera aberta que colocava as casas em alto risco, algumas já comprometidas em suas estruturas.
O desespero bateu nos moradores, muitos dos quais vivem ali há mais de 20 anos no bairro, já que estariam deixando suas residências, construídas com muito suor e trabalho.

A Defesa Civil esteve no local na manhã seguinte ao acidente geológico, constatou os perigos e interditou 5 casas. A Prefeitura fez uma obra paliativa de canalização provisória da enxurrada que afeta o barranco. Já a Copasa canalizou o esgoto.
Três famílias moram muito perto da encosta sob o medo e temor novos deslizamentos. Nem todos conseguiram o aluguel social.
A principal revolta dos moradores é que estão sem informação e desconhecem as medidas de intervenção que serão feitas. A convite de mais de 10 famílias nossa reportagem esteve nesta manhã (8) no local ouvindo as reclamações, os lamentos e as suas preocupações.

“Eu moro aqui há mais de 20 anos e até agora estamos sem um posicionamento da prefeitura em relação a obra de contenção. Minha casa não foi interditada mas vivemos um terror diário quando chove com medo da encosta ceder”, lamentou a morada Vânia Lúcia Nascimento.
Quem olha por cima não vê a profundidade da encosta que cedeu há menos de dois metros da casa de Vander Ferreira, residente há 12 anos com esposa e 3 filhos. “Já vieram aqui mas nada de uma resposta aos nossos anseios”, relatou, informando que conseguiu o aluguel social.
Daniel Avelar, que mora há menos de 10 metros do barranco, conta sua aflição. “Tem noites, ainda mais nestes dias com chuvas intensas, que a gente não dorme. É um grande tormento psicológico que vivemos aqui”, desabafou.

“Nós moradores estamos sem informação e desamparados. Estamos cobrando mais atenção do poder público e que as autoridades venham aqui nos dar explicações concretas”, assinalou Luana Aparecida Gomes.
“A cada dia que chove aumenta nossa incerteza e a dor de todos nós moradores”, finalizou Bárbara Mendes.
Os moradores fizeram uma denúncia no Ministério Público cobrando uma intervenção no caso e agilização da situação diante ansiedade, receio e medo diários.
Os moradores acreditam que foi o asfaltamento da rua sem a implantação da rede pluvial que teria provado o problema carreando água e provocando o deslizamento.

Prefeitura

A Prefeitura informou que a AMALPA já fez o levantamento topográfico. A defesa civil e a secretaria de obras estão acompanhando todos os procedimentos necessário para realização do projeto e das obras.

https://youtu.be/ZIKfDxu4a1o

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