28 de março de 2024 17:14

“Foi mal executada e um serviço porco”, desabafa Vereador João Paulo sobre a avenida Geraldo Plaza; PMCL se pronuncia

Orçada em mais de R$4,2 milhões, recursos de um Termo de Ajustamento de Conduta assinado entre o Ministério Público, Copasa e o Município de Lafaiete, abra da Avenida Gerald Plaza, iniciada em agosto de 2022, acalenta a esperança dos moradores pelo fim das enchentes e inundações.

Com previsão de término no mês de junho, o que se presencia grande é a parte dos bueiros estão sem tampas afetados pela passagem de carros. Diante do risco, moradores sinalizaram com paus os bueiros abertos alertando do iminente perigo de queda de pedestres. Isso sem contar com os buracos na via e em alguns pontos com desníveis.

A revolta os moradores e ecoou na Câmara. As críticas foram uníssonas contra a qualidade do serviço executado. “Isso é mais uma novela das obras em Lafaiete. A Geraldo Plaza não tem fim e se transformou em um martírio para os moradores que aguardam décadas por uma solução definitiva. O prazo de conclusão já foi prorrogado por diversas. É urgente uma intervenção com uma operação tapa buracos e colocação de quebras molas. Uma obra inconclusa e que já depende de manutenção”, protestou o Vereador Erivelton Jayme (Patriotas), afirmando que é o 6º requerimento apresentado por ele em mais um ano de mandato e sem uma resposta convincente.

“Pelo o que vi terá refazer grande parte do asfalto que está trincando e a via cheia de buracos. Não vai precisar quebra-molas pois os buracos já obstruem a velocidade dos carros. É uma obra mal executada”, criticou André Menezes (PL), salientando que a empresa vencedora da licitação sublocou a obra.

Ao citar acidente ocorrido com uma pessoa em bueiro sem tampa, o Vereador Sandro José fez uma orientação. “Quem sofreu algum dano material ou físico deve acionar e responsabilizar a empresa no Ministério Público”.

O Vereador Fernando Bandeira (DEM) também cobrou fiscalização. “Se não houver uma manutenção na via vai estragar tudo mesmo. Temos que cobrar responsabilidade da empresa pela execução. O município não pode arcar com estes prejuízos antes mesmo da entrega definitiva da obra e a empresa até 5 anos de responsabilidade sobre possíveis erros”, disse, pedindo que a prefeitura notifique a empresa pelos danos na via.

“Não tem condições esta situação. Antes de entregar já gera transtornos. Que serviço porco e mal feito. O município não poder receber esta obra nestas condições”, criticou o Vereador João Paulo Pé Quente (DEM), pedindo a aprovação de um requerimento para que a prefeitura não aceite a entrega da obra.

“A culpa é do executivo e de todos nós vereadores. Vejam a situação do lixão, hospital regional e a creche do Bela Vista. Está na mesma condição. E o que valemos nós 13 vereadores?”, questionou Pedro Américo (PT).

Já Giuseppe Laporte (MDB) foi incisivo nos seus questionamentos. “Já foram 10 requerimentos e até o presente momento sem uma justificativa plausível. A responsabilidade é do gestor e seus assessores. Que força nós temos?”.

Na mesma linha, Valdo Silva (DC) protestou. “Não existe fiscalização. A gente faz o requerimento e nada resolve. Então pode fechar esta Casa. A rede pluvial não suporta a vazão da rua. Como disse Sandro José temos que levar um caminhão pipa e testar se os bueiros dão vazão suficiente”, comentou

Pastor Angelino (PP) classificou a situação precária da avenida como desperdício de dinheiro público. “Recurso não falta, o que falta é a capacidade de execução. Lafaiete tem empresa que é concessionária e não presta um serviço decente e agora se arvorou a acionar o município por prejuízo”.

“Faço coro aos as palavras dos meus colegas porém a execução da obra tem de ser acompanhada de perto pelos setores de fiscalização, controladoria e jurídico”.


A prefeitura fala

Em nota, a Prefeitura de Lafaiete informou que houve aditivo de preço da obra devido às altas por parte da Petrobras em produtos derivados de petróleo que são a base para execução do pavimento asfáltico.

“A empresa apresentou a documentação dos funcionários contratados e, apesar de algumas denúncias pontuais não houve nenhuma comprovação de subcontratação”, salientou o Município.

Sobre os buracos, a prefeitura justificou que, com a melhoria da via e o aumento do tráfego de veículos pesados, houve a quebra de algumas grelhas de concreto, sendo solicitada a substituição de todas as grelhas de concreto para grelhas de ferro fundido.

Quanto aos buracos que apareceram na via serão corrigidos sem qualquer custo dentro da garantia da obra. A previsão de entrega da obra finalizada e em plenas condições de tráfego é para o início do mês de junho.

“A Prefeitura Municipal destaca que é a primeira obra desse porte realizada na via e representa uma grande melhoria para todos que fazem uso dela”, finalizou a prefeitura.

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