Depois do sucesso editorial e de vendas, o escritor lafaietente, Fernando Resende, já está finalizando sua segunda obra. Intitulada “Manual para usuários de seres humanos”, o livro discorre sobre a mente humana, mas com pitada cavalares de muito humor, vasculhando sobre o mais profundo “eu” do ser humano.
Segundo o autor, a obra “explodirá sua mente com novas ideias mirabolantes, entrará em lugares ainda virgens para a concepção da maioria das criaturas humanas e com pitadas ácidas de ironia e sarcasmo e um pouco de conhecimentos sobre a mente humana, mastigará os neurônios de boa parte dos humanoides que pisam esse geoide chamado Terra e fará o leitor refletir sobre sua própria existência”.
Porém, antes de abortar o tema do livro, Fernando salientou que é necessário dissertar sobre a história da humanidade e como “chegamos aonde chegamos para então dissecarmos o cérebro humano e, como numa operação cirúrgica, chegarmos aos pensamentos e sentimentos que movem as pessoas e o mundo”.
O livro e parceiras
O livro praticamente pronto para ir ao prelo, mas Fernando busca apoio para a edição da obra que será também um êxito nas vendas pela leitura fácil e cativantes desde as primeiras páginas.
O alto custo da impressão, fez com que o escritor mobilizasse parcerias para viabilizar o livro. “Temos todo o lay out do livro e tudo preparado para entrar na gráfica, porém estou movimentando os comerciantes e empresários a participar desta obra. Será o apoio cultural vai viabilizar meu livro”, informou.
Quem deseja participação desta publicação entrar em contato: fernandohcr83
Sucesso
Foi sucesso em Lafaiete a obra do escritor estreante, Fernando Resende, lançado em 2021, em plena pandemia do Coronavírus,“Conselheiro Lafaiete, coisa de doido”, logo em sua primeira incursão no mundo das letras e com promissor talento.
O policial penal, que trabalha no Presídio de Conselheiro Lafaiete, escreveu a obra em 6 meses de maneira repentina. “Tentei desenvolver um novo estilo literário, uma mistura de textos de humor, ilustrações e caricaturas”, avisou Fernando durante entrevista, ressaltando que o mais demorado foram os desenhos feitos com caneta nanquim.
A obra ganhou notoriedade e gosto popular, principalmente, catapultada pelas redes sociais. A obra de quase 100 páginas é uma anti-história de Lafaiete desde sua fundação, há mais de 300 anos, até o século XXI. Neste espaço de tempo, Fernando usa suas metáforas, ironias, sarcasmo e humor para retratar o cotidiano e mazelas de Lafaiete.
“Este livro é uma mistura de besteiras lafaeitenses e não é recomendado ler, ou, pelo menos, leia de olhos fechados”, ressalta aos leitores menos avisados sobre a obra.
Desde o contato com os bandeirantes e os índios carijós, Fernando faz uma narrativa de forma peculiar, crítica e criativa dos monumentos “tradicionais e turísticos” da cidade como o Rio Bananeiras, citado como a “união de fezes de todos os lafaietenses”, devido a poluição.
“O aeroporto Bandeirinhas, com sua grande movimentação de pouso e decolagem de urubus”, brinca Fernando.
As recorrentes enchentes fazem parte do cotidiano, assim Fernando compara com a “Veneza lafaietense”. “Basta chover que logo aparecem vídeos no zap, de carros presos na enchente ao Posto Pop; todo ano é a mesma coisa. Lembre-se, na Marechal os carros são como barcos, as motos como jet skis e os pedestres como banhistas”, diz.
Outra relíquia histórica, abordada como o “buraco do Abel”, a passagem subterrânea, em referência ao seu idealizador e construtor, o ex-prefeito Abel Resende.
O caos no trânsito, a educação, a vida noturna, a gastronomia, o carnaval e gosto musical duvidoso dos lafaitenses fazem parte do livro, em uma crítica bem ácida recheada de humor fino.
Personalidades e folclore
As ilustrações de pessoas folclóricas e personalidades que vivem à margem da história oficial é um dos atrativos do livro. “A ideia foi retratar e perpetuar pessoas que estão no imaginário coletivo, mas sequer um dia estariam lembradas e eternizadas em um livro para a posteridade. Também foi uma forma de homenagear estas pessoas”, contou.
Entre as personalidades que desfilam pelas páginas da obra estão Michael Jackson, Palhaço Malucão, Padre José Maria, Zezé Ventura, Marlon, Serginho Brigitte, Neném Mastiga e a Dj Mulher Tantão.
“O livro é para ser desfrutado e lido um olhar crítico sobre Lafaiete, sua história, seus personagens, suas mazelas, seus desafios, etc. Eu brinco com tudo isso na obra de maneira divertida”, comentou.
O livro é uma boa risada a cada página, longe do politicamente correto!
Morte
Um dos personagens icônicos de Lafaiete, imortalizado no livro, é do Senhor Manoel, falecido em outubro de 2021, aos 94 anos. “A memória tem de ser eternizada enquanto a pessoa está viva. Este foi um dos objetivos do livro”, contou Fernando que presenteou a figura folclórica com uma edição do livro. Ele ficou popularmente conhecido por andar pelas ruas com uma caneta à mão dizendo “ladrão,,, ladrão”.